OCTOGÉSIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.
OCTOGÉSIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.
POR HONORATO RIBEIRO.
Jesus é perfeito na sua divindade e na sua humanidade. Sendo Ele o filho de Deus, o Cristo, o Ungido do Pai não necessitaria de ir a João para ser batizado. E por que Ele foi batizado por João Batista? Porque ele assumiu a queda de Adão; com a queda de Adão nasceu o pecado que deu origem a morte. Adão não venceu à tentação de satanás personificação da serpente. Veja como Mateus narra: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!” Mas Jesus lhe respondeu: “Deixa por agora, pois convém cumprirmos a justiça completa”. [Mt 3, 13-17]. Deixa por agora, isto é, vou fazer justiça eliminando a morte. Mas para eliminá-la devo cumprir a vontade do Pai. Depois Jesus foi para o deserto fazer penitência no lugar de toda a humanidade. [Eis a vontade do Pai]. Jesus não cometeu pecado nenhum, mas quis assumir todo o pecado cometido pelos primeiros habitantes e nós herdamos deles; por isso Jesus fez penitência no lugar de Adão personificando todos nós, lavando os nossos pés a si entregar à morte de cruz para a salvação de toda humanidade. Ele é o novo Adão. Adão foi tentado por satanás, simbolizado na serpente, mas não resistiu. Jesus foi tentado por satanás, quando penitenciava, no deserto, mas resistiu e venceu. Pelo batismo e a penitência Jesus começa a sua Paixão. No batismo o Pai proclama seu filho predileto. O batismo de Jesus é a prefiguração do nosso batismo. Depois que ele acabou de fazer a penitência no deserto ele vai ao encontro do povo excluído e faminto e faz, como verdadeiro taumaturgo, prodígios e milagres curando o homem total: corpo e alma espiritual. [Somente Deus é taumaturgo]. “Jesus anuncia a Boa Nova, a sua palavra com sinais e milagres para atestar que o Reino está presente n’Ele, o Messias. “Embora Ele cure algumas pessoas, não veio para eliminar todos os males aqui na terra, mas, antes de mais, para nos libertar da escravidão do pecado.” A expulsão dos demônios anuncia que a sua cruz será vitoriosa sobre o «príncipe deste mundo»” [Jo 12, 31].
Todos os evangelhos relatam que Jesus operou muitos milagres e converteu a todos que recebiam Dele esses prodígios. [São relatos dos anos vinte e afirmando que Ele realizou esses milagres. Aqui, não se trata de glosa, mas uma autêntica cristologia]. Com esses relatos de milagre, Jesus anuncia o Reino de Deus e prova com essa ação benéfica, não somente a salvação, mas mostrando o poder de Deus Nele. Ele é o Deus invisível e visível na sua pessoa humana e divina.
Com essa ação de misericórdia, Jesus anuncia a sua Paixão e morte, vencendo-a nos deu a vida eterna.
Jesus fazia discurso maravilhoso e todos O admiravam. No discurso de sua despedida Jesus, carinhosamente chama os apóstolos de “Filhinhos”. [Jo 13, 33- 35]. Um vocativo apelativo, pois, Jesus é o Filho primogênito do Pai. Ele não é o nosso pai, mas irmão. Ele despede dos apóstolos como Jacó se despediu dos filhos; Davi despede de seu filho Salomão; Como Tobias se despede do seu filho Tobias. São Paulo e São Pedro despediram de suas comunidades, quando sentiram que a hora havia chegado. Esta é a arte de morrer que nós cristãos devemos aprender como fizeram essas figuras servidora de Deus a seus filhos. Para tanto devemos “vigiar”, pois não sabemos a hora em que o Senhor da vida, na sua parusia e escatologia individual, vem nos buscar. A vigilância é permanente, pois, não sabemos em que hora virá o “noivo” [Jesus], para as bodas. Devemos está com as lâmpadas acesas como as virgens prudentes da parábola das dez virgens. [Mt 25, 1-13].
Devemos anunciar a Boa Nova, o Evangelho com amor e caridade. Com a experiência de Jesus, o Servidor, aprendemos fazer votos de pobreza para melhor servir à comunidade cristã e não cristã. Ser para o mundo a vivência do Cristo levando-O para os outros com testemunho da fé. Viver a vida de Jesus longe dos interesses do ouro e da prata. [o dinheiro]. Vejamos esse relato e advertência do Mestre.
“Jesus pede desapego de tudo o que é supérfluo. A eficiência da missão não depende tanto dos recursos materiais. A confiança na riqueza e no dinheiro representa perigo muito sério também para a igreja de hoje. Jesus não despreza o uso dos meios materiais na evangelização, mas alerta para o perigo de confiar exclusivamente neles, de deixar-se condicionar e manipular por eles. O desapego dos bens implica também o abandono de ideias ultrapassadas e tradições superadas, que muitas vezes amarram o evangelho...” Igreja que está atrelada ao capitalismo, nos parece um pouco falsa, pois Jesus nos alerta que haverá falsos profetas e que poderemos conhecê-los pelos frutos. Hoje, com essa leitura do evangelho e a missão dos verdadeiros discípulos de Jesus é obviamente salutar a observação no conhecimento de quem tem a luz do evangelho perceber hoje os falsos profetas. “Segundo o Documento de Aparecida, todo cristão é discípulo missionário que deve está sempre disposto a caminhar, pondo-se a serviço do evangelho e da comunidade. Sua missão é a mesma de Jesus: combater todas as formas de mal”. [Pe Nilo Luza, SSP] Não poderemos ter dois senhores; ou Deus ou o dinheiro. Jesus deixa em liberdade de escolha a nossa consciência. Usar o livre arbítrio matando a serpente do mal e da mundalização e seculização. Peço-lhe que imprima
hagaribeiro.