OCTOGÉSIMA PRIMEIRA AULA DE TEOLOGIA.
OCTOGÉSIMA PRIMEIRA AULA DE TEOLOGIA.
POR HONORATO RIBEIRO
Jesus é o bom pastor porque viveu sempre ao lado dos mais simples, dos excluídos, cobradores de impostos, prostitutas, beberrões, famintos e doentes. Os pastores vivem assim ou afastados de suas ovelhas? Há muitos pastores que não foram chamados e escolhidos por Jesus, porque não se parecem com ele e nem vivem como ele viveu. Pregam em nome de Jesus, mas exploram as ovelhas e bebe do leite delas e atraem multidões, mas são mercenários e ladrões. São maus pastores e enganadores que com lábias de fazerem milagres em nome de Jesus e as pobres ovelhas ingênuas vão atrás porque estão abandonadas: famintas e doentes. Descaso dos políticos que não investem na saúde pública. [Jo 10, 11-16].
O mau pastor afirma, com seus sermões que os fiéis progrediram financeiramente, porque houve milagre de Jesus ajudando-lhes. Como ele poderá provar que foi Jesus que ajudou a essas pessoas financeiramente? Onde existe no evangelho que Jesus pregou que devia orar e pedir-lhe o crescimento financeiro para alguém? Jesus ensinou crescimento econômico para possuir terras, mansões faraônicas, poupança? Jesus nunca prometeu nada a ninguém nesse mundo a não ser o Reino do céu. Veja a pergunta que Pedro fez a Jesus: “Eis que deixamos tudo [nossos barcos de pesca, redes] para te seguir que haverá então para nós”? [O que iremos ganhar, Jesus, lhe seguido?]. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade vos declaro: no dia da renovação [dia da sua parusia e escatologia] do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós [os apóstolos], que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. [nós todos seremos julgados pelos santos apóstolos] E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna”. [Mt 19, 27-29]. Aqui Jesus oferece a maior riqueza: o Reino dos céus. Jesus dá a economia da fé, mas não economia materiais do mundo capitalista. Aqui está a proposta de Jesus para o bom pastor: Deixará tudo para ser pastor das ovelhas excluídas, famintas e desprezadas. São seus discípulos os cristãos que assumirem realmente a abstinência de ser mercenários e deixar os bens terrenos para ganhar os bens que o ladrão não rouba e nem a ferrugem destrói e a traça não corrói, os ensinamentos doutrinários que Jesus deixou nos santos evangelhos. É óbvio que o protestantismo da Reforma não agem assim como mercenários. Quem agem assim são as seitas pentecostais que atraem muita gente com falsas promessas de curas patológicas e crescer financeiramente. [com falácias].
Jesus dá a sua vida pela suas ovelhas, mas deu quando ressuscitou por todas as ovelhas e garantiu uma vida plena com a vinda do Paráclito para ensinar tudo que ele, Jesus, ensinou durante a vida pública.
A glória de Deus é a Paixão, morte, ressurreição e ascensão. Essa é a glória completa que Jesus ofertou a seu Pai. [Jo 13, 21-32].
Conservai nos meus mandamentos e preservai no meu amor. São os conselhos de Jesus a todos nós cristãos e não cristãos. Dá a vida pelas suas ovelhas, significa fazer alguma coisa para os que sofrem a exclusão social. Sofrer junto com quem sofre e chorar junto dos que choram fazendo o outro feliz. Não se trata de morrer indo para a sepultura. Morrer é viver ao lado do irmão amando e assistindo-o. A minha felicidade não deva ser para mim egoisticamente, mas para os outros. Isso significa dar a vida pelo outro. A felicidade deva ser coletiva e não individual, pois, todos nós dependemos uns dos outros. Nunca podemos pensar somente em nós mesmos ou em si mesmo a felicidade. Nisso somos todos servos de Deus servindo o irmão. Abraão, o servo de Deus, Moisés, o servo de Deus, mas Jesus nos dá um novo mandamento: Amais uns aos outros como eu vos amei; nessa mensagem do amor, Jesus nos transforma em servos de Deus. O amor pregado por Jesus é bem diferente do amor que o mundo nos dá. O amor de Jesus é divino cheio de luz e felicidade. O mundo nos dá o amor do ter. Quem tem bens, teres, o mundo valoriza e ama, mas é amor interesseiro. O amor que Jesus nos ensinou é doar-se sem receber; não há interesse nenhum, mas a felicidade de ser feliz com os outros. Isso significa dá a vida a seu irmão. Esse é o “bom pastor.
Mateus fala que quando Jesus morreu que as rochas partiram, a terra tremeu, as sepulturas se abriram e os corpos ressuscitaram. [Relato apocalíptico e escatológico]. Mateus está dizendo-nos que a natureza sentiu a morte de Jesus. Significa que a natureza revelou um sentimento profundo, quando Jesus morreu.
Quando Jesus foi preso, João narra um homem decidido, corajoso e poderoso. Veja a narração de João no seu evangelho: Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais?” Responderam: “A Jesus de Nazaré.” – “Sou eu”. [a voz de Deus]. Quando lhes disse “Sou eu”, recuaram e caíram por terra. [Jo 18, 4-6]. João afirma que Jesus é Deus. Tem poder divino até de a terra tremer e sentir a prisão de um Deus. Jesus é um homem de um controle emocional muito grande, pois, ele sabia de tudo o que iria fazer contra ele até os sofrimentos da paixão e morte de cruz. Jesus é plácido, tranqüilo ao ponto de si preocupar por sua mãe entregando-a para o apóstolo tomar conta dela. Quando tudo foi realizado ele disse: “Tenho sede”. Sim, teve sede de justiça, porque todos irão pagar tudo o que estavam fazendo a ele. E pagaram realmente. Tenho sede de destruir a morte, a destruidora da humanidade. Mas, agora, ele morre, Desce às sepulturas, vence a morte e ressuscita gloriosamente. Tudo foi consumado; todo o Projeto do Pai foi cumprido na íntegra. Antes de si ascender aos céus ele reuniu os apóstolos e disse-lhes: “Ide por todo mundo [universalmente] e pregai o Evangelho a toda a criatura.” [a todos os povos]. [Mc 16, 15]. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”. [Mt 28, 20]. Até o final dos séculos Jesus está presente nos altares na celebração eucarística. No altar, Ele está todos os dias no mundo inteiro, presente como holocausto no sacrifício da cruz incruento a ofertar ao Pai a salvação pela humanidade em remissão dos pecados. Esse é o Jesus misericordioso que nos ama e está onipresente na hóstia consagrada, Onisciente na pessoa do presbítero. Eis o grande sacramento, a ponto de Jesus afirmar que está conosco até a consumação do século. Isso é que é amor! Amor doação sem cobrar nada de nós. Amor sem interesse e sem troca. Amor ágape. O evangelho de João é chamado de Evangelho da Glória. Estarei convosco prenhe do Espírito Santo a nos encher de carisma, de graças e de luz. Ele é o Paráclito que governa a Santa Igreja Católica, isto é, igreja universal dos cristãos espalhadas no mundo todo. Não se trata, aqui, de divisão religiosa, ou instituição religiosa, mas a união do Pai, do Filho e do Espírito Santos num só rebanho, povo de Deus, numa única igreja universal os batizados em Cristo. Aqui é uma exegese cristológica sem separação, sem dicotomia, sem dissensões, mas união de todos ecumenicamente até o fim do século. Um só pastor, Jesus Cristo, e um só rebanho, a Igreja universal, católica, que nasceu no paraíso, sem ruga e sem mancha, imaculada. Mas a humanidade que a representava, caiu, pecou [Adão] pecou [Eva] simbolismo da humanidade. Veio o novo Adão [Jesus Cristo] e levantou, ressurgiu dos mortos, ressuscitou e subiu aos céus, mas enviou-nos o seu próprio Espírito Consolador para perpetuar conosco até o fim dos tempos. Peço-lhe que imprima.
hagaribeiro.