SEXAGÉSIMA SEXTA AULA DE TEOLOGIA.
SEXAGÉSIMA SEXTA AULA DE TEOLOGIA.
POR HONORATO RIBEIRO.
O evangelho de João é o evangelho da glória, do testemunho de Deus na pessoa de seu filho Jesus Cristo. O primeiro testemunho que Jesus recebeu foi de João Batista que deu testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: o que vem depois de mim é maior do que eu, porque existe antes de mim”. [Jo 1, 15]. Como poderemos compreender essa perícope, pois, João Batista nasceu primeiro do que Jesus. Veja o que Lucas relata, depois, que o anjo apareceu a Maria anunciando-lhe que ela iria dá à luz o filho de Deus, no seu evangelho: “Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível”. Então disse Maria: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segunda a tua vontade”. [Lc 1,36-38]. Como pode ver o relato do texto que afirma Isabel já estava grávida de João Batista há seis meses. E como João Batista afirmou que Jesus existiu antes dele? Fazendo-se uma exegese afirmamos que realmente Jesus Cristo já existia antes de todos os séculos. Não é o nascimento biológico, mas o Espírito [o verbo se fez carne] se encarnou em Jesus; foi ele que falou pelos profetas. Ele desceu do céu: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua gloria, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade...” [Se fez carne, isto é, se fez homem encarnando no seio de Maria]. “Pois a Lei foi dada por Moisés, [A Torá] a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” [Jo 1,14-18]. “E o Pai que me enviou, [em espírito] ele mesmo deu testemunho de mim”.
Segundo testemunho o Pai é quem deu. “Não julgueis que vos hei de acusar diante do meu Pai; há quem vos acusa, [terceiro testemunho]: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Pois se crêsseis em Moisés, certamente creríeis também em mim, porque ele escreveu a meu respeito. Mas, se não acreditais nos seus escritos, [a Lei mosaica] como acreditareis nas minhas palavras?” [Jo 5, 45-47]. O próprio Moisés irá condená-los perante o tribunal no dia do juízo, pois eles recusaram aceitar o projeto de Deus trazido por seu Filho Jesus Cristo. Eles foram a lâmpada que não deram luz. Jesus Cristo foi a verdadeira luz e eles não quiseram receber. Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam. [Jo 1, 9-11]. Os judeus rejeitaram e condenaram a Jesus, [o clero judaico], por isso eles perderam o mais precioso por cometerem adultério recusando o próprio Deus encarnado em Jesus. Acabou-se o clero, os fariseus, escribas, o templo, os sacrifícios em holocausto, mas não perderam a fé em Deus Javé. Até hoje eles são fortes no judaísmo monoteísmo, mas na esperança de vir nascer o Messias. Houve a diáspora e se espalharam pelo mundo afora. Fugiram para a Rússia, a Polônia, a Europa Oriental. A maior concentração dos judeus é nos Estados Unidos com cerca de quatro milhões. China cinco mil; no Brasil são quarenta mil; na Argentina duzentos mil e em outros países existem judeus, que fugiram da guerra, em 1918. Hoje não há mais aquela religião de templo, sinagoga, de clero, fariseus, saduceus e escribas. Hoje, o judaísmo é rabínico. Uma espécie de pastor, mais baixo do que um padre católico. Os rabinos da Rússia afirmam que Jerusalém não é “terra santa”, mas excomungada. Ela só será santa, quando o Messias vier para santificá-la. [Ele veio e não o receberam].
Morreram muitos judeus e estão morrendo pelas guerras que acontecem entre eles e Palestinos. Embora eles não tenham os livros dos Macabeus, I e II, que no segundo livro, fala que: “É bom e salutar pensamento orar pelos mortos para que sejam livres de suas penas”, eles não acreditam no purgatório como os católicos. Com essa perícope desse livro dos Macabeus os católicos rezam e celebram sacrifício eucarístico para quem morreu. Há uma parábola que Jesus contou do servo cruel que não deu o perdão ao seu devedor e o Senhor o lançou no cárcere e o Senhor disse que só sairá de lá até pagar o último centavo do que deve. Assim será com todos nós que não quer perdoar os nossos devedores. [Mt 18, 23-35.
O padre Fernando Cardoso, nessa mesma aula deu-nos uma catequese do que está acontecendo em muitas paróquias como: Na celebração da eucaristia, missa, os fiéis batem palmas, suspendem os braços a balancear como se estivesse numa festa profana. Responder orações litúrgicas que somente o presbítero pode rezar no missal; após a celebração da missa convidar os fiéis que são aniversariantes para cantar parabéns como se estivessem num salão de festas. Com esse tipo de manifestações inventadas, foge completamente do sentido da celebração eucarística. A Igreja Católica nunca ensinou esse tipo de manifestação na celebração eucarística. São invenções de alguns padres que fogem do ritual e da liturgia eucarística. Na Igreja não é lugar de aplausos de palmas, pois não é lugar profano. Também os fiéis não podem entrar para assistir qualquer ato sagrado de bermuda; mulheres com roupas inadequadamente sem postura e ainda entra na fila de comunhão a comungar. São pessoas que perderam o sentido de que é lugar sagrado e o que é a comunhão. São comedores de hóstias e servem o seu egoísmo para si enganar, porque a Deus ninguém engana. É uma verdadeira catequese essa aula. Eu também, na minha juventude, nunca vi esses coisas em nossa Igreja Católica. Estou vendo hoje. Mas alguém diz: “Mas os tempos mudaram”. Sim, mas o rito das celebrações, a liturgia da palavra e eucarística, não. E não se pode mudar, pois é divino, não daqui dos homens. A Igreja não pode ser orientada pela mídia e pelo mundo, mas pela palavra de Deus que é sempre nova. O evangelho significa coisas novas. Ele nunca fica velho, pois é a nossa própria história de salvação.
hagaribeiro.