I REIS 13: DEUS MANDA O ESCAPE NA HORA CERTA/ OBEDEÇA E CONFIE/ DEUS NÃO DEMORA/ DÊ O RECADO DE DEUS/ TRÊS COISAS// CUIDADO/ NÃO VOLTE PELO MESMO CAMINHO E NEM FIQUE PARADO/ NÃO QUESTIONE, OBEDEÇA/ SEJA FIRME/NÃO SE DEIXE LEVAR PELO STATUS/ FAMÍLIA
"E eis que, por ordem do SENHOR, veio, de Judá a Betel, um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso" (I RS 13:1)
Jeroboão estava ali prestes a queimar incenso, cometendo uma prática idólatra. Bem nesse momento, chegou um homem de Deus, enviado pelo Senhor. Irmãos, Deus sempre providencia um escape a toda tentação (I Co 10:13) e sempre providencia a oportunidade de escolhermos não pecar. Quantos de nós já não passaram pela experiência de, ao estarem prestes a cometer um pecado, acontecer algo para atrapalhar? Podemos até ter ficado bravos na hora, mas era a providência de Deus para nos guardar de pecar. Quantos de nós, quando iam cometer um pecado, sentiam aquele "aperto" no coração, aquela dor, aquele incômodo? Pois bem, era o Espírito Santo orientando-nos a não fazer aquilo. O problema é que, assim como Jeroboão, muitos não prestam atenção, não dão ouvidos e sucumbem ao pecado mesmo assim, pecando deliberadamente. Também podemos lembrar das pessoas que são repreendidas pelo Espírito Santo no momento em que estão pecando. Essas pessoas não devem achar que, "como já começaram o pecado mesmo, como já pecaram mesmo", devem ir até o fim, até ao fundo do pecado. É o caso daquelas pessoas que dizem "Ah, já comecei mesmo, agora eu vou terminar. Depois eu peço perdão a Deus". Essas pessoas não devem fazer isso, mas sim se arrepender e parar IMEDIATAMENTE, pedindo perdão a Deus e a quem prejudicaram, se for o caso. Falaremos mais adiante acerca desse assunto.
Vemos também que veio um homem de Deus de Judá a Betel. Irmãos, por conta dos pecados que haviam tomado conta de Israel (como a idolatria e o desrespeito às direções do Senhor), teve de vir um homem de Deus de outro lugar. Tem havido pessoas de Deus em nossa casa ou há a dependência de terceiros? Nossa família tem podido contar conosco como pessoas de Deus? Quando nossos familiares precisam de uma oração, de uma palavra, de um bom testemunho, temos estado presente e aptos? Irmãos, entendamos algo: não é pecado pedir que alguém ore por nossa família em concordância conosco, mas se somos sacerdotes de nossa casa (AP 5:10), nós temos de estar aptos para buscar pelos nossos e não precisar "importar" pessoas de Deus para fazer a oração da fé pela nossa família em nosso lugar. Pedir que alguém ore em CONCORDÂNCIA CONOSCO, tudo bem, é uma bênção, mas nós temos de buscar por eles também. Devemos estar sempre na presença de Deus, consagrados, com nossa vida em ordem diante Dele para exercermos nosso sacerdócio e estabelecermos nosso reinado, já que Ele nos fez reis e sacerdotes (AP 5:10) e devemos sair vencedores contra toda obra do diabo.
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"E ele clamou contra o altar por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti." ( I RS 13:2)
Poderia parecer estranho falar a um altar e não à pessoa que o está utilizando, mas foi isso que o Senhor mandou que o homem de Deus fizesse e ele obedeceu. Às vezes, Deus pode nos mandar fazer algo que pareça sem sentido aos nossos olhos, mas Ele é Deus e sabe o que faz. Façamos o que Ele nos manda e confiemos que Ele tem o melhor para nós.
Além disso, vemos as sérias consequências de quem se deixa levar pelo pecado. O salário do pecado é a morte (RM 6:23) e aqueles que não se arrependerem se perderão eternamente, além de provar aqui na terra a morte de sonhos, de planos, da família, etc. Aquele que escolhe o pecado recebe sofrimento e só pode ser restaurado arrependendo-se, acertando-se com Deus e com quem prejudicou e mudando de atitude.
Com relação à fala do profeta, de que aqueles que queimavam incenso nesse altar idólatra seriam queimados em cima dele, podemos fazer a seguinte reflexão: quantas vezes vemos pessoas planejarem coisas contra outras e essas coisas se voltarem contra elas mesmas. Tudo aquilo que o homem plantar, isso também ceifará (GL 6:7). Aquele que semeia o mal para o seu próximo viverá o mal também, caso não se arrependa e mude. Talvez, caso a pessoa não se arrependa, o mesmo mal que ela fez ou desejou a alguém aconteça com ela. Também devemos lembrar do pecado da arrogância, que faz com que algumas pessoas digam: "Eu nunca cairia nesse pecado. Fulano caiu por que é fraco". Tempos depois, a pessoa cai naquele mesmo pecado. É o caso de "cuspir para o alto e cair na testa". Aquele que fizer o que desagrada a Deus colherá a morte, caso não se arrependa e mude.
Irmãos, não há para onde fugir: aquele que comete o pecado receberá o salário do seu pecado (a morte), caso não se arrependa e mude de direção, escolhendo o Senhor. O pecado não compensa, tenhamos sempre plena certeza disso, principalmente por que nos afasta de Deus (IS 59:2). Eu falei aqui várias vezes a respeito de se arrepender e mudar. Esse é o caminho para aquele que está no pecado: o arrependimento e a mudança. Na verdade, o arrependimento já implica na mudança de atitude. Alguém que diz se arrepender, mas que continua agindo da mesma maneira não se arrependeu de verdade.
Retomemos a fala do homem de Deus: ele disse que os sacerdotes que queimavam incenso seriam sacrificados sobre o altar. Irmãos, lembremo-nos de que fomos feitos reis e sacerdotes de Deus (AP 5:10) e a função do sacerdote era buscar pelo povo diante de Deus. Entretanto, quanta gente há que, em vez de buscar pelos sua família, conhecidos, amigos, etc. diante de Deus, como faziam os sacerdotes, estão sacrificando-os, queimando, seu casamento, seu trabalho, sua família e até a si mesmos. Não sejamos assim. Intercedamos pelas pessoas junto a Deus, apresentando suas vidas e orando, buscando por elas, até que elas tenham fé para buscar por si próprias. Contudo, mesmo que essas pessoas já sirvam ou passem a servir a Deus, devemos continuar orando por elas, já que a Palavra diz para orarmos uns pelos outros (TG 5:16) e o próprio apóstolo Paulo disse aos efésios que orassem por ele para que seu ministério fosse abençoado e para que ele falasse a Palavra com confiança a fim de fazer notório o evangelho (EF 6:18-19). Não é por que nosso familiar está se convertendo, passou a ir à Igreja ou já se converteu que ele não precisa mais de nossas orações. O que acontece é que, a partir do momento em que a pessoa vai se firmando com Deus, tendo um relacionamento mais pessoal com o Senhor, ela deixa de ser dependente de nós e de nossas orações, o que, repito, não significa que não devemos mais orar por ela.
Tomemos cuidado com outra coisa também: quando ganhamos alguém para Jesus, devemos acompanhá-la na medida do possível. Não devemos ser daquele tipo que leva a pessoa na Igreja uma ou duas vezes e, quando a vê indo sozinha, fala: "Ah, agora não tenho mais nada a ver com isso, ela já ouviu a Palavra, sabe o que é certo e errado, agora é com ela". Não, irmãos: oremos por elas, oremos com elas se for possível, conversemos com essas pessoas, tiremos as dúvidas delas e passemos um bom testemunho. Há pessoas que, além de abandonarem a pessoa que levou à Igreja, ainda dão um péssimo exemplo. Talvez seja por isso que muitas pessoas até vão à Igreja, mas não se firmam: não há quem as acompanhe e nem quem continue batalhando em oração por elas. Irmãos, quem age dessa maneira também está sacrificando na fé a pessoa que seria uma grande bênção nas mãos do Senhor e terá de prestar contas a Deus por isso.
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"E deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e a cinza, que nele está, se derramará. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei a palavra do homem de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jeroboão estendeu a sua mão de sobre o altar, dizendo: Pegai-o! Mas a sua mão, que estendera contra ele, se secou, e não podia tornar a trazê-la a si. E o altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por ordem do SENHOR" (I RS 13:3-5)
Prestemos atenção em algo muito importante: quando o rei levantou a mão contra o profeta, a mão dele mirrou. Lembre-se disso: quando o inimigo levantar a mão contra você, ela não terá força. Contudo, para que seja assim, você precisa estar andando verdadeiramente com Deus.
O sinal do Senhor veio naquele mesmo dia. Irmãos, em Salmos é dito que a Palavra do Senhor corre veloz (SL 147:15). Sendo assim, Ele tem pressa de que as coisas que Ele revelou aconteçam. Claro, o tempo do Senhor não é o mesmo que o nosso. Entretanto, Deus não fica demorando para cumprir o que Ele diz se o caminho estiver limpo e desimpedido para Sua ação, ou seja, desde que não haja pecados não confessados, escondidos, e dos quais a pessoa não se arrepende.
Outro ponto importante é que Deus mandou que o homem de Deus fizesse essa profecia, desse essa mensagem, e foi o que ele fez. Mesmo que o que tenhamos para falar seja difícil e a pessoa que ouvir não vá gostar, Deus quer servos a respeito dos quais Ele saiba que vão passar exatamente a mensagem que Ele mandar. Caso contrário, essa pessoa não serve para servir ao Senhor. Se somos nós as pessoas às quais a repreensão se dirige, não fiquemos chateados, mas alegres, pois o Senhor repreende o filho a quem ama para vê-lo bem (PV 3:12; HB 12:5-11). Se Deus nos disser que estamos errados, arrependamo-nos, peçamos perdão e mudemos, mas fiquemos felizes e gratos com o cuidado do Senhor conosco. Contudo, não esperemos que a consequência do pecado, anunciada pelo Senhor, chegue à nossa vida: arrependamo-nos e mudemos antes, pois o que o Senhor diz que acontecerá se não mudarmos, acontece: o altar se fendeu, exatamente como Ele havia dito. Não esperemos para aprender pela dor, como muitos fazem.
Voltando a falar a respeito de passar a mensagem do Senhor, é certo que Deus, em alguns momentos, pode não falar aquilo que queremos ouvir, exatamente como aconteceu com Jeroboão. Ele se revoltou com o que o homem de Deus havia dito e procurou prendê-lo. Quando falamos de Jesus a alguém, o diabo fica irado e procura nosso mal, usando contra nós a pessoa para quem nós pregamos, fazendo com que ela se revolte e fique contra nós, ou então outro alguém que pode até procurar nos prejudicar de modo sério. Entretanto, o Senhor conhece e guarda queles que são Seus, aqueles que O servem e que assumem os riscos para obedecê-lO, assim como fez com o homem de Deus. Não fiquemos chateados com a pessoa que se levantar contra nós por estarmos falando a Verdade do Senhor, mas oremos por elas, pois são pessoas que não estão na luz e que estão se deixando usar pelo inimigo. Elas merecem misericórdia, amor e oração, não raiva, ódio ou vingança. Até por que a pessoa que busca vingança mostra que não está na presença do Senhor e que é igual àquela pessoa da qual está querendo se vingar, ou seja, a pessoa que busca vingança age de maneira incoerente e também está sendo usada pelo maligno, precisando de libertação. Se esse é o seu caso, se você tem raiva de alguém e não consegue perdoar, arrependa-se, peça perdão a Deus, peça para Ele mudar seu coração, procure uma Igreja, peça oração e orientação espiritual ao pastor, se for o caso, mas medite sempre nessa Palavra: "O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio" (SL 18:2). Ele é o seu Libertador; se você procurá-lO de todo coração, Ele lhe libertará de toda amarração e maldição, de toda mágoa e impedimento para perdoar, em Nome de Jesus. Creia, busque-O e, em Nome de Jesus, perdoe quem te prejudicou e esqueça essa história de vingança, de mágoa, de ódio e de rancor.
Irmãos, a Palavra do homem de Deus se confirmou. Deus sempre confirma o que Ele nos diz. Quando Deus nos revela algo pela Palavra, sempre usa pessoas ou situações para confirmar, sendo a confirmação mais contundente a concretização daquilo que Ele disse que aconteceria.
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"Então respondeu o rei, e disse ao homem de Deus: Suplica ao SENHOR teu Deus, e roga por mim, para que se me restitua a minha mão. Então o homem de Deus suplicou ao SENHOR, e a mão do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes." ( I RS 13:6)
Jeroboão, ao ver as consequências de seu ato, rogou ao homem de Deus que orasse por ele. Irmãos, quantas pessoas, até mesmo dentro de nossa casa, que não servem a Deus e até falam mal de crente mas, em um momento de dificuldade, procuram-nos pedindo oração. Nessas horas, não devemos dizer coisas como "É, agora você quer oração, né?". Pelo contrário: devemos fazer como o homem de Deus fez. Devemos orar pela pessoa e aproveitar para falar da Palavra para ela, com amor, paciência e com a sabedoria que devemos pedir sempre a Deus (TG 1:5), pois é esse o momento em que o indivíduo está vulnerável e seu coração mais aberto. Muitas pessoas perdem a oportunidade de ganhar almas para Jesus justamente por não saberem se utilizar de momentos como esse. Às vezes alguém ora anos pela conversão de outra pessoa mas, quando há uma oportunidade, quando a pessoa abaixa a guarda, aquele que ora despreza a chance e ainda pode piorar a situação. Não se trata de procurar o mal de alguém para ter oportunidade de pregar para ela, mas sim de aproveitar as circunstâncias, já que TODAS as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus (RM 8:28): até mesmo uma situação criada pelo diabo pode ser revertida para a glória de Deus.
Nesse versículo temos três coisas a observar:
a) a proteção de Deus aos Seus servos: Ele providenciou uma ação maravilhosa, não permitindo que nada de mal acontecesse àquele que estava em Sua presença, cumprindo uma ordem Sua. Ele continua fazendo o mesmo por nós, protegendo-nos;
b) a oração da fé, que cura: em Tiago é dito: "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (TG 5:14-15). Alguns podem dizer "Ah, mas Jeroboão não foi ungido com azeite e o homem de Deus era profeta, não presbítero da Igreja". Irmãos, é claro que pode ser que a pessoa não tenha um frasco de óleo ungido e nem tenha alguém da Igreja perto, mas deixará de ser curada por conta disso? Claro que não. Irmãos, o óleo ungido representa o Espírito Santo* e, de acordo com o meu entendimento, o presbítero representa a autoridade espiritual. Ora, quem tem autoridade espiritual? Aquele que anda com Deus, aquele que vive em santidade na presença do Senhor, aquele que conhece a Palavra de Deus, que sabe que Jesus levou nossas enfermidades, que conhece a autoridade que o Nome de Jesus tem e a autorização que Ele nos deu de usar Seu Nome para expulsar demônios e curar doentes ("E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" - MC 16:17-18), aquele que está na presença de Deus, cheio do Espírito Santo**. Dessa maneira, não é necessário que seja especificamente um pastor ou reverendo que ore para a pessoa ser curada: qualquer um que tenha essa autoridade espiritual pode orar por alguém doente, podendo, inclusive, o doente orar por si mesmo. Com relação à autoridade espiritual, é interessante lembrar de que Deus nos fez reis e sacerdotes (AP 5:10), ou seja, pessoas com autoridade sobre os demônios e suas obras e não pela NOSSA FORÇA, mas EM NOME DE JESUS.
Com relação à oração da fé, alguns podem perguntar: mas o que é a oração da fé? Irmãos, a oração da fé não é aquela em que ficamos choramingando, pedindo a Deus que nos cure. Não: a oração da fé é aquela em que chamamos o mal pelo nome (câncer, dor, depressão, etc)* e dizemos: "Demônio, em mim você não vai ficar. Pega o que é seu e vá embora para nunca mais voltar, em Nome de Jesus!". Essa é a oração da fé. Contudo, ela só pode ser feita se tivermos uma fé perfeita, que não duvida e nem vacila. Entretanto, somente podemos ter a fé perfeita se tivermos plena certeza de que Deus quer nos curar de todos os males. No Antigo Testamento, sob a lei, Deus disse: "Eu sou o Senhor, que te sara" (EX 15:26c). Todos aqueles que ouviram essa promessa e creram foram curados. A Palavra também diz que Deus fez sair Suas tribos e dentre eles não houve um só enfermo (SL 105:37). Isso sob a lei. Jesus veio e a Palavra diz que Ele VERDADEIRAMENTE levou todas as nossas enfermidades ("Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (IS 53:4-5). Por que não acreditar? Irmãos, somente seremos curados se a nossa oração for a oração da fé, em que temos certeza da vontade de Deus de nos abençoar, certeza essa que vem através do que é dito na Palavra (RM 10:17).
Outra coisa importante: se, ao fazer a oração da fé temos a certeza de que é a vontade de Deus nos abençoar, não podemos dar ouvidos às mentiras do diabo. O diabo é insistente e fará de tudo para que acreditemos que a oração não deu certo, que ainda estamos doentes, que ainda estamos oprimidos, que ainda estamos sob o domínio dele, etc. Se a pessoa não tiver fé, não estiver firmada com o Senhor e não assumir que está, sim, curada e liberta, independentemente do que o inimigo queira lhe mostrar, continuará sofrendo. Acreditando na mentira do diabo, essa mentira passará a se concretizar em sua vida, pois a pessoa está crendo no que o inimigo quer e confessando o que o inimigo quer, trazendo maldição sobre si e recusando o que o próprio Senhor disse a respeito de sua cura e libertação;
c) o último tópico a respeito desse versículo é o poder da oração do justo: a Palavra diz que a oração do justo é poderosa em seus efeitos (TG 5:16). O justo é aquele que anda com Deus, que obedece a Palavra do Senhor e que é justificado pela fé em Jesus. Se você é justo, fique em paz, pois sua oração é poderosa.
*O que não quer dizer que não deva haver ou que não seja importante a unção com o azeite efetivamente. Se for possível, deve haver, sim. Contudo, suponhamos uma situação em que não o temos azeite: o doente não deixará de ser curado por isso, pois o Espírito Santo (o verdadeiro azeite) estará lá.
**Isso não significa que não devamos pedir a oração da fé ao pastor e aos presbíteros da Igreja, nem que a oração deles por nós não seja importante, mas significa que, na falta deles, nada impede que alguém que conhece a Palavra e crê imponha as mãos, unja o enfermo com o azeite (se for possível, como já expliquei acima), faça a oração e ele seja curado. Além disso, nada impede que o próprio doente faça a oração da fé e seja curado.
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"E o rei disse ao homem de Deus: Vem comigo para casa, e conforta-te; e dar-te-ei um presente" ( I RS 13:7)
Cuidado com os presentes que o inimigo nos oferta. Nem sempre aquilo que achamos que é bom é bom de fato. Muitas vezes, o inimigo pode criar um laço que nos causará um grande dano. Há pessoas que, após receberem uma grande bênção, podem querer demonstrar gratidão a nós e nos oferecer algo que não esteja de acordo com a Palavra, como fez Jeroboão, que queria recompensar o homem de Deus oferecendo algo contrário à direção do Senhor. Pode ser que a pessoa nem faça por mal, pois não saiba que determinada coisa não agrada a Deus. Contudo, nunca saiamos da direção que o Senhor nos deu, uma vez que Ele é Onisciente e sabe o que faz: recusemos educadamente e, se for possível, expliquemos à pessoa que aquilo não agrada a Deus, pois Ele pode abrir o coração dela naquele momento, ela pode entender e passar a recusar também. Se não for possível, apenas recusemos educadamente.
Não fiquemos com aquele pensamento: "Poxa, fulano está sendo agradecido, eu não posso ser desconfiado assim, posso até estar julgando". Realmente, é necessário vigiar para não cair no pecado do julgamento. Entretanto, se Deus nos deu uma direção de não nos envolvermos com determinada coisa, devemos obedecer, pois Ele sabe se aquela pessoa está agradecida mesmo ou se aquilo é um laço do diabo. Não se trata de a pessoa ser essencialmente ruim, mas sim do fato de ela talvez não estar na presença do Senhor e estar sendo usada pelo inimigo. Se o homem de Deus ficasse com pena de desprezar a gratidão de Jeroboão, teria desobedecido a Deus e Deus tinha motivos para mandá-lo não se deter. Confiemos nos motivos de Deus, mesmo que não os conheçamos ou entendamos. Os pensamentos Dele são mais alto que os nossos (IS 55:8-9) e são perfeitos, pois Ele sabe de todas as coisas (I Jo 3:20), nada O surpreende e Ele sonda mentes e corações.
Outra coisa com a qual devemos tomar cuidado diz respeito a comemorações. Cuidado, irmãos, com festas e eventos onde há muita coisa que desagrada a Deus. Não se trata do cristão viver como um E.T., escondido, mas trata-se de não se expôr. É claro que há situações em que nossa presença é indispensável. De qualquer maneira, peçamos sempre a direção do Senhor: devemos ir? Mesmo que seja uma festa de família, trabalho, igreja, etc., peçamos a direção do Senhor, pois nunca sabemos o tipo de laço que o inimigo pode nos armar, inclusive no caminho. Dentro do evento, não baixemos a guarda: o inimigo pode se utilizar da situação para nos coagir a agir de maneira que desagrade a Deus para não parecermos chatos e fanáticos. Irmãos, duas coisas devem ser levadas em consideração: se Deus nos permitiu ir a esse lugar é para que, além de nos divertirmos de maneira santa (o que implica recusar tudo o que não O agrade), possamos dar um bom testemunho. Para dar um bom testemunho não é preciso aparentar ser chato, fanático ou alguém que não aproveita a vida. Tudo vai depender da sabedoria com a qual agirmos. Aliás, devemos sempre pedir sabedoria para lidar com esse e com todos os tipos de situações. A Palavra diz que, se alguém, tem falta de sabedoria, deve pedi-la ao Senhor, que a todos a dá liberalmente e não a lança em rosto (TG 1:5). Ou seja: precisa de sabedoria para tomar uma decisão, para saber como agir ou para qualquer outra coisa? Peça ao Senhor que Ele lhe mostrará pela Palavra, já que o temor do Senhor (respeito a Ele e à Palavra) é o princípio da sabedoria (PV 9:10). Com relação a parecer fanático, vejamos o seguinte: se ao recebermos uma oferta de algo que não agrada a Deus nós recusarmos com alegria, sem pensar duas vezes, sem parecermos tentados, sem parecermos sofrer e sem reclamar, as pessoas vão ver que aquilo não nos faz falta e que somos felizes sem aquele mal. Mesmo que na hora pareça que não, a longo prazo isso será um grande testemunho. Quando alguém disser que é difícil ser feliz sem o pecado, essa pessoa lembrará de nós e dirá: "Não, não é difícil viver sem o pecado; fulano vive e é muito feliz". Isso será um incentivo para que essa pessoa queira viver do mesmo modo que nós, em Nome de Jesus!
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"Porém o homem de Deus disse ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão nem beberia água neste lugar. Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde vieste." ( I RS 13:8-9)
O rei havia chamado o homem de Deus para comer e beber. Contudo, o homem de Deus foi sério e firme no que o Senhor havia mandado: não comer nada, não beber nada e nem ir embora pelo mesmo caminho. Irmãos, com relação à obediência ao Senhor, devemos ter o mesmo olhar da galinha, que segue uma risca no chão sem se desviar: não devemos nos desviar nem para a direita e nem para a esquerda daquilo que Deus nos manda (PV 4:27), pois estaremos semeando nosso próprio mal e colheremos isso (GL 6:7), se não nos arrependermos e mudarmos de caminho.
Aqui vemos também que o profeta não deveria voltar pelo mesmo caminho. Há pessoas que estão voltando pelo caminho pelo qual chegaram a Jesus: muitas vieram a Jesus na idolatria, na imundícia, na prostituição, na mentira, no vício e estão voltando por esse caminho. Irmãos, não podemos retroceder.
Outro tipo de erro também é o cometido por aquela pessoa que simplesmente fica estagnada na fé. Há pessoas que simplesmente param de buscar a Deus, de orar, de meditar na Palavra, de ir à casa do Senhor, etc. Irmãos, essas pessoas acabam nunca amadurecendo na fé.
Tanto na vida daquela pessoa que "nasceu em berço evangélico" quanto na vida daquela pessoa que se converteu mais velha houve um momento no qual a pessoa tomou consciência do seu lugar em Cristo, do poder que tem em Jesus e assumiu esse poder e essa posição de vitorioso no Senhor Jesus Cristo. Pois bem: infelizmente, muitos renunciam a essa posição.
Aquele que para no meio do caminho também está, de certa forma, retrocedendo, pois está se negando a servir a Jesus como poderia estar servindo e a crescer na fé como deveria crescer, podendo ajudar outras pessoas e ganhar almas para o Senhor.
Tanto a pessoa que retrocede quanto a pessoa que fica parada na fé desagradam ao Senhor: no primeiro caso, a pessoa já provou do quanto é bom estar com o Senhor, mas escolhe o mundo; no segundo caso, a pessoa não tem vontade, ânimo ou compromisso de buscar ao Senhor. Em ambos os casos, as pessoas mostram que sua prioridade não é o Senhor, mas o mundo e quando digo mundo estou me referindo não só ao pecado, mas às preocupações desta vida: há pessoas que ficam tão preocupadas com suas contas, seus problemas, sua família, etc., que se esquecem de que sua prioridade deve ser o Senhor, pois Ele é Aquele que faz todas as coisas. O próprio Jesus disse: "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (MT 6:31-33). Vemos aqui que a prioridade não deveria ser a preocupação com as coisas do mundo, mas a preocupação em buscar o reino de Deus pois, estando com Ele, de nada temos falta. Há pessoas que se preocupam tanto com as coisas do mundo que param de buscar a Deus, ficam paradas na fé, estagnadas e daí para o retrocesso ao caminho de onde vieram é um pulo.
Irmãos, lembremo-nos do que Jesus disse: "E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus" (LC 9:62). A partir do momento em que aceitamos Jesus como Único e Suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas e assumimos nosso lugar em Cristo nada deve nos fazer voltar atrás: NADA.
Além disso, não podemos deixar de buscar a Deus nunca. Não basta dizermos: "Eu não retrocedi". Também não podemos parar de caminhar na fé, não podemos parar de avançar, mas devemos aprender cada vez mais da Palavra do Senhor. Não podemos retroceder e não podemos parar: o único caminho que devemos tomar é o caminho sempre para frente, rumo à comunhão plena com o Senhor e ao conhecimento cada vez maior de Sua Palavra e de Sua vontade.
Vejamos o que o apóstolo Paulo falou a esse respeito: "Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal" (HB 5:12-14). Há pessoas que esfriaram de tal maneira na fé que chegam até a desaprender o que já sabiam da Palavra, tendo até esquecido como lutar contra o mal e sair vitorioso e isso serve tanto para os que retrocederam quanto para os que pararam de buscar ao Senhor.
Observemos o que o apóstolo Paulo diz: "Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal". O mantimento sólido é para os que EM RAZÃO DO COSTUME têm os sentidos exercitados na Palavra, em discernir o que a Palavra aprova ou desaprova e o que devemos fazer em determinada situação. Ora, como a pessoa será exercitada em razão do tempo se não busca ao Senhor, não ora, não lê a Palavra, não vai à Igreja, não assiste a uma pregação, não tira um tempo para se consagrar na presença de Deus, etc? Irmãos, o próprio Deus diz que o povo Dele foi destruído por que faltou conhecimento (OS 4:6). As pessoas que não buscam crescer no conhecimento do Senhor (ou que retrocedem) estão rejeitando-O e as consequências são sérias: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos" (OS 4:6). Somente seremos exercitados na Palavra se buscarmos o conhecimento e isso não é uma vez só e ponto, mas é UM COSTUME. As pessoas vão crescendo na intimidade com o Senhor, vão crescendo na fé e no conhecimento de Deus e da Palavra de modo gradual, através das experiências com Ele, experiências essas que só vêm se buscarmos ao Senhor.
Afastemos de nós o que nos afasta do Senhor, o que estava nos fazendo retroceder. Se for preciso pedir ajuda espiritual, conversar com o pastor, façamos isso, mas conversemos principalmente com Deus. Digamos a Ele que voltamos pelo caminho antigo ou que estávamos voltando, mas que não queremos isso: queremos ficar com Ele, na presença Dele. Digamos a Ele que estávamos parados na fé, mas que queremos caminhar, que queremos conhecer mais Dele e estarmos mais perto do nosso Pai. Denunciemos ao Senhor todo o mal que estava nos atrapalhando, repreendamos esse mal e determinemos que não sairemos mais da presença do Senhor, mas que procuraremos crescer cada vez mais na presença Dele e no conhecimento da Palavra, em Nome de Jesus. Peçamos ajuda a Ele. Tiremos um tempo todo dia para buscar ao Senhor, pois isso somente nos fará bem, nos fará estar perto Dele e nos fará comer alimento sólido, ou seja, seremos mais conhecedores da Palavra e aptos a utilizá-lA em todos os momentos, em Nome de Jesus. Se você estava retrocedendo ou se havia parado de caminhar em direção ao Senhor e à Sua salvação, o Pai de amor falou com você hoje. Não feche os ouvidos.
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""E morava em Betel um velho profeta; e vieram seus filhos, e contaram-lhe tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel, e as palavras que dissera ao rei; e as contaram a seu pai. E disse-lhes seu pai: Por que caminho se foi? E seus filhos lhe mostraram o caminho por onde fora o homem de Deus que viera de Judá." ( I RS 13:11-12)
Irmãos, o homem de Deus foi conhecido por ter sido usado pelo Senhor e é assim que devemos ser conhecidos também: como pessoas usadas pelo Senhor em Seus propósitos. Se quisermos ser conhecidos pela nossa comunhão com Deus e pela mão do Senhor estar sobre a nossa vida, devemos obedecê-lO em tudo. Os filhos do profeta tiveram algo para contar a respeito do homem de Deus: o que o Senhor havia feito por meio dele, que testificava que o homem era mesmo servo do Senhor. As nossas obras testificam às outras pessoas que somos de Deus? Tem havido maravilhas e milagres do Senhor em nossa vida? Irmãos, muitas pessoas se convertem ao ver os sinais do Senhor em nossa vida. Como nossa pregação pode ter crédito se não vivemos as maravilhas que anunciamos da parte do Senhor? Nós devemos buscar viver o operar do Senhor em nossa vida para que as pessoas vejam que esse Deus realmente age na vida daqueles que O amam e O servem. É aquela história de chegarmos em alguém e dizermos "Nossa, eu tenho uma palavra de Deus para você" e a pessoa responder "É, você é cheio de palavra, mas sua vida não muda, não é? Está aí, toda destruída". Pensemos nisso: aquele que prega a um Deus de milagre deve viver os milagres Dele em sua vida a fim de dar um bom testemunho e testificar que está no caminho certo, no caminho que cura, que liberta, que salva: o Senhor, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (JO 14:6). Se isso não está acontecendo conosco, busquemos a direção do Senhor para saber se estamos fazendo algo errado ou se está faltando fazer alguma coisa. Talvez estivesse faltando crer, ou estivesse faltando entender isso que eu estou sendo usada pelo Senhor para falar neste momento.
Além disso, prestemos atenção em outra coisa: a velhice espiritual. A referência feita ao profeta foi "velho profeta". É provável que tenha sido uma referência à idade cronológica, mas é uma oportunidade para nos lembrarmos de tomar cuidado com a velhice espiritual, onde achamos que já sabemos de tudo e que não temos mais nada a aprender: o Senhor sempre tem coisas a nos ensinar através do Seu Espírito Santo (JO 14:26). TODOS OS QUE CREEM EM DEUS DEVEM FUGIR DA VELHICE ESPIRITUAL. Notem que eu disse TODOS. Não se trata somente dos que têm um ministério específico na Igreja, mas todos nós que ministramos a palavra. Sim, por que TODOS NÓS somos ministros da Palavra do Senhor (MC 16:15) e devemos tomar muito cuidado ao falar, seja ministrando em cima de um altar, seja evangelizando em um salão de cabeleireiro, até mesmo conversando com um amigo, pois aquele que se acha velho na fé pode não querer ser corrigido (nem mesmo pelo Senhor, pois acha que não erra), não querer aprender mais da Palavra, não admitir que tem dúvidas a respeito de determinada coisa na Palavra, não pedindo ajuda de ninguém, nem de Deus, por que acha que não precisa, etc. Agindo dessa maneira, essas pessoas correm um risco muito sério: o de ensinar coisas erradas aos outros, o que é muito grave. Prestemos atenção como há por trás dessa atitude o orgulho, a vaidade e a arrogância, sentimentos extremamente nocivos.
Não podemos nunca falar coisas na carne, mas sim falar o que vem da Palavra de Deus e as pessoas que acham que já sabem de tudo, por não quererem aprender mais da Palavra, correm o risco de falar do que acham, do que sentem, do que pensam que é certo, de suas experiências, etc., podendo acabar por desviar outras pessoas. É o caso daquele que diz: "Eu sou crente há vinte anos e sempre fiz assim, Faz, que está certo". Será que a Palavra diz que isso é correto? As pessoas que colaboram para desviar as outras do caminho do Senhor estão trazendo sobre si uma responsabilidade imensa da qual não serão tidos por inocentes. Por isso, vigiemos sempre e procuremos sempre entender a Verdade e pregá-la. No tópico anterior, falei a respeito de não permanecermos meninos na fé e agora vemos que também não devemos ser velhos: devemos procurar crescer SEMPRE, A VIDA TODA, na presença do Senhor e no conhecimento da Sua Palavra, tendo humildade para aceitar que temos dúvidas, que não sabemos de tudo e que, se queremos falar da Palavra, devemos aprender dela a cada dia. Não deixemos que o orgulho e a vaidade da velhice na fé nos atinja, mas tenhamos a humildade e a sede de aprender do Senhor a cada dia, em Nome de Jesus. Lembremo-nos de duas coisas. A primeira é que podemos ler o mesmo versículo 15 vezes; na 16° vez Deus terá uma revelação diferente. Não por que Deus mude, mas por que a Palavra Dele não cessa de nos ensinar. A segunda coisa: o povo de Deus foi destruído, segundo o próprio Deus, por que lhe faltou conhecimento (OS 4:6). Não queiramos que o mesmo aconteça conosco e nem com nosso ministério, nossa família, nossa vida espiritual, a possibilidade de ganhar uma alma para Jesus, etc.
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"Então disse a seus filhos: Albardai-me um jumento. E albardaram-lhe o jumento no qual ele montou. E foi após o homem de Deus, e achou-o assentado debaixo de um carvalho, e disse-lhe: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? E ele disse: Sou." ( I RS 13:13-14)
Vemos aqui a questão da obediência. Pode parecer algo bobo, mas os filhos do velho profeta prepararam o jumento sem ficar fazendo perguntas. Eles contaram a história, o pai pediu o jumento e eles deram. Às vezes, é necessário treinar nossa fé, obedecendo ao que não entendemos ou ao que, aparentemente, não vemos sentido, mas que tem sentido para Deus. O filhos do velho profeta podiam não ter entendido a atitude do pai, mas eles não questionaram, e olha que estavam diante de um homem, passível de falhas. Eles obedeceram. Obedeçamos a Deus, que é perfeito, sem ficar querendo entender como Ele agirá, quando agirá ou por que agiu de determinada maneira. Ele é Deus. Ele é o Pai, nós somos os filhos. Obedeçamos sem querer discutir ou questionar. Para termos fé não é necessário entender como Deus age, mas saber que Ele age e que Seu agir nunca falhou, nunca falha e nunca falhará.
Irmãos, o homem de Deus não teve dúvida no momento de responder ao profeta: sim, ele era o homem de Deus que veio de Judá. Pode parecer algo óbvio: se ele era um homem de Deus e havia vindo de Judá, não haveria por que ter dúvida no momento de responder, e é verdade. Porém, há pessoas que não responderiam com tanta certeza se perguntassem a elas se são de Deus e se, caso Jesus voltasse hoje, estariam salvas.
Irmãos, hoje, quando nos perguntam: "Você é de Deus?" temos dúvida para responder? Se alguém nos perguntar: "Se você morresse hoje estaria salvo?" o que responderemos? Aquele que está andando verdadeiramente com o Senhor não tem dúvida alguma para responder: "Sim, eu sou de Deus", "Sim, eu estou salvo". Essa certeza somente é possível se estivermos vivendo no centro da vontade de Deus, obedecendo Sua Palavra e é assim que os filhos de Deus devem viver.
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"Então lhe disse: Vem comigo à casa, e come pão. Porém ele disse: Não posso voltar contigo, nem entrarei contigo; nem tampouco comerei pão, nem beberei contigo água neste lugar. Porque me foi mandado pela palavra do Senhor: Ali não comerás pão, nem beberás água; nem voltarás pelo caminho por onde vieste" (I RS 13:15-17)
Vemos aqui algumas coisas importantes. A primeira: o homem de Deus se manteve inabalável na sua recusa à oferta que contrariava a ordem do Senhor. Devemos nos manter desse jeito: não importa qual seja a pessoa que nos faça ofertas, não importa em que situação seja, onde seja, como seja, etc: se o Senhor disse que não é para nós, digamos um sonoro NÃO, pois não é para nós mesmo e, se insistirmos nesse caminho, as consequências serão dolorosas. E como o profeta recusou? Dizendo apenas o sonoro NÃO? Não: ele recusou repetindo a ordem do Senhor. Irmãos, nunca nos esqueçamos nem nos afastemos das ordens que o Senhor nos dá, nem de Suas exortações e recomendações. Sempre que o inimigo vier com uma oferta, digamos "não" e repitamos a Palavra que o Senhor nos deu. Por exemplo: se o demônio vier nos sugerir ou oferecer uma oportunidade para a prostituição (todo tipo de impureza sexual), para o adultério (traição; desejo por qualquer pessoa que não seja nosso marido ou esposa), para a fornicação (relação sexual fora do casamento), etc., digamos não, pois a Palavra diz: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" (HB 13:4). Pode ser que não lembremos do versículo exatamente, mas o fato é que devemos saber que estamos recusando aquilo por que a Palavra de Deus condena. Devemos ter sempre claro em nossa mente o que a Palavra aprova e o que ela desaprova e, para ter esse conhecimento, precisamos conhecer o que a Palavra diz: meditemos nela e estudemos seus ensinamentos SEMPRE. Não sejamos aquele tipo de crente que não medita na Palavra e que conhece versículos apenas de ouvir alguém falar. Não: tenhamos uma relação pessoal diária com a Palavra do Senhor, em Nome de Jesus, pois ela é a vontade do Senhor para nossa vida e devemos obedecê-la.
Voltando à recusa de ofertas do inimigo, lembremo-nos de como Jesus recusou as ofertas do diabo no deserto: sempre dizendo "Está escrito" (MT 4). Jesus recusou as ofertas do inimigo com base na Palavra e é com a Palavra que recusaremos as ofertas do diabo e nos defenderemos dele.
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"E ele lhe disse: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água (porém mentiu-lhe). Assim voltou com ele, e comeu pão em sua casa e bebeu água." ( I RS 13:18-19)
Irmãos, esse profeta velho, naquele momento, deixou-se usar pelo diabo. Ora, a Palavra diz que o diabo é o pai da mentira (JO 8:44). O profeta velho mentiu dizendo que tinha um recado de Deus. Tomemos cuidado com o que ouvimos por aí, pois o inimigo se disfarça de uma coisa boa para poder tragar os filhos de Deus. Nem tudo que é bom e nem tudo que leva o nome de Deus realmente vem Dele. Lembremo-nos de que o diabo se transfigura em anjo de luz.
A Palavra de Deus diz em Deuteronômio: "Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma" (DT 13:1-3). Aquele homem, como um homem de Deus, deveria conhecer o que é dito na Palavra do Senhor para que, em um momento como esse, não se deixasse levar. Alguém pode dizer: "Ah, mas e se ele estava fazendo o trabalho com o Senhor há pouco tempo, ou se não conhecia essa parte da Palavra ou não se lembrava?". Irmãos, vemos a importância de sempre estarmos nos alimentando da Palavra de Deus, pois somente em contato constante com ela seremos cheios do que ela diz e saberemos como agir frente às circunstâncias. A Bíblia diz que a Palavra é lâmpada para os pés (SL 119:105). Jesus disse que quem anda de dia não tropeça, por que vê a luz deste mundo (JO 11:9), ou seja: somente andaremos sem tropeçar se andarmos de acordo com a Palavra e, para isso, precisamos conhecê-la: leiamos a Palavra todo dia, meditemos nela, ouçamos as pregações, etc.
O profeta velho estava dando uma direção absolutamente contrária à direção de Deus e a Palavra também diz que Deus não é Deus de confusão (1 Co 14:33) e Ele nunca muda (ML 3:6). Deus espera que sigamos os caminhos que Ele nos diz pela Sua Palavra. Li em um site algo muito interessante: o homem de Deus deveria ter pensado: "Ora, por que Deus está me mandando fazer algo diferente do que havia mandado?". Sabendo que Deus não muda, o homem de Deus deveria ter dito não ao profeta velho. O mesmo acontece conosco: nunca saiamos da direção que Deus nos der. Se aparecer algo contrário, fiquemos com o que Deus nos disse. Contudo, nunca nos esqueçamos de algo muito importante: Deus nunca fala nada contrário à Sua Palavra. Há pessoas que acabam entendendo o que querem da Palavra de Deus, ou então entendem errado por ignorância mesmo, e ficam apegadas àquilo. Irmãos, devemos fazer um crivo: o que entendemos está de acordo com a Palavra? Se não estiver, esqueçamos, pois vem do inimigo. Se o que entendemos está de acordo com a Palavra, amém. Mesmo assim, peçamos a confirmação do Senhor, que nos confirma através de pessoas e circunstâncias, sendo a maior confirmação a realização daquilo que Ele nos disse.
Pode ser que alguém "entenda" algo da Palavra e, depois de um tempo, ouvindo a pregação ou mesmo lendo a Palavra, entenda algo diferente. Nesses casos, devemos nos lembrar de que Deus não é Deus de confusão (I CO 14:33). Se o que nos foi dito antes veio mesmo Dele, estando de acordo com a Palavra, Ele não muda (ML 3:6). Agora, se, parando para analisar bem, virmos que aquele nosso primeiro entendimento não está de acordo com a Palavra, entremos em oração, expliquemos a situação para Deus e peçamos que Ele nos ilumine, pois a Palavra diz que aquele que confia no Senhor não será confundido (RM 10:11).
Além disso, prestemos atenção a algo muito importante: não nos deixemos convencer por patente ou por status social. Talvez o homem de Deus tenha se deixado levar por causa daquele velho ter dito ser profeta. Irmãos, lembremo-nos sempre de que um obreiro, um irmão que está na Igreja há 50 anos ou um pastor*, todos são passíveis de cometer erros, por isso mesmo a Palavra fala para não crermos em todo espírito, mas provarmos se eles são de Deus (I Jo 4:1). A Palavra fala isso justamente por que o diabo se transfigura em anjo de luz (2 CO 11:14). Irmãos, por mais "renomada" que determinada pessoa possa ser aos nossos olhos, em um minuto de descuido da parte dela o inimigo pode usá-la para nos enganar. Não interessa se a pessoa é muito conhecida, muito famosa, seja no mundo ou na Igreja: fiquemos sempre com o que o Senhor nos der certeza e não paremos para escutar nada que seja contrário à direção do Senhor. Ora, basta raciocinarmos: se Deus tivesse um direcionamento diferente daquele a respeito do qual tinha me dado certeza (coisa impossível, pois Deus não muda) Ele mesmo falaria, se eu O buscasse*.
Disse anteriormente para não nos deixarmos convencer por patente ou status social. Pois bem: status social não é nada comparado à sabedoria do Senhor: "Aos conselheiros leva despojados, e aos juízes faz desvairar. Solta a autoridade dos reis, e ata o cinto aos seus lombos. Aos sacerdotes leva despojados, aos poderosos transtorna. Aos acreditados tira a fala, e tira o entendimento aos anciãos. Derrama desprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes" (Jó 12:17-21); "Tira o entendimento aos chefes dos povos da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho. Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz, e os faz desatinar como ébrios" (Jó 12:24-25).
*Deus pode, sim, complementar o direcionamento que nos havia dado, mostrando-nos como agir, mas MUDAR esse direcionamento, mandando-nos fazer algo diferente do que já havia dito, não. Coloquei "se O buscasse" por que há casos em que Deus pode usar alguém para chamar a atenção de uma pessoa que não O está buscando. Contudo, se Ele havia nos dado um direcionamento e nós nos afastamos, creio que esse direcionamento continue valendo, pelo fato Dele não mudar. Entretanto, sempre é bom entrar na presença Dele e pedir Sua orientação, pois
nosso afastamento pode fazer com que seja necessário mudar nossa estratégia. Entendamos bem: não mudar O QUE DEUS DISSE, mas sim como agir para conseguir fazer isso ou em que momento.
NOTA: O pastor é um homem usado por Deus em cima do altar e para dar auxílio espiritual, não há nenhuma dúvida disso e não devemos agora passar a duvidar das palavras do pastor. Contudo, durante a pregação, podemos entender alguma coisa diferente do que Deus já tinha nos dito. Se for esse o caso, oremos a Deus e peçamos uma direção: o que nós entendemos é a vontade Dele mesmo (e isso significa que o que havíamos entendido antes estava errado)? Em caso de orientação individual também devemos ter esse crivo, pois, como o Missionário R.R.Soares disse, às vezes o pastor pode estar na carne e acabar falando algo que é dele e não de Deus. Sempre peçamos a confirmação de Deus a respeito do que ouvirmos, o que não significa desconfiar do pastor.
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"E sucedeu que, estando eles à mesa, a palavra do Senhor veio ao profeta que o tinha feito voltar" ( I RS 13:20)
A Palavra de Deus veio justamente quando o homem de Deus estava à mesa, ou seja, bem no momento do pecado, parecido com o que aconteceu com Jeroboão. Irmãos, há pessoas que são usadas por Deus para repreender alguém que está no erro e, tempos depois, essa pessoa está cometendo o mesmo erro. Irmãos, não podemos agir dessa maneira, mas sejamos coerentes. Além disso, há pessoas que são usadas pelo Senhor para chegar no momento em que estamos fazendo ou prestes a fazer algo de errado. É o caso de quando estamos prestes a cometer um pecado, ou já tendo iniciado o pecado, acontecer algo para atrapalhar. Ou então, vir-nos aquela dor no coração: é o Espírito Santo nos direcionando e nos dizendo para não fazermos aquilo. Irmãos, nesse momento, se ainda não tivermos consumado o pecado, paremos. Se já tivermos consumado, arrependamo-nos e não pequemos mais. Se, no momento em que o Espírito Santo vier nos corrigir, estivermos realizando-o, arrependamo-nos e paremos imediatamente. Não fiquemos com aquele pensamento: "Ah, já comecei o pecado mesmo, agora vou terminar". Isso é um laço do diabo; não pensemos assim. No momento em que o arrependimento vier, paremos imediatamente e peçamos perdão ao Senhor. Se sabemos que estamos errados e, mesmo assim, escolhemos viver dessa maneira, "pedindo perdão depois", estamos pecando deliberadamente, ou seja, de propósito, o que coloca em risco a nossa salvação (HB 10:26-29).
Outra coisa: cuidado para não nos expormos à situações em que sabemos que poderemos fazer algo que Deus desaprova, pois estaremos assumindo o risco. Não sejamos aquele tipo de pessoa que quer provar que é forte, que consegue, que é "de Deus", que "aqui o diabo não pode", pois a própria Palavra diz que o espírito está pronto, mas a carne é fraca (MT 26:41) e também diz: "Não deis lugar ao diabo" (EF 4:27). Com relação a não estarmos no lugar errado na hora errada, lembremo-nos de Davi: se ele estivesse onde deveria estar (guerreando), não teria sido tentada com Bate-Seba (2 SM 11). Davi poderia até não saber que iria ver Bate-Seba, mas ele estava onde NÃO deveria estar e quando fazemos isso ficamos expostos e corremos o sério risco de cair em tentação.
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"E clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porquanto foste rebelde à ordem do SENHOR, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te mandara, Antes voltaste, e comeste pão e bebeste água no lugar de que o SENHOR te dissera: Não comerás pão nem beberás água; o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais" ( I RS 13:21-22)
O Senhor, usando o velho profeta, repreendeu o homem de Judá por conta de sua rebeldia. Irmãos, não devemos pôr nossa confiança em homens, mas no Deus de Israel. Se estivermos confusos, peçamos a direção Dele. Se o homem de Judá tivesse orado antes de aceitar o convite do velho profeta, a história seria diferente. Mais uma vez: as consequências para aquele que resolve não obedecer ao Senhor e seguir seus próprios caminhos é triste e aquilo que Deus disse ao homem de Judá realmente aconteceria. Não brinquemos com as repreensões do Senhor nem as ignoremos.
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"E sucedeu que, depois que comeu pão, e depois que bebeu, albardou ele o jumento para o profeta que fizera voltar. Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver ficou estendido no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e também o leão estava junto ao cadáver" ( I RS 13:23-24)
O homem de Deus, em vez de parar imediatamente e pedir perdão ao Senhor, clamando por misericórdia, continuou no erro. Irmãos, é o que eu estava dizendo antes: não achemos que por que já começamos um pecado temos de terminá-lo e, depois, pedimos desculpas a Deus. Aquele que faz isso está mostrando falta de respeito com o Senhor e rebeldia, pois não está atendendo a voz do Senhor no momento em que Ele fala.
O homem de Deus não ouviu e, como consequência, veio a morte. Entretanto, as circunstâncias envolvendo a morte dele foram extraordinárias. Como seria possível que um leão matasse o homem, mas não o jumento? No mínimo, o jumento teria saído correndo frente ao ataque do leão. Levando-se em conta a possibilidade de o leão ter, sim, atacado o jumento, como estariam os dois parados junto ao corpo? Algo praticamente impossível estava acontecendo ali para mostrar que aquilo havia sido um acontecimento dirigido por Deus e não pelos "instintos" do animal.
Aquilo que é impossível aos homens é possível para Deus (LC 18:27). Aquilo que parece ser impossível em nossa vida, Deus faz acontecer para mostrar que há Deus no meio de nós e que servimos a um Deus vivo, fiel e poderoso. Basta obedecermos e crermos Nele, crendo que Ele fará a obra.
É claro que, apesar de ser um exemplo de situação impossível, a morte do profeta não foi uma bênção, mas a consequência do pecado, como disse antes. Entretanto, até mesmo em situações assim o extraordinário de Deus se manifesta. Se o problema pelo qual estamos passando é o salário do pecado que cometemos, não fiquemos desesperados: arrependamo-nos, peçamos perdão a Deus, mudemos de atitude e esperemos, pois o Senhor nos restaurará. Irmãos, a restauração do Senhor é um milagre que serve de testemunho de como o pecado não compensa e de como somente podemos ser realmente felizes na presença do Senhor. Lembremo-nos de que Ele diz em Jeremias 18:7-8 que se Ele decreta o mal a uma nação, mas ela se arrepende e O serve, Ele não faz esse mal*. O desejo do Senhor é que todos sejamos felizes em Sua presença, realizados (SL 35:27), e Ele, como Pai amoroso, dá uma nova oportunidade àqueles que realmente se arrependem. Mesmo que a situação pareça impossível de ser reconstruída, Ele o fará, se crermos e obedecermos ao que Ele nos diz.
NOTA: Com relação a Deus não fazer o mal que havia decretado caso a nação se arrepende-se, alguns podem dizer: "Ué, mas Deus não disse que não muda? Por que Ele está mudando de ideia?". Justamente por Ele não mudar é que Ele não faz o mal que havia decretado caso a nação (pessoas) se arrependa: por que Ele é misericordioso e grande em perdoar. Ele não muda Sua natureza. Contudo, não se trata de resolvermos pecar à vontade, sem levar a sério as consequências do pecado e a exortação do Senhor pensando: "Ah, Ele é misericordioso, Ele me perdoa e não acontece nada". Não façamos isso, pois Ele sabe das nossas intenções e pensamentos. Devemos buscar não pecar, mesmo sabendo que Ele nos perdoa.
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"E eis que alguns homens passaram, e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão, que estava junto ao corpo; e foram, e o disseram na cidade onde o velho profeta habitava. E, ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à ordem do SENHOR; por isso o SENHOR o entregou ao leão, que o despedaçou e matou, segundo a palavra que o SENHOR lhe dissera." ( I RS 13:25-26)
Irmãos, Deus não faz acepção de pessoas (RM 2:11). Há pessoas que acham que por que são batizados, por que estão na Igreja há 50 anos, por que leem a Bíblia ou por que são obreiras e pastores, ou por que têm um ministério, de uma forma geral, estarão livres de toda consequência do pecado. Não, não: aquele que havia sido reconhecido por ter sido usado pelo Senhor agora estava sendo reconhecido por ter sido o rebelde desobediente à voz de Deus. É assim que muitas pessoas podem estar sendo conhecidas: antes, como bênçãos; hoje, como pessoas envergonhadas. Havia uma cidade, na época de Jesus, chamada Naim, cujo significado era "bela e graciosa". Contudo, Jesus chegou naquela cidade justamente no dia do enterro do único filho de uma viúva (LC 7 11-17). Aquela cidade, que era chamada de "bela e graciosa", não tinha graça nenhuma naquele dia, mas tristeza e morte. Contudo, Jesus tocou no caixão daquele morto e ele reviveu. Há pessoas que tinham um casamento que era chamado de belo e gracioso, uma família que era conhecida como bela e graciosa, um emprego conhecido como belo e gracioso e hoje há apenas choro, tristeza e morte dos sonhos e planos. Irmãos, Deus quer restaurar cada um dos seus sonhos no dia de hoje, já que Ele é quem põe em nosso coração o querer e o efetuar (FP 2:13). Deixe Ele tocar no caixão que está levando o que era seu, que está levando seus planos, que está levando seus sonhos, que está levando seus projetos, que está levando até mesmo sua comunhão com Deus. Às vezes você pode dizer que deixa, mas vive chorando, murmurando, fazendo o que Deus desaprova, reclamando, etc. Se você está agindo dessa maneira, não está deixando Jesus tocar no caixão do seu casamento, dos seus sonhos, da sua família, do seu trabalho, etc. Se você, com sua murmuração e reclamações, não estava deixando o Senhor tocar no caixão que leva a sua felicidade, mude de postura agora. Arrependa-se, busque a Deus, confie Nele, obedeça integralmente o que Ele te diz e passe (ou volte a ser) conhecido como uma benção nas mãos do Senhor.
Importante destacar: o velho profeta disse que havia acontecido como Deus dissera. A Palavra de Deus nunca deixa de se cumprir: "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" (IS 5:11). Quando Deus faz uma promessa, não importa o tempo que leve, Ele cumpre. Da mesma forma, quando Deus diz que determinado caminho é de morte e que nos daremos mal nele, se não mudarmos, acontece. Não se trata de Deus nos ameaçar, mas sim Dele deixar bem claro quais serão as consequências do nosso pecado. Temos livre-arbítrio e podemos escolher ("Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência," - DT 30:19). Entretanto, tenhamos certeza de que a consequência do pecado virá exatamente como Deus disse que viria. Se temos conhecimento disso e escolhemos continuar pecando, não poderemos culpar ninguém além de nós mesmos, inclusive se perdermos nossa salvação, como já disse antes.
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"Nem depois destas coisas deixou Jeroboão o seu mau caminho; antes, de todo o povo, tornou a constituir sacerdotes dos lugares altos; e a qualquer que queria consagrava sacerdote dos lugares altos." ( I RS 13:33)
Mesmo vendo o que havia acontecido com o homem de Deus, Jeroboão continuou cometendo seu pecado. Há pessoas que são obstinadas em fazer o mal. Há pessoas que veem dificuldade em tudo, desanimam com todos os obstáculos, mas têm uma persistência incrível para fazer o que o Senhor desaprova. É exatamente aquilo que a Palavra diz: há pessoas cujos pés se apressam para fazer o mal (PV 1:16; PV 6:18).
Jeroboão também constituiu outros sacerdotes para trabalharem com sua idolatria. Assim como houve Josafá, rei que tirou os postes-ídolo, dispôs o coração a buscar a Deus, passou pela terra, falou ao povo e fez com que ele se tornasse ao Senhor e estabeleceu juízes para julgarem de acordo não com o homem, mas de acordo com a Palavra de Deus (2 CR 19:3-11), houve Jeroboão, que disseminou o mal. Vale uma reflexão: temos, com nosso exemplo, disseminado o bem ou o mal? Temos influenciado as pessoas a levar uma vida santa buscando a Deus ou a pecar?
Além disso, Jeroboão consagrava qualquer um sacerdote idólatra. Vemos aqui a diferença entre as coisas de Deus e as coisas do diabo: quando uma pessoa era consagrada sacerdote do Senhor as coisas não eram "de qualquer jeito", não era "qualquer um". Irmãos, aquilo que é fácil demais também traz problemas demais. A Palavra diz que devemos passar pela porta estreita (MT 7:13-14). Não se trata de tudo que vem de Deus ser difícil, pelo contrário: a vida daqueles que andam com o Senhor é facílima! Temos problemas, sim, já que Jesus disse que no mundo teremos aflições, mas Ele também disse que devemos ter bom ânimo, por que Ele (Jesus) venceu o mundo (JO 16:33). A Palavra também fala que muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (SL 34:19). Trata-se, isso sim, de fazer as coisas do jeito certo, do jeito que o Senhor aprova, que nem sempre é o mais fácil e, por isso, o diabo se aproveita, trazendo uma séria de "facilidades" mentirosas, que nos levarão, na verdade, à destruição. Entretanto, lembremo-nos de duas coisas: que largo é o caminho que leva à perdição, mas que nós fomos chamados para entrar pela porta estreita (MT 7:13) e que o pecado pode até ser doce, mas nós fomos chamados para ser o sal da terra (MT 5:13).
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"E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da terra" (I RS 13:34)
Irmãos, já falei isso várias vezes nesta mensagem, mas é necessário reforçar: o salário do pecado é a morte (RM 6:23) e foi isso que aconteceu com a casa de Jeroboão, que foi extinta da terra. Irmãos, qual é o nosso pecado? Qual é a causa da nossa queda? O que nos tira da presença do Senhor? Arrependamo-nos, peçamos perdão ao Senhor e a quem for necessário e mudemos de vida, abrindo mão daquilo que o inimigo usa para nos afastar do Senhor. Se não conseguimos, peçamos a ajuda do Senhor, pois Ele nos ajuda e nos fortalece.
Importante notar que não somente Jeroboão foi destruído, mas toda sua casa. Irmãos, nós, como sacerdotes de Deus, devemos sempre buscar por nossa família e, para isso, precisamos estar de pé na presença do Senhor. Infelizmente, acontece muito de alguém servir a Deus, mas seus familiares não. Espiritualmente, aquele que serve ao Senhor é autoridade (o bom é que todos em nossa família sirvam). Pois bem: se o inimigo chegar e vir uma brecha pela qual possa entrar pelo fato de não estarmos firmados no Senhor ele não destruirá somente a nossa vida, mas atingirá a todos, e como poderemos batalhar pelos nossos se estivermos caídos? Precisamos estar de pé diante do Senhor, afastando-nos do pecado e nos fortalecendo em Deus para buscar pela nossa família e, aquele que não busca por ela é pior que o infiel e negou a fé (I TM 5:8).
É claro que cada um é responsável por si e pela sua salvação. Afinal, todos temos livre -arbítrio. Se o familiar de alguém se perder por que não quis dar crédito à pregação, não quis abandonar o pecado, não quis assumir um compromisso, com Cristo, etc., aquele que pregou está isento de qualquer responsabilidade. O que não pode acontecer é nossos familiares não se converterem por não ter quem pregue a eles, não ter quem ore por eles, não ter quem batalhe espiritualmente por eles, não ter um bom testemunho de um servo de Deus, etc. Se isso acontecesse, daríamos conta ao Senhor, pois não estaríamos buscando pelos nossos, deixando-os vulneráveis ao ataque do inimigo.
Passemos agora a outro exemplo: somos chefes, nossos empregados ficam vulneráveis junto a nós. Mais uma vez: cada um é responsável por si. Contudo, a própria Palavra diz que quando o líder está em pecado, a nação geme (PV 29:2). Mesmo que não sejamos chefes na carne, somos autoridades espirituais e devemos buscar pelo lugar em que trabalhamos e pelas pessoas que estão conosco. O versículo de I TM 5:8 fala que aquele que não busca pelos SEUS, principalmente os de sua família, é pior que o infiel e negou a fé. A nossa prioridade deve ser a família, mas devemos buscar por todos os nossos: amigos, chefes, colegas de trabalho, etc. Devemos buscar até mesmo por pessoas que não conhecemos, mas que sabemos que estão passando por dificuldades, pois elas são nossas irmãs em Cristo. Irmãos, tenhamos certeza: quando somos pessoas verdadeiramente de Deus, que andamos em comunhão com o Pai, usadas por Ele e que exercemos nossa autoridade espiritual, todos ao nosso redor são abençoados.
Paz a todos.