A imortalidade da alma
Às vezes, falar em ter várias vidas ou viver várias vidas tem uma complexidade que não só envolve o nosso ser, mas também levanta uma hipótese de que não estamos só nesta jornada. O interessante nisso tudo é que se realmente isso for verdade, o que eu creio ser, tudo faz sentido se analisarmos as questões práticas do dia a dia. Então, vamos analisar tudo desde o princípio, ou melhor, de quando éramos criança ou quando começamos a entender todo o processo da vida. Para que isso aconteça, vamos tentar saber de onde vêm essas lembranças: sonhos ou questionamentos. Por que sonhamos com determinadas pessoas que não conhecemos, mas que nos são familiar? Por que simplesmente simpatizamos com algumas pessoas e com outras nem tanto? Por que algumas pessoas sentem que conhecem determinado lugar sem ao menos ter passado ali antes? Ou quando acontece algo e temos uma vaga lembrança de que aquilo está se repetindo? E por aí vão alguns questionamentos, alguns fáceis de explicar e outros nem temos uma explicação plausível. Ou podemos partir para uma questão bem mais complexa. O que significa a morte? Geralmente, falamos na morte de algum familiar, amigo, conhecido ou desconhecido, mas quando essa morte remete a nós, o que achamos? Será o fim de tudo ou teremos uma nova chance em algum lugar? E o Universo ou o nosso planeta, tudo fica para trás sem volta?
Eu não costumo pensar muito nisso, mas chega uma hora em que precisamos de uma luz ou de algumas respostas. Se acreditarmos que não há vida pregressa então não podemos crer numa vida futura após a morte. Nesse caso o que estaríamos fazendo aqui? Vamos analisar essa vida como um viajante que percorre um caminho sem conhecer o destino. Ele é semelhante ao homem ignorante dos seus destinos, que nasce sem saber o ponto de partida e nem seu ponto de chegada e mesmo sem saber o real motivo de sua jornada, ele encontra-se perdido e para diante do menor obstáculo e perde-se toda uma existência.
Pensando nessa lógica, podemos deduzir que se tudo acaba com a morte, então de nada adiantará termos uma vida digna e praticante do bem se por outro lado quem faz o mal terá o mesmo destino. O bem e o mal, o justo e o injusto se confundem igualmente e se esvaem do nada? Bem, eu não creio nisso e enganam-se aqueles que acham que tudo se acaba da mesma forma que começou. Agora, para apimentar ainda mais esse tema, devemos levar em consideração que a “crença do nada” é contrária a todo ensinamento de Jesus Cristo. Essa crença arruína toda a sanção moral e não deixa de resolver alguns problemas que existem na humanidade como a desigualdade. Com esse efeito por que uns possuem todos os dons do espírito e do coração, favorecimento de fortuna, em contrapartida muitos outros só tiveram a pobreza intelectual, os vícios e as misérias? Então é chegada a hora de abrir os olhos e pensar que não estamos aqui só de passagem em apenas uma única existência. A vida continua após a morte do corpo físico e que existe uma Justiça Divina que se chama a Lei de Causa e Efeito, onde não há um ser vivo que não escape dela, ou melhor, ninguém transgride essa Lei impunemente.
Não crer na imortalidade da alma é o mesmo que tentar reescrever o axioma da vida onde em tese fala-se em uma concepção metafísica ou filosófica que não há efeito sem causa como o nada não poderia produzir coisa alguma. Parece algo irreal tirado de um filme de ficção científica, mas segundo os espiritualistas, a alma individual é imortal e eterna. E, para isso, a nossa jornada consiste em percorrer um ciclo extremamente numeroso de nascimentos e mortes.