QUINQUAGÉSIMA QUINTA AULA DE TEOLOGIA.
QUINQUAGÉSIMA QUINTA AULA DE TEOLOGIA.
Conforme o relato apocalíptico, vivemos o provisório, o inacabável, o não pronto, mas os eleitos carregarão consigo a fé e preservarão até o fim passando pelas muralhas de um lado e do outro como na passagem do Mar Vermelho à terra de Promissão. Toda a catástrofe é em torno do fim do mundo, a começar pelas destruições da Judeia, Jerusalém, [já houve] guerras de nações contra nasções. [está havendo e muitos estão com medo por causa das armas químicas]. No evangelho de João não relata a visão apocalíptica, somente os sinóticos. Porque o evangelho de João é o evangelho da “glória”. Da auto-revelação de Jesus.
Os anjos vão preparar e conduzir toda a humanidade a si reunir diante de Jesus. Esse é o dia do não mais arrependimento. A hora chegou inesperada. Chegou como o noivo diante das dez virgens da parábola.
Quem estiver pronto com a tocha acesa, [a sabedoria do evangelho], alegrar-se-ão na presença do noivo. [Jesus].
O avião que partiu do Rio de Janeiro a Paris, nenhum dos passageiros estava preparado para a sua escatologia individual, pois, o avião não chegou a Paris. Caiu no Oceano Atlântico. Eis os conselhos de Jesus: “Vigiai, pois não sabeis a hora”. De fato, ninguém estava esperando partir para a eternidade ao pegar aquele avião. E nem o navio maior do mundo: O Titanic com os seus tripulantes e passageiros.
Vou relatar o costume do povo judeu, quando havia um casamento. As virgens, [hoje é tabu], dez jovens adolescentes, se reuniam na praça com uma tocha acesa a espera do noivo. Quando esse chegava, elas o conduziam à casa da noiva e, ali, se realizava o casamento. A festa do casamento durava seis dias e toda a comunidade era convidada. [Povoado pequeno na Palestina de apenas 70 casas]. Embora o relato bíblico falasse em candeeiro, mas era tochas, um pedaço de pau que se enrolava com pano e untava de azeite ou petróleo [naquele tempo havia, não refinado como o de hoje] e colocava fogo e o vento não conseguia apagá-las.
Na capital, cidade de Roma, colocava-se essas tochas em cada esquina e ruas para a iluminação de toda a cidade. Se fosse candeeiro apagaria por causa do vento e a luz era fraca, pois, as virgens ficavam numa praça a espera do noivo. [as que dormiram, simbolizam muitos que não abraçam os valores deixados por Jesus]. Veja como Mateus aproveita esse costume do povo judeu para encaixar como simbolismo a fazer essa parábola do fim do mundo. [apocaliptica]. As virgens prudentes representam os cristãos radicais, os imitadores de Cristo, e as imprudentes ou loucas, representam os judeus e os que não aceitam Jesus e os seus ensinamentos; e outros tantos que se dizem cristãos e são falsos pregadores e enganadores. Ele faz um relato mostrando numa visão apocalíptica que no dia da parusia e do juízo final, essas virgens loucas, buscam o óleo, [o óleo da sabedoria], mas é tarde. O noivo [Jesus] chegou. Chegou e entrando com os eleitos, fecha a porta. Aqui Mateus diz que a porta foi fechada, mas não era o costume de fechar a porta, pois, era aberta para que todos participassem das bodas. Mas, aqui, se entende fazendo uma exegese, que essa porta é Jesus. Quem não aceitar Jesus antes de sua parusia, não encontrará o óleo para que possa acender a tocha. Ficarão nas trevas exteriores. As que não quiseram ser prudentes com o óleo e acender o candeeiro, não poderão participar das bodas celestiais. A porta fechou, isto é, o Reino de Deus está aberto para os que quiserem viver como cristão: vivendo a economia da fé. O banquete não são coisas materiais, mas espirituais; é linguagem do alto, não daqui de baixo. [o mundo materialista, consumista, capitalista não fabrica esse óleo, pois ele veio do céu trazido e ensinado por Jesus Cristo]. Devemos conhecer bem o simbolismo das catástrofes a partir do dilúvio, [somente a família de Noé salvou], Sodoma e Gomorra foram destruídas; [Só a família de Ló foi salva] a destruição da Judeia e Jerusalém, [Somente os cristãos foram salvos e os que acreditaram na profecia do Cristo] são fatos reais que já aconteceram, Se aconteceram, acontecerá de tudo se acabar [existem as armas químicas] e haverá uma nova terra onde habitarão todos os eleitos eternamente. [Nova terra, o Reino dos céus].
O Antigo Testamento relata a história do dilúvio. [Só a família de Noé salvou]. O povo comia, bebia, dançava e se dava o luxo e a imoralidade até chegou a hora, como um ladrão a roubar tudo. [Estamos vivendo essa rebeldia]. Ninguém estava prevenido, somente Noé e sua família. [Noé, figura simbólica daqueles que fazem a vontade de Deus e estão sempre prevenidos]. Mas para que sejamos eleitos é preciso viver as experiências e os valores deixados por Jesus. E não são outros senão as obras de caridade: “Eu tive fome, sede, nu, enfermo e prisioneiro e você cuidou de mim. Você é o bom samaritano e tem o maior prêmio a ganhar: “Tomar posse do Reino dos céus.”
Orar, cantar, louvar, tudo isso faz parte do Reino do céu, mas se não houver uma ação ativa, participativa e a prática do amor e da caridade, toda prática do orar, louvar, exaltar, será como as virgens loucas. A porta fechará e o noivo entra com as prudentes.
A carteira de identidade do cristão é a caridade, repleta de amor, porque ela destrói milhões de pecados. As prudentes representam os católicos cristãos que não acreditam em feitiçaria, bruxarias, cartomante, talismã, fitas de lembranças com nomes de santos posta no pulso para lhe proteger, como se essas insígnias fossem Deus, o que nunca a Igreja Católica ensinou. “É preciso libertar-se das formas mágicas de relacionar-se com a realidade, o mundo, a cultura religiosa popular. Com essa crendice desvirtuam os valores do evangelho buscando em objetos religiosos proteção e defesa contra perseguições e males” [físicos e moral]. [Pe Antônio Clayton].
4
hagaribeiro.