QUADRAGESIMA OITAVA AULA DE TEOLOGIA
QUADRAGÉSIMA OITAVA AULA DE TEOLOGIA.
POR HONORATO RIBEIRO
[Quadragésima oitava aula].
Como já foi dito acima, os evangelhos surgiram com base nas cartas de São Paulo, pois, elas foram escritas nos anos sessenta e os evangelhos a partir dos anos oitenta. O evangelho de São João foi nos anos noventa. Por esse motivo que ele é mais complicado os seus relatos; é uma teologia mais difícil, por ser uma cristologia divina. Iremos explicar um relato de um jantar em Betânia onde vivia Lázaro, o qual Jesus havia lhe ressuscitado. E muitos judeus creram Nele. Por esse motivo os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: “Que faremos? Esse homem multiplica os milagres. Se o deixarmos proceder assim, todos creram nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação. Um deles, chamado Caifás, que era o sumo-sacerdote daquele ano, disse-lhes: “Vós não entendeis nada! “Nem que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação”. Nessa perícope, o sumo sacerdote, Caifás, profetizou que Jesus iria morrer, não somente pelo povo judeu, mas para toda humanidade. Aqui está a chave hermenêutica de o porquê Jesus foi condenado à morte de cruz. Primeiro, curou o cego de nascença; segundo, fez vários milagres em dia de sábado, terceiro, ressuscitou a Lázaro, isto é, deu-lhe a vida biológica, ressuscitamento. E a maior condenação a Jesus foi ele ter entrado no Templo e expulsou os vendilhões e disse essa frase: “Minha casa é uma casa de oração [Is 56, 7], mas vós fizestes dela um covil de ladrões!” [Jer 7, 11]. [Mt 21, 12-13][Mc 11, 15-19][Lc 19, 45s][Jo 2, 13-17]. Aqui ele generalizou: os religiosos, o poder romano e os empregados, pois, havia 18.000 empregados no Templo. O Templo era o grande banco econômico e corria muito dinheiro. Aí está o ponto chave da condenação a Jesus. Essas atitudes de Jesus mexeram psicologicamente e moralmente com toda a cúpula do alto clero. Invadiu-lhes um grande medo de perderem o poder e, do outro lado de os romanos acabarem com toda a nação judaica. Mas tudo aconteceu: Jerusalém foi arrasada e destruída por completo. [Jo 11, 45-51]. O maior desafio também foi ele perdoar os pecados e depois realizava o milagre. Naquele tempo para os judeus, quem cometesse pecado teria de ofertar um sacrifício a Deus em holocausto. Jesus aboliu tudo e não precisou fazer sacrifício e nem ofertar holocausto. Deu-lhe o perdão e realizou o milagre. [Jesus se fez o holocausto morrendo por todos]. Aqui eles reagiram a dizer: Como pode este homem perdoar pecado? Somente Deus é quem perdoa. E Jesus responde: “Que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda?” Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te – disse para o paralítico - , toma a tua cama e volta para tua casa”. [Mt 9, 1-7]. A volta foi uma grande experiência de haver se encontrado com Jesus são e com todo vigor de ser considerado pessoa humana, pois, antes não era. Era excluído por ser paralítico. Até hoje os paralíticos sofrem desse mesmo preconceito.
Jesus fora convidado a um jantar, na casa de Simão, o leproso. [certamente Jesus o curou e em agradecimento ele fez esse jantar para Jesus]. Somente Mateus e Marcos citam o nome de quem convidou a Jesus para esse jantar. João não cita. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. “Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos”. Essa perícope que conta que Maria derramou o bálsamo sobre Jesus se encontra em Marcos; só que ele não cita o nome da mulher. E afirma que essa mulher derramou todo sobre a cabeça de Jesus. No evangelho de João, essa mulher é Maria [muitos dizem ser Maria Madalena e irmã de Lázaro], que só derramou nos pés. Mateus também não cita o nome da mulher, mas o relato dos dois sinóticos é igual. [Jo 11, 45-51; Mt 26,6-13; 14, 3-9]. Maria, ao jogar o bálsamo na cabeça de Jesus, ela já estava embalsamando antecipadamente o corpo de Jesus. Maria, no evangelho de João, ela com a sua humildade como pecadora confessou com uma ação de arrependimento e conversão derramando o perfume nos pés de Jesus, chorando e enxugando com seus cabelos. Foi um ato de humildade e de arrependimento e conversão. Jesus faz esse ato de lavar os pés, na Santa Ceia, lavando os pés dos apóstolos ensinando-lhes a humildade. [Liturgia da Semana Santa]. A maior presença de Deus, do Espírito Santo na Igreja é a “Liturgia”. Por isso ela sofre internamente e exteriormente, mas é infalível: “As portas do inferno não prevalecerão contra ti; eis que estarei convosco até a consumação dos séculos”. [Mt 16, 18]. Desde os primórdios dos tempos a Igreja sofre violência. Primeiro foram as perseguições aos cristãos. [De fora para dentro]. Depois os escândalos de dentro para fora. [Explosão da cúpula clerical]. Mas ela está firme, infalível; e já no século XX e XXI, sai a maior explosão, novamente de dentro para fora, que abalou o papa a si renunciar. [pedofilia de alguns do clero]. Mas ela continua sofrendo na cruz a perdoar a todos. Surge o primeiro papa, na América Latina com o nome do grande santo, São Francisco de Assis: Papa Francisco da Argentina. A Igreja é santa, porque Jesus é a cabeça, é a pedra fundamental dela, o Espírito Santo é quem a governa, a Boa Nova veio do alto. Foi inaugurada aqui e depois entregou a chave a Pedro. Não é a chave do poder instituição, mas do poder de anunciar a todos o “evangelho, pois ele é santo. Não veio dos homens, veio do céu trazido por Jesus Cristo e ensinado por ele. É por isso que a “Igreja” é Santa e infalível; quem é pecador somos todos nós: Clérigos e leigos sujeitos a errar. Frágeis somos todos de fé vulnerável, pois somos feitos de barro e herdamos de Adão o pecado original. Jesus é o novo Adão, nós não. Jesus é o novo Moisés, não na. o somos. Peço-lhe que imprima.
hagaribeiro