Noção de teologia.

NOÇÕES DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

[Sexta aula].

No primeiro livro de Samuel conta outra façanha de Davi contra os filisteus, que diante de seu exército havia o gigante Golias. “As tradições costumam preservar um núcleo histórico numa narração, mas o enfeitam sempre com muitos pormenores lendários e folclóricos. Assim é a história da luta entre Davi e Golias. Por isso há quem afirme que essa narração é apenas uma historinha inventada com finalidade didática e que não tem importância alguma”. Os filisteus eram fortes e perigosos inimigos do povo israelitas. “Era um povo opressor, guerreiro, forte e bem armado e é representado, [simbolicamente], pelo gigante Golias”. Na realidade Davi representa um guerreiro forte vitorioso, pois Deus está sempre a seu lado a lhe proteger. “A história da luta entre Davi e Golias é, pois, uma reflexão do autor que, partindo de um núcleo histórico, escreve para chamar a atenção dos leitores sobre a intervenção providencial de Deus na vida de seu povo. [Povo israelita ou hebreu]. Deus realiza a salvação sem precisar usar espada ou equipamento militar”. É uma história didática e pedagógica para quem é forte na fé e observância da Lei de Deus. Nada é mais forte do que a fé e a confiança em Deus. “Esse relato é narração épico-histórica com fundo teológico. Deus está sempre presente e salva o homem na história. Deus derruba os poderosos e prepotentes e eleva os humildes. Essa é a ideia teológica-bíblico fundamental; ideia-chave nos dois testamentos.” [Pr 12, 7; 24, 16]; [Jr 18, 23]; [Ag 2, 22]; [Lc. 1, 52]. [É necessário que leia seguindo os relatos bíblicos mediante as citações de capítulos e versículos para melhor entendimento]. Deus é o senhor da história. Não podemos ler esses relatos como se fossem a realidade, mas uma narração, como já foi dito, com fundo teológico e mais compreensivo e mais reflexivo e pedagógico. Esse conto, essa narração não é aferível, mas é, na realidade, Davi é o jovem pastor que foi chamado por Deus para ser o rei de Israel e defender o seu povo com coragem e decisão. Ele aparece na história do Antigo Testamento e no Novo Testamento, quando o povo de Deus esperava o Messias filho de Davi, isto é, descendente de Davi. Por isso Jesus foi proclamado como filho de Davi. José, esposo de Maria, ambos eram descendentes de Davi. [Mateus começa seu evangelho fazendo a união da genealogia do AT e o NT até chegar a José, esposo de Maria]. Podemos afirmar veementemente que não houve realmente a luta de Davi derrotando o gigante Golias, não o Golias externo, biológico, mas o Golias dentro de si mesmo; e ele derrotou realmente o Golias que é a luta de cada um de nós quando entender e compreender quem é Deus e ao descobrir se torna forte para derrotar o Golias de fato. [Forte na fé]. Foi essa a luta de Jacó consigo mesmo e de Sansão. Revendo a historicidade do povo hebreu, o único povo, antes de Jesus Cristo, monoteísta, isto é, acreditava e professava o único Deus Javé criador dos céus e da terra, [O cosmos], e de todas as coisas visíveis e invisíveis. Esse povo que esperou sempre o messias nascer de uma virgem [conforme relato de Isaias] e resgatar o povo israelita, judeus, Jesus veio e foi renegado por eles e o condenaram à morte de cruz. Afirmamos que, nem os fariseus, doutores da lei, e nem os escribas e saduceus se envolveram na condenação de Jesus e sim o alto clero: Anciãos, sumo sacerdotes e a hierarquia clerical. Nos anos setenta, os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o Templo, mataram os sacerdotes, escribas, fariseus, saduceus. E os que fugiram [Diáspora] escaparam e se espalharam em todos os cantos do mundo. A maior parte deles está na Europa e nos Estados Unidos. Esse povo tem sofrido maiores horrores desde a destruição de Jerusalém e do Templo. Na guerra de 1940 a 1945, milhões deles foram assassinados por Adolfo Hitler, no campo de concentração. Eles não tinham pátria ou estado. Após a guerra, os Estados Unidos oficializou o “Estado de Israel”. Queremos afirmar que com todo esse sofrimento e dispersão nunca perderam a fé em seu único Deus de Abraão, de Isac e Jacó e sua religiosidade cumprindo a “Torá”. Sem o templo, sem profeta, sem rei, sem o clero, e sem a prática de holocausto, o povo judeu é o mesmo; firme e esperando vir nascer o Messias para o libertar. Para eles, Jesus não é o Salvador, o Messias, e sim um violador da lei mosaica um impostor; estão esperando nascer conforme a promessa e relatos dos profetas. [Mas nem todos os judeus pensam assim; como também nem todos acreditam na ressurreição].

O livro do Antigo Testamento que eles usam como profissão de fé, é o mesmo dos cristãos. Só não aceitam o Novo Testamento. Espera a primeira vinda do filho de Deus, enquanto nós cristãos esperamos a sua parusia, segunda vinda, para julgar os vivos e os mortos. [Juízo final]. Confirmamos que, a maioria dos judeus fora de Israel e lá no Estado de Israel, converteu ao cristianismo. Inclusive os discípulos, apóstolos, mulheres e homens, mesmos sofrendo grandes perseguições seguiram os ensinamentos de Jesus e se transformaram em grandes missionários apóstolos. Graças a esses protótipos da Boa Nova é que nós temos os livros do Novo Testamento e, o primeiro a escrever foi o apóstolo Paulo, [Os dois apóstolos de Jesus, Marcos e Lucas foram companheiros de São Paulo], nos anos sessenta. Graças a ele, Paulo, é que surgiram os quatro evangelho canônicos, sendo o primeiro a ser escrito, o evangelho de Marcos, nos anos oitenta.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 02/06/2013
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