Queimando pontes depauperadas

Queimando Pontes Depauperadas.

Jorge Linhaça

Quando avançamos em direção ao nosso crescimento espiritual, ou em outras palavras, quando decidimos realmente nos aproximar de Deus, é necessário edificar uma sólida ponte baseada no nosso relacionamento com Ele.

Ao mesmo tempo, é preciso queimar aquelas pontes que podem nos fazer retroceder a um estágio de falta de espiritualidade.

Algumas dessas pontes podem ser dolorosas de serem queimadas, pois, nos apegamos a elas durante uma significativa parte de nossas vidas.

Tais pontes podem incluir algumas amizades que nos amarram os passos em direção a Deus. Podem incluir velhos hábitos dominicais. Podem incluir vícios mais ou menos recentes. Podem incluir grupos sociais aos quais estamos habituados e que não se enquadram em nossos novos padrões.

Não significa que devemos desistir das pessoas, mas sim que não devemos desistir do que consideramos correto por conta de não “magoar” essas pessoas.

Devemos tornar-nos um exemplo para elas e é impossível ser um exemplo de algo quando nos comportamos como se nada houvesse mudado em nossas vidas.

Quando, no entanto, acreditamos ser mais sábios que Deus, e “capazes” de caminhar por essas pontes velhas e estragadas, areditando que temos o poder de tudo fazer por nossa própria sabedoria e capacidade, acabamos enredados nas teias de nossa própria negligência e arrogância.

Não somos nós que precisamos andar para trás, os outros é que devem andar para frente e seguir nossas pegadas. Ninguém é capaz de convencer outras pessoas a ouvirem a palavra de Deus agindo como qualquer ser mundano.

Quem tem ouvidos ouça. Quem tem olhos veja.

Salvador, 05 de fevereiro de 2013.