Nem ouro, nem prata

Sem ouro ou prata, mas ricos

Ato 3 - 6

Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.

A História todos já conhecem. Pedro e João subiam ao Templo para orar por volta das 3 horas da tarde. Iam conversando, contando as bençãos, partilhando das vitórias, quando foram interrmpidos por uma figura conhecida de todos os frequentadores do Templo: O coxo de nascença.

Aquele homem fez o pedido que lhe era comum desde seus primeiros dias ali: ''Uma esmola, por favor''.

Ele pedia tão pouco, apenas o resto das moedas dos passantes e era isto que ganhava quase sempre. Mas voltava a mendigar, pois era este seu meio de vida.

Uma coisa é garantida, o coração daquele coxo era infeliz ali. Ele não optara por viver esta forma amrga de vida - como alguns fazem hoje, criando para si enfermidades para ''manguear'' esmola, sendo que pode trabalhar.

Para aquele homem a esmola era a única opção. Ele era colocado ali para mendigar e o fazia sempre, sofrendo todas as mudanças do tempo, queimando sua pele ao sol, sofrendo sua dor calado e tendo que forçar um sorriso para garantir ao menos o suficiente para o pão.

Ao dirigir-se aqueles dois homens que subiam ao tempo, ele poderia ter várias respostas, negativas, xingamnetos ou afirmativas e um esmola, mas ele recebeu algo inesperado.

Quando se dirigiu aos homens pedindo uma esmola, um deles disse-lhe: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda. Aquela resposta absurda e inesperada, aqueceu de tal forma o coração do coxo, que ele acreditou nela e tomou a mão que lhe fora oferecida.

Colocou-se de pé, sentiu suas articulações responder ao impulso e seus ossos firmarem e então ele andou.

Imagine a alegria daquele homem!

Fora coxo por tantos anos, nascera nesta condição, mas agora estava de pé, andando. E ele acompanhou os dois homens. Saltava de alegria, sem saber como expressar sua emoção. Estava curado!

Eles não eram homens ricos, disseram não possuir nenhuma posse, mas o que lhe deram o enriqueceu de tal forma que jamais ele precisaria sentar de novo a esmolar.

As pessoas admiravam-se de ver o coxo a saltar e muitas delas agradeciam também a Deus pelo milagre ocorrido.

Que alegria!

Temos esta mesma riqueza e ela se chama Fé.

Acreditamos que Deus pode fazer algo novo acontecer na nossa vida, mas como o coxo devemos estar no lugar certo.

Muitas vezes o próprio Jesus fizera este mesmo caminho, mas o coxo não se dirigiu a Eel, outras vezes os discípulos também fizeram este trajeto, mas o coxo também não lhes falara, só que aquele era o dia da benção daquele homem e ele mesmo sem saber, dirigiu-se aos discípulos e foi alcançado pela Graça, sendo então curado.

Que riqueza maravilhosa de Pedro e João. Eles transmitiram àquele homem a força da Fé e ele foi surpreendido pela cura.

Existem entre nós muitos coxos e paralíticos que não foram curados pelo poder da Fé e jamais serão se não tivermos coragem de estender as mãos a eles.

Não se trata das deficiências físicas, hoje tão bem reabilitadas pela Medicina e Fisioterapia, trata-se das deficências do corpo espiritual.

Este é o tempo de erguermos nossas mãos e dirigirmo-nos a estas pessoas doentes, à beira do caminho, mostrando-lhes que há motivos para crerem e mudarem de foco. Afirmar a elas com convicção que elas precisam levantarem-se do chão e esquecer o que as maltratou e as deixou enfermas e de posse da fé, mudar suas vidas e acreditarem que Deus tem mais, muito mais para elas.

Que possamos ser como Pedro e João, estarmos indo para o Templo, mas nos preocuparmos também com as vidas dos outros seres que nos cercam, afinal, Jesus prefere ser amado no próximo.

Sim, a atitude do apóstolo Pedro foi de amor pelo próximo. Quando ele estendeu a mão para aquele homem, eole estava mostrando que se importava e que não aceitava passar sem agir, mas preferia que sua ação fosse definitiva. Uma esmola satisfaria o homem, mas não resolveria seu problema, já a cura o livraria de seu problema em definitivo.

Quando tiver oportunidade de ajudar alguém, escolha resolver o problema em definitivo, quando depender de você.

Evite dar remédios paliativos, mostre ao próximo que sua atitude é para que ele seja curado em definitivo.

A solução é sempre amar e agir.

Sérgio Carlos da Silveira
Enviado por Sérgio Carlos da Silveira em 22/01/2013
Código do texto: T4098208
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