Luz no fim?
É na escuridão da noite, `as vezes, no silêncio e solidão de uma madrugada que teima em não deixar o sono vir, que Deus mais está presente. Silencioso. Observando. Como o bom amigo que é.
E Ele espera pacientemente que não nos entreguemos `a tristeza, porque ela pode virar angústia, quando imaginamos que muito pouco podemos fazer.
E a angústia, quando nos ocupa, dá-nos a sensação de que o tempo está terminando e ainda há muito a realizar. Isso é desepero! Não podemos ficar aí. O desepero é a horta do demônio. O desespero é o solo fértil do fim da fé. Não podemos ficar aí.
Precisamos ouvir melhor os sinais naturais que se chegam a nós. Precisamos ver os humanos anjos ao nosso redor.
Deus não falou comigo. Por isso, ainda estou vivo. Um anjo não me trouxe uma proposta do céu enquanto eu rezava. Não vi ninguém de lá do céu.
Meu Deus, nosso Deus, de uma maneira muito sutil que só Ele pode fazer, semeia uma lembrança, uma imagem da família, uma vitória alcançada na hora que parecia tudo desabar. Ele trabalha no imponderável. Deus luta em nosso lugar quando desistimos da batalha. Quando parece que os últimos fios de cabelo da cabeça cairão pelas preocupações exageradas com o dia de amanhã, Deus os está penteando, escovando, preparando para que, ao acordarmos, tenhamos no espelho a imagem e semelhança daquele que é e sempre será O SENHOR DOS EXÉRCITOS, O TODO-PODEROSO... O Deus dos impossíveis.
"Eli, Eli, sabacta mi!"
Luís - 10-06-2009, 0h52min.