Carta de um Rei Mago
Carta de um rei mago.
Jorge Linhaça
Estava tranquilo em minha terra natal, cuidando de meus afazeres, quando um mensageiro divino apareceu-me em um sonho e revelou-me que aproximava-se a hora do natalício do Salvador da humanidade.
Disse-me que deveria prepara-me para visita-lo quando do seu nascimento e que outros semelhantes a mim me acompanhariam nessa peregrinação.
Perguntei ao anjo como haveria de saber qual o infante era o Rei dos Reis, ao que ele repondeu:
- Eis que no céu surgirá uma nova estrela, de um brilho superior ao das demais e ela se deslocará pelo céu, servindo de guia para ti e teus companheiros, até ipairar sobre o local do nascimento do Messias prometido.
Preparei-me para a ocasião, rendendo glórias a Deus a cada dia, jejuando várias vezes e buscando manter-me digno de tão grande honraria que me fora prometida.
Quando se aproximava o tempo do nascimento de Jesus, iniciei minha jornada à Judéia, encontrando durante o percurso outros escolhidos para testemunhar o advento do Filho de Deus.
Dirigimo-nos a Jerusalém e procuramos por Herodes, a fim de saber notícias sobre o Messias prometido. Ele pareceu um tanto surpreso e nada soube ou quis informar-nos.
Avisados por revelação divina, deixamos om palácio sem lhe prestar maiores esclarecimentos sobre o assunto.
Dias de terror se seguiram por toda a terra da Judéia e oramos insistentemente para que o Senhor não nos imputasse a culpa pelo massacre dos inocentes que se seguiu.
Não conhecíamos a o mau caráter de Herodes e agimos inocentemente, embora em nosso coração a dor nos afligisse em demasia a cada notícia que recebíamos ao longo de nossa jornada.
Continuamos nossa peregrinação por um longo tempo até que se cumprissem os dias de gestação do Filho de Deus. A estrela brilhou no céu qual o anjo havia prometido e seguimos a direção que nos indicava, indo dar em uma pequena vila chamada Belém.
Não havia nenhum palácio e nem mesmo uma casa suntuosa, para nosso espanto , encontramos o Messias cercado de pastores e pessoas simples, deitado em um cocho protegido por anjos.
Ajoelhamo-nos reverentemente e entregamos cada um a oferta que nos havia sido requisitada em nossas revelações.
O sentimento que se apossava das almas dos presentes era de uma profunda paz e regozijo por testemunhar o que muitos profetas viram em visões, mas, não tiveram o privilégio de ver em vida.
Nada do que eu pudesse escrever seria capaz de expressar com clareza o nosso sentimento, rogo para que o Espírito Santo, o consolador e testificador das coisas de Deus possa fazer-vos sentir ainda que uma fração da alegria que sentimos naquele dia.
Testifico que o Messias veio ao mundo, que Ele é o Filho Unigênito de Deus e que veio para expiar os pecados da humanidade.
Salvador, 24/12/2012