Deus e o livre arbítrio. 

     É comum quando falamos de Deus em relação ao homem  usar a expressão “livre arbítrio”. Isto é, Deus dá ao homem a liberdade de escolha, não interferindo na sua liberdade e decisão. Isto é uma verdade; se o homem quiser pular de um viaduto em alto mar Deus não irá impedi-lo, no entanto Ele pode fazer que aquele ato não  leve a morte daquela pessoa interferindo de mil maneiras.
 
     Por outro lado, dizemos que Deus é Onipresente, Onisciente e Onipotente. Enfim, Deus é perfeito e nada passa despercebido aos Seus Olhos. Sendo assim, Ele jamais vai deixar de interferir no homem agindo de maneira direta e indiretamente quando este encontra sem liberdade. Desta maneira, é preciso que nós tenhamos cuidado quando vemos certas realidades e acreditamos que a pessoa precisa sair sozinha, nos omitindo ou que Deus somente irá ajudá-lo se ele pedir ajuda. 


     Muitas vezes o homem se encontra preso a determinados sentimentos, drogas ou qualquer outro tipo de prisão desejando se libertar e procura de diversos meios sair daquela situação. No entanto, mesmo lutando, buscando vencer não consegue, é comum nestas situações pessoas fazerem criticas, julgamentos e varias insinuações contrárias quando realmente há na pessoa vontade em sair do estado que se encontra.


     Pois bem, aqui que entra meu questionamento e pensamento em relação à atuação de Deus nestes situações sobre o livre arbítrio. Penso que uma pessoa presa não exerce seu livre arbítrio , sendo assim, Deus interfere levando-a se libertar, para ai sim, a pessoa adquirir seu livre arbítrio.

 
     É importante atentarmos  o que sempre Jesus disse; Deus não julga o homem pela aparência e sim pelo coração. Muitas vezes o homem pode ter uma aparência feia, com vários atos reprováveis aos olhos humanos, no entanto, dentro de si há uma grande dor, uma grande vontade de mudança, porem não consegue. Nós seres humanos somos rápidos no julgamento e sempre pendendo para a condenação. Porem, Deus não age da mesma maneira porque Seu olhar é mais profundo, é misericordioso, amplo e, sobretudo conhece o coração humano. Precisamos entender que o tempo de Deus não é o mesmo tempo do homem.

 

     Finalizando, jamais podemos levantar o julgo sobre as pessoas e imaginar que muitas das vezes elas não se libertam de tais situações as quais vivem porque não tem Deus em sua vida; porque não querem ou mesmo não há uma força de vontade em querer mudar. E também compreender que quando referimos ao livre arbítrio, isto somente ocorre quando o homem está completamente livre para  fazer suas escolhas. Jamais Deus se mantem omisso, sem interefir na vida humana se o homem estiver escravizado seja por um sentimento, por uma substancia psicoativa ou outros tipos de prisões. E por fim, jamais usar de julgamentos,  preconceito ou de exclusão de pessoas que se encontram escravizadas, pelo contrario, usar da misericórdia, do amor e, sobretudo transformar o amor em ações concretas acreditando na solução do problema.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 05/03/2007
Reeditado em 12/04/2010
Código do texto: T401697