O Reino de Deus e a Sua Justiça na Terra
Baseado em Mateus 6.25-34 (Leitura recomendada)
O Reino de Deus e a sua Justiça na terra.
Diante de um mundo tão tecnológico, como podemos buscar o Reino de Deus quando vemos que a vida humana vale cada vez menos e desvaloriza mais do que qualquer moeda?
Neste capítulo do Evangelho segundo Mateus a palavra de ordem dada por Jesus é segredo (secreto) o cristão não precisa fazer alarde como era comum aos judeus. A preocupação de Mateus ao escrever sua visão do Evangelho é mostrar a necessidade de “consertar” certas práticas judaicas como a oração, a piedade e o jejum, práticas essas corroboradas e reinterpretadas por Jesus que é essa interpretação que nós cristãos da nova aliança devemos praticar. Provavelmente Mateus nunca pensou que seus escritos seriam lidos e praticados por nós gentios, mas parece que ele tinha razão porque continuamos nos preocupando com o que comer ou com o que vestir simplesmente como gentios e nos esquecemos de que fomos adotados como filhos de Deus mediante o sacrifício de Jesus o nosso irmão primogênito.
Hoje, a palavra gentio para nós tem outro significado, são aqueles que pelo evangeliquês, são “do mundo”, como se nós não fizéssemos parte deste mundo, nós fazemos parte integrante desse mundo sim e como faremos a diferença em ser o sal da terra e a luz do mundo se nós nos fechamos em nosso mundinho gospel? Quando Jesus fala que devemos buscar o Reino de Deus Ele quer que procuremos agir como cidadãos.
Tomemos por exemplo um imigrante que busca outro país para morar, ele tem que se adequar as leis deste país, logo, para resolver seus problemas tem que buscar a justiça deste lugar e principalmente agir com essa justiça para com outros cidadãos, mas quando esse texto bíblico é usado; é sempre clamando a justiça em nosso favor e esquecemo-nos de usar essa mesma justiça com aqueles que ainda não pertencem ao Reino de Deus ou ainda mesmo com nossos irmãos compatriotas, retornando assim ao egocentrismo capitalista em nossas vidas e que é pregado em inúmeros púlpitos com o disfarce de que temos que usufruir o melhor desta terra aqui e agora e que devemos prosperar financeiramente quando justamente é o contrário que Jesus fala nos versículo 19 ao 21, ou seja, essas igrejas que pregam essa teologia querem fincar nossos pés neste chão e consecutivamente nosso coração também fazendo de nós materialistas aumentando assim nossa corruptibilidade tendenciosa. Quando conseguimos tudo que os nossos olhos almejam e julgamos agradável mais estaremos em trevas, por isso devemos ter cuidado ao desejar algo e sempre fazermos a seguinte pergunta: Eu preciso disto? Se a resposta for não, não devemos dar prioridade a isto, pois será somente para satisfazer nosso ego, uma vez que a carne é corruptível e fraca. Não há erro em ter, querer ou precisar de dinheiro, o erro está quando este se torna o objetivo principal de nossas vidas.
Caros amigos, este capítulo de Mateus é muito importante para nossa vida cristã, pois nos dá diretrizes para não cairmos na idolatria financeira e nem na hipocrisia religiosa, afinal tudo tem que ser feito em secreto e nosso Pai sabe de todas as nossas necessidades e apenas com nossa mente carnal é difícil de nos desvencilhar das armadilhas e nos soltar leves nas mãos de Deus.
Se quisermos ser cidadãos dessa pátria divina temos que nos desprender de nós mesmos e começar a transbordar a graça que nos é transbordada ininterruptamente a todos sem exceções. A busca e o pedido da vinda do Reino de Deus começam na oração do Pai Nosso, uma oração simples, porém profunda que em outra oportunidade escreverei uma mensagem sobre ela, vamos nos ater no pedido “Venha o Teu Reino” e depois no versículo 33 “Buscai em primeiro lugar o Seu Reino (ou o Reino dos Céus).” você pede Deus manda, você busca e acha, e pratica, e vive e ensina. E o que é isso? É amar ao próximo em detrimento de você, Jesus explicou que o Deus Pai (Pai nosso) abriu mão de nove mandamentos, porque todos esses se cumprem em um “Ame ao próximo como a ti mesmo”. Esse amor incondicional, sem querer nada em troca, sem desejar mesmo que nas entrelinhas uma coroa e sem esperar galardão de Deus ou alguma recompensa dos homens é ouvir quando alguém quer falar, é abraçar quando não há o que dizer, é alimentar o próximo quando sentir seu estômago roncar, é matar a sede do próximo quando sua garganta secar, é ensinar o caminho certo a Deus quando alguém estiver perdido e sem esperanças sem julgá-lo jamais, é não fazer falsas promessas em nome de Deus, é não iludir em nome de Deus, é não amedrontar, acuar ou coagir é colocar tala nas asas de seu irmão e ensiná-lo a retomar o voo quando curado sem esperar recompensa humana ou de Deus e isso inclui ao menos um obrigado, porque já está escrito “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça e ‘todas’ estas coisas serão acrescentadas.”, simplesmente faça transbordar a graça daquele que te amou primeiro, vá e ame da mesma forma e na mesma intensidade, pratique esse amor abundante, porque se consolar será consolado, se perdoar, será perdoado e é amando que se é grandemente amado, primeiramente por Deus e depois por outros irmãos que você ensinou e que foi ensinado por outros irmãos, que foram amados e ensinado por outros irmãos e assim viveremos verdadeiramente o Reino de Deus aqui na terra até que Ele venha em toa a sua plenitude, Amém.