A MARCA DO CRISTÃO
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
(João 13.35).
Você já imaginou qual deve ser a diferença mais importante entre o cristão e uma pessoa que ainda não teve um encontro pessoal com Deus, através de Jesus Cristo?
O distintivo é aquilo que mostra a diferença, que distingue uma coisa da outra. As empresas, por exemplo, têm logotipos que são distintivos. Através deles, logo se sabe de que empresa se trata.
O amor é o distintivo do discípulo de Jesus. É ele que nos diferencia das outras pessoas. Ninguém está mais capacitado para amar do que um discípulo cheio do Espírito Santo.
“O amor de que Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.5).
Quando Jesus quis explicar sobre o amor que é devido ao próximo, Ele propôs a seguinte parábola.
E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira. (Lucas 10.25-35).
O amor cristão entende que as pessoas precisam de comer, de beber, precisam se proteger do frio, da chuva, do sol. Precisam curar suas feridas sejam elas da alma ou do corpo.
É muito significante que Deus se agrade tanto do socorro que prestamos ao próximo e que ele chama isso de “amar ao próximo como a si mesmo”.
Devemos, em cada situação da vida, nos colocarmos no lugar da pessoa que sofre e pensarmos em como gostaríamos de ser socorridos caso estivéssemos naquela posição.
O amor de Deus derramado em nossos corações nos leva a amar e agir em favor do próximo, seja ele quem for. A nova vida em Cristo subtende a prática diária da oração e do amor por todos os homens, inclusive, pelos nossos inimigos.
Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5.44).
Para amar desta maneira é preciso aprender a perdoar os homens de suas misérias e pecados como o próprio Cristo o fez quando estava na cruz.
“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lucas 23.34).
A situação do pecado na humanidade é de tal monta, que as pessoas que mais se amam romanticamente são, na maioria das vezes, as que mais se ofendem e ferem mutuamente.
É importante saber que o amor capaz de perdoar e amar inimigos não é o amor romântico ou mesmo a amizade natural. Trata-se de um amor maior, um amor gerado pelo Espírito de Deus na vida do fiel discípulo de Cristo. Este decorre da participação na própria natureza de Deus.
Nenhuma virtude é mais eficaz do que o amor para distinguir o discípulo de Jesus das outras pessoas. É o próprio Jesus que disse isso. Dessa forma não resta outra alternativa ao verdadeiro discípulo senão viver a cada dia, a cada hora e a cada minuto uma vida cheia de amor.