A ALEGRIA DO DISCÍPULO DE CRISTO

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

(Romanos 14.17).

O rei Davi era um servo de Deus cheio de alegria, o que procurava demonstrar cantando, compondo salmos, tocando harpa, dançando e até pulando de regozijo na presença do Senhor.

O apóstolo Paulo ensina: “Regozijai-vos sempre” (1Tessalonicenses 5.16). Viver alegre no Senhor é uma das maiores glórias do cristão. E o mais importante: A alegria que vem do Senhor não depende de circunstâncias, às vezes, é possível cantar em meio a um vendaval de lutas e tribulações.

Também é do apóstolo Paulo a seguinte definição do reino de Deus: “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14.17).

A nova alegria em Cristo é a alegria resultante da reconciliação do pecador com Deus e de uma vida cheia do Espírito Santo. Essa alegria resulta da felicidade de poder desfrutar de uma vida de paz e da prática da justiça no poder do Espírito Santo.

A nova alegria é uma alegria diferente pois pode coexistir com as lutas do dia-a-dia e até com as perseguições por causa da fé em Cristo. A alegria resultante da comunhão com Deus é uma das mais gratas experiências da nova vida em Cristo.

Quando sentimos o alívio advindo da retirada do fardo do pecado e da escravidão espiritual de nossos ombros, então prorrompemos em hinos de gratidão a Deus e nos enchemos de uma alegria única, alcançada mediante a apropriação do sacrifico de Cristo para perdão dos nossos pecados.

Antes do seu encontro com Jesus, o homem tem um paladar aguçado para as coisas que satisfazem a carne. Ele está no seu estado natural e, conseqüentemente, distante de Deus.

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” (1Jo 2.16).

No seu estado pecaminoso o homem se inclina para tudo o que lhe dá prazer físico. Nesse afã, ele atropela a vontade de Deus, agindo sem respeito aos princípios éticos e morais. Está cego e não vê, sequer, os seus semelhantes diante de si. O amor que possui é o amor a si mesmo.

O paladar mundano leva o homem à bebedice, à prostituição, ao adultério, à glutonaria, à avareza, enfim, a todo o tipo de vício.

Quando Espírito Santo começa a habitar no coração humano seu apetite carnal é controlado e surge um novo prazer: O prazer espiritual. Esse prazer consiste em amar e respeitar as coisas de Deus. O homem, perdoado, tem desejo de agradecer e adorar a Deus. Ele sente necessidade de recuperar o tempo perdido e de trabalhar para Deus. Sua alma sedenta deseja conhecer melhor a Deus.

“Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles. Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres.” (Salmos 126.1-3).

Quando o Senhor restaura a nossa vida então a nossa alma se enche de um prazer sem igual. É algo vindo do céu aos nossos corações. É uma alegria que só o salvo pode experimentar.

Então ímpio nos dirá: “Você agora tem prazer em ir à igreja? Isso é brincadeira!”. Ele não pode entender o prazer que existe numa alma reconciliada com o seu Deus. Ele não pode perceber a presença do Espírito Santo porque não o recebeu nem o conhece.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.” (João 14.16-17).

Mas a alma justificada pelos méritos de Cristo e cheia do Espírito Santo se regozija em Deus e sente prazer em congregar com outros irmãos que possuem fé e esperança de vida eterna.

Um certo menino de rua sofreu durante longos anos em sua vida sem teto. Comia mau, dormia mau, convivia com pessoas violentas e de mau caráter. Sofria a dor do abandono e da solidão, até que um dia uma família amorosa o adotou.

Que alegria ao chegar em casa e encontrar um banheiro para tomar banho e se purificar de toda a sujeira da rua! Que felicidade ao encontrar alguém para cuidar de suas feridas físicas e da alma! Que gozo em encontrar um quarto limpinho com camas, colchões e travesseiros!

Pela manhã o pai adotivo o convida para matricular-se em uma escola. O menino segue caminhando e pensando: Estou salvo, estou salvo, estou salvo! E de repente abraça agradecido àquele pai amoroso e diz: Quero obedecer ao senhor e amá-lo para sempre. (do autor).

Assim deve ser a alegria e a gratidão daquele que foi alcançado pela graça de Deus. Aquele cuja imundícia do pecado foi tirada pelo sangue de Jesus e que agora faz parte da família de Deus.