UMA NOVA ALIANÇA

“Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.”

(Lucas 22.20).

Na última ceia, que Jesus fez com os discípulos, falou sobre uma nova aliança. Quando Jesus anunciou a Nova Aliança, decretou automaticamente, o fim da Velha Aliança: “A lei e os profetas duraram até João” (Mateus 11.13).

“E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22.20).

O apóstolo Paulo também nos afirma que a Nova Aliança significa o fim da Antiga Aliança:

Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. (Romanos 10.1-4).(negrito nosso).

No Antigo Testamento, ou antiga aliança os judeus estavam sujeitos a lei e aos mandamentos do pacto da Lei. Eles fizeram um compromisso de cumprir toda aquela Aliança que consistia de mandamentos civis e religiosos.

A lei era dura com os desobedientes que, em alguns casos, eram punidos com a morte.

Durante a nossa vida fazemos muitas alianças, pactos, compromissos, contratos. Quanto aos compromissos seculares, nada há de errado em fazê-los, desde que sejam de acordo com a lei vigente em nosso país. Mas, em relação à vida espiritual, só uma aliança pode resolver o problema do pecador: A nova aliança do sangue de Jesus:

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4.12).

Fazer a nova aliança com Jesus significa crer, de todo coração, que Ele é o Filho de Deus que morreu para, pôr intermédio do seu sangue derramado na cruz, perdoar os nossos pecados, e entregar-nos totalmente a Ele em obediência aos seus mandamentos. Fazer a nova aliança com Jesus implica, também, em abandonar todo pacto espiritual feito anteriormente à conversão ao Evangelho.

Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. (1Coríntios 12.2).

Na nova aliança nós participamos com a disposição de aceitar o que Jesus fez pôr nós e viver uma vida de obediência a seus ensinos. Ele fica encarregado de pagar todas as custas e prover todos os meios necessários para nos conduzir à uma eternidade de paz e comunhão com Deus.

Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (Hebreus 9.11-12).

A aliança que fazemos com Jesus deve ser como uma aliança de noivado. Devemos viver a expectativa do casamento que será em breve e cheio de convidados ilustres como Deus e o seus santos anjos, além do próprio noivo que está de viagem e chegará apenas no dia do casamento. Devemos amar o noivo de todo o coração para que o casamento seja feliz e eterno.

E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida. (Apocalipse 22.17).

Ninguém que está noivo procura desagradar o seu amado ou amada. O noivado é um tempo de graça em que os noivos andam juntos, compram, convidam pessoas para o casamento, fazem curso de noivos, conhecem mutuamente seus novos parentes e assim por diante. Assim também deve ser a nossa aliança com Jesus: cheia de alegria e experiências novas na vida cristã e tudo para agradar o nosso noivo espiritual.

A nova aliança com Jesus, assim como o compromisso de casamento, deve ser irrevogável. Não podemos estarmos hoje, noivos de uma pessoa e amanhã de outra, para depois de amanhã retornarmos ao antigo noivado. Assim também devemos manter um compromisso sério com Jesus para que cresçamos Nele, de fé em fé.

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. (Romanos 1.16-17).

Uma vez que fizermos a nossa parte, sendo fiéis à nova aliança com Jesus, podemos esperar dele os melhores presentes, a maior alegria e maior recompensa, porque ele é fiel e justo para nos dar, no dia determinado pelo Pai, o galardão conforme as nossas boas obras.

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. (Apocalipse 22.12).

É importante saber que tanto a aliança como o encontro com o noivo Jesus é algo totalmente pessoal e intransferível. Cada um de nós irá se apresentar diante de Deus para dar conta da fidelidade à nova aliança. Esta verdade é ao mesmo tempo linda e séria, como deve ser a “esposa do Cordeiro”. (Apocalipse 19.7).