MENTE RENOVADA
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2).
A nossa transformação espiritual implica na exclusão de pensamentos pecaminosos, que geram palavras pecaminosas, que geram atos pecaminosos. Renovar a mente é limpá-la de toda a imundícia, expulsando imediatamente todo pensamento mau. Não é possível agradarmos a Deus, como discípulos de Jesus, se a nossa mente continuar saboreando o pecado. Para uma vida nova precisamos de nos encher da Palavra de Deus, do Espírito Santo e das virtudes por eles operadas em nossas vidas.
Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. (Gálatas 5.19-25).
Precisamos assumir o controle da nossa mente. Não podemos brincar com o pecado na tela da mente, nem abrigá-lo confortavelmente nosso homem interior. É preciso repreender com veemência pensamentos pecaminosos. O modo mais eficaz para combatermos o pecado na mente é a substituição do pensamento viciado por um pensamento novo e puro.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4.8).
Jesus certa vez disse aos seus ouvintes que o que torna o homem impuro espiritualmente são as meditações do seu coração e não aquilo que ele come ou bebe, como pensavam os religiosos de sua época. Nesse sentido, mente e coração quer dizer a mesma coisa, ou seja, o homem interior.
“Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce pelo ventre, e é lançado fora? Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos, isso não o contamina.” (Mateus 18.17-20).
Os religiosos da época de Jesus foram acusados de aparentar uma vida pura diante de Deus quando, na verdade, o seu interior estava corrompido por causa do pecado. Deus nos quer por inteiro e, portanto, não podemos ter santidade apenas aparente, mas o nosso ser completo precisa ser consagrado a Deus, a começar pela nossa mente.
Tendo terminado de falar, um fariseu o convidou para comer com ele. Então Jesus foi, e reclinou-se à mesa; mas o fariseu, notando que Jesus não se lavara cerimonialmente antes da refeição, ficou surpreso. Então o Senhor lhe disse: “Vocês, fariseus, limpam o exterior do copo e do prato, mas interiormente estão cheios de ganância e de maldade. Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior?” (Lucas 11.37-40)
Jesus levou tão a sério a questão do pensamento impuro que introduziu em seus ensinos a figura do adultério no coração. O adultério no coração consiste em se desejar a mulher alheia em pensamento, ou seja, no homem interior.
“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5.27-28).
Na maioria das vezes, os atuais discípulos de Jesus se preocupam com a consumação do pecado de fato, mas não importam de alimentá-lo homem interior. Mas a Bíblia nos adverte: “Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Provérbios 4.23).
Ao desejar uma transformação verdadeira e efetiva em nossa vida, temos que começar pelos nossos pensamentos. A nossa mente não pode ser alimentada com pornografia, ou com artimanhas contra o nosso próximo, ou ainda com qualquer outra coisa que desagrada a Deus.
Precisamos vigiar os nossos pensamentos para que o Diabo não os use contra nós. O apóstolo Paulo afirma que a nova mente do Cristão é a “mente de Cristo”. Quando começamos a pensar como Cristo pensou começamos a andar como Ele andou, a falar como Ele falou e a fazer o que Ele fazia.
Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois "quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?" Nós, porém, temos a mente de Cristo. (1 Coríntios 2.15-16).
Jesus quer nos dar uma mente nova para usarmos em meditar em sua Palavra dia e noite. Ele quer que, por meio de nós, muitas pessoas sejam abençoadas. Se curarmos a fonte da nossa vida que é o nosso homem interior, seremos filhos de Deus realizados e felizes.
Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. (Salmo 1.1-2).
Renovar a mente é uma tarefa dura e diária que o discípulo de Jesus deve encarar com toda seriedade. Nosso arquivo de palavras e atitudes incorretas deve combatido tenazmente toda vez que perdermos o equilíbrio espiritual e parecer normal pensar sobre o mau para praticá-lo logo em seguida. “Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7)