O amor salva
Santidade converte?
Elisabeth Lorena Alves
“Você pode entrar no chiqueiro, só não pode chafurdar na lama com ele”.
(Pastor Sérgio Carlos da Silveira)
O que é santidade? As pessoas acostumaram-se a cobrar das outras santidade, mas estes arrotos nada valem diante Daquele que é Santo e sempre será, cuja Fidelidade e Santidade jamais podem ser questionadas, pois fazem parte Dele, são inerentes de Sua Natureza.
O que as pessoas tem e denominam Santidade é nada mais nada menos que mania de grandeza. E isto vem de sua condição de pecadores e não significa em nada Intimidade com Deus.
Aquele que não ama seu irmão, não tolera o próximo em suas fraquezas ou diferenças, humilha os que não comungam da mesma fé, desprezam os mais humildes, não é Santo, não tem Intimidade com Deus, pois Jesus nos ensinou a ser exatamente o oposto do que são e de como agem a maioria dos 'santos' da atualidade.
Entre os cristãos, o Santo, arrotador de Santidade é o que manda, adora apontar o dedo para as atitudes alheias e vendo falha até onde não tem.
Constantemente lembro-me de um dos comentários frequentes do pastor Sérgio sobre santidade. Ele sempre diz que corre de gente muito santa. E concordo com ele. Jesus quando esteve aqui não andava com aqueles que desfilavam suas franjas, mas com os que estes 'santos homens' declaravam pecadores e ensinava que Ele não veio para os justos e sim para os pecadores (Marcos 2-17).
Jesus não fazia acepção de pessoas, antes entrava em todos os lugares e falava com todas as pessoas. E mais uma vez cito meu pastor: “Você pode entrar no chiqueiro, só não pode chafurdar na lama com ele”. Sim, para vivermos em santidade não devemos fugir das pessoas do mundo, para alcançá-las podemos ir ao mundo, mas jamais permitir que o mundo entre em nós.
Ir a mundo nada mais é do que não fazer diferença entre quem serve a Deus e quem não serve no trabalho, na Escola ou na condução, mas jamais permitir que as atitudes, os vícios e as palavras torpes tomem conta de nossa vida. Quando sabemos entrar no meio daqueles que nãr comungam a mesma fé que nós, estes nos respeitam, pois o que faz com que sejamos respeitados não é a nossa pseudo santidade é sim a nossa atitude de respeito para com as outras pessoas. No quesito respeito, nós recebemos o que plantamos. Se sabemos entrar com educação, com uma postura digna, receberemos o respeito que oferecemos e isto facilita com que as pessoas notem a nossa atitude de amor e fé.
Toda vez que alguém cobrar de você santidade, responda-lhe que és ainda um vaso em construção e que este processo é demorado, pois só o oleiro sabe o ponto exato em que você deixará de ser barro e será moldado para o uso devido. Afinal, foi o Oleiro quem começou esta Obra, e será Ele que a concluirá (Filipenses 1-6).
Não estou com isto dando abertura para que possamos viver uma vida dissoluta, desregrada e sem a busca pela perfeição. Estou tornando válida a observação de Apocalipse 22-11 que afirma: Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Mas santificar-se não é viver distante das outras pessoas, é afastar-se do pecado que é gerado em nós (Tiago 1- 12 a 15) e não nos afastarmos das outras pessoas. Quando nos afastamos das outras pessoas, tiramos dela o direito de conhecer a Deus de forma verdadeira. Por este motivo as pessoas não conhecem Deus de fato, por nossa culpa, por nosso desejo de nos afastarmos das pessoas acabamos nos tornando seres repulsivos. E Jesus era sociável, visitava as pessoas, independente de suas atitudes e alcançou a muitos agindo assim.
Exemplo Ele nos deixou. Que possamos deixar ecoar em nós as palavras do apóstolo Paulo: Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo (I Coríntios 11-1), e colocá-la em prática.
A Igreja deve ser separada das atitudes do mundo, mas tem que esta inserida no mundo para alcançar vidas e o melhor método para levar alguém a Jesus é o amor. Só o amor salva (João 3-16).