Venho
Venho de longe, um submundo triste,Trago meus fantasmas numa mochila...
Eles existem... Ainda assombram-me!
Profundas cicatrizes... Cortes n’alma...
A realidade é dura, novo aprendizado,
Soltei as correntes que me castigava,
Passos curtos, como uma tartaruga...
Tudo é novo, vou chegando devagar.
Meus olhos veem o que não viam...
São caminhos, escapes e soluções,
Cresço embora sendo um velho...
Voltar ao ventre? Diga: Nicodemos!
Teço meu agora... Como fios de teia...
Confecciono uma rica veste alvejada,
Purificada num legítimo bálsamo,
Com prudência aguardo o Amanhã!
“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. João 3.3.4.