O DISCIPULADOR
MANUAL DO DISCIPULADOR
A IMPORTANCIA DO DISCIPULADO NA IGREJA
CONCEITO:
• É um trabalho espiritual que faz as pessoas aceitarem a cristo e permanecerem no evangelho, capacitando – as a produzir frutos.
REFLEXÃO:
• O discipulado tem sido grandemente prejudicado no desempenho do seu papel, em virtude da visão equivocada de alguns líderes, sobre o assunto. Os motivos mais comuns:
1. Preocupação com o crescimento numérico;
2. Comodismo (não se dá assistência);
3. Entende-se que ganhar é fazer aceitar;
4. Planejamento voltado apenas para evangelização;
5. Desinformação (não há dados de continuidade, nem divulgação);
6. Tratamento dado ao novo crente igual ao antigo;
7. Transferir a responsabilidade para o Espirito Santo. Jo 21,15 – 17
FASES DO DISCIPULADO
• O discipulado, sobre o ponto de vista mais abrangente, ocorre em três etapas distintas. Levando em conta que, discipular significa ganhar almas, ou fazer discípulos, não podemos de modo algum negligenciar nos cuidados mais elementares e indispensáveis para o crescimento sadio de uma vida que está iniciando na fé em Cristo.
FASE 1
• PREGAÇÃO = Para obtermos êxito nesta fase, faz – se necessário um bom planejamento, tanto de abordagem, quanto de uma estrutura consistente voltada a garantir a necessária assistência para todos que vierem a aceitarem a Cristo como Salvador. Não basta dizer que Cristo ama as pessoas. Precisamos estender as mãos, com o coração aberto a ajudar o recém-nascido até que aprendam a dá seus próprios passos.
FASE 2
• INTEGRAÇÃO = É nesta fase onde as igrejas mais falham na missão de ganhar almas. O processo do DISCIPULADO não pode ser interrompido já na primeira fase. Entretanto, lamentavelmente, é isto que ocorre muitas vezes.Pregadores e líderes se dão por satisfeito quando alguém faz uma confissão, entendem eles que já ganharam aquela alma para JESUS. Na verdade
vemos que a maioria não permanece, exatamente pelo abandono que é lhe dado, após a sua decisão. O novo crente morre (espiritualmente), tal qual uma criancinha quando é abandonada pela sua própria mãe. Devemos Ter cuidado para não sermos pais relapsos, pais irresponsáveis, capaz de matarmos os nossos próprios filhos (espirituais) assim que nascem. Se recebermos bem o novo convertido em nossas igrejas, oferecendo o direito de serem amadas e bem alimentadas, com certeza teremos obreiros sadios e cheios de amor para transmitirem para outras pessoas, fazendo que a igreja do senhor cresça e glorifiquem a DEUS.
FASE 3
• ENSINO = O novo crente tem que passar por um estágio de formação, visando o seu desenvolvimento espiritual para servir ao Senhor. É bom lembrar que o ensino aplicado ao novo convertido não é o mesmo que os dos adultos, pois estamos lhe dado com Recém-nascido, as quais não devemos dá comidas sólidas, e sim o leite racional. Também não devemos deixar que eles aprendam com qualquer pessoa. Os conselheiros dos novos convertidos devem ser dos mais bem preparados que há na igreja, evitando que ensine algo errado, causando transtorno que afetaram toda a igreja.
• Qualquer uma destas fases poderá contribuir para o sucesso de outra, porém esta última depende muito das duas primeiras.
BENEFÍCIOS DO DISCIPULADO NA IGREJA
1. Estimula o crescimento espiritual = Enquanto o discipulado vai se comprometendo na obra, o amor pelas vidas vai aumentando e a busca pelo conhecimento de Deus é inevitável, ocasionando um avivamento permanente.
2. Promove o crescimento numérico = O crescimento quantitativo é precedido pelo qualitativo, com o qual se fará uma semeadura provida de todos os cuidados necessário para que haja uma boa colheita. Mt 13.23
3. Formação de crentes enraizados = O discípulo faz o novo crente firmar – se como raiz profunda. Com isso teremos uma redução de números de desviados, que tem sido considerado.
4. Obreiro bem preparado = Os melhores obreiros foram os que receberam boa formação no inicio da sua fé. Crentes bem adestrados para pelejas, não se embaraçam com falsas doutrinas, mas sabem refutá-las com sabedoria e mansidão, pela palavra de Deus.
QUALIDADES DO DISCIPULADOR
1. Profunda convicção da chamada.
2. Profundo amor pelas almas.
3. Preparo espiritual.
4. Preparo bíblico.
5. Facilidade de relacionamento para a relação.
Obs. O discipulador deve ser pessoas preparadas e vocacionadas a lidar com bebês espirituais que precisam ser tratados com amor, disciplina, graça e toda a atenção necessária a recém – nascidas.
OS 10 MANDAMENTOS DO DISCIPULADO
1. Orar a Deus. Lc 6.12
2. Escolher seus discípulos. Lc 6.12 –16
3. Instruir. Mt 10. 5 – 23
4. Exortar. Mt 10. 24 – 26
5. Estimular. Mt 10. 28 – 31
6. Mostrar as dificuldades de causa. Mt 10. 34 –39
7. Mostrar a recompensa. Mt 10.40 –42
8. Ser exemplar no trabalho. Mt 17.14 – 21
9. Participar de momentos de descontração. Mc 6.30; Jo 2. 1 – 12
10. Despedir – se quando o discípulo estiver pronto. Mc 16.14 – 20
PORQUE DEVEMOS FAZER DISCÍPULADO
1. Porque é uma ordem divina, Mt 28.19,20.
2. Porque a igreja primitiva fez.At 2.42 – 47
3. Porque estamos nos últimos dias. Mt 24.10 – 44
4. Porque o crescimento será geométrico. II Tm 2.2
QUANTO AOS MÉTODOS, O DISCIPULADO PODE SER IMPLEMENTADO ATRAVÉS DE AÇÕES COLETIVAS OU INDIVIDUAIS.
COLETIVO:
Toda a igreja participa do processo, utilizando os seus diversos órgãos e talentos que estejam disponíveis para a formação de discípulos. Esta não é a melhor forma, visto que viabiliza a prática do comodismo. Afinal, todos somos responsáveis ou não pelos resultados, quer positivos ou negativos. Este método tem sido o mais utilizado pela igreja atualmente e não podemos descartá-lo mesmo não sendo o mais eficaz. Neste modelo de trabalho aparecem as pessoas a quem denominamos de pais adotivos, por um trabalho em parceria: um evangeliza e outro edifica; um semeia, outro colhe; alguém gera o filho, outrem o cria I Co 3.4-10; II Co cap. 10.
INDIVIDUAL:
Eis um método bastante produtivo, que impõe maior grau de comprometimento com as pessoas que desejamos conquistar para Cristo. Aquele que abraça esta árdua e gloriosa tarefa, certamente está avivado e fortalecido no Senhor, pois o trabalho requer todo um preparo tal como recomendou São Paulo a Timóteo conforme II Tm 2.15. Neste método existem verdadeiros pais na fé, cujo senso de responsabilidade é tão grande que chegam a tratar seus discipulandos como sendo seus próprios filhos I Co 4.14-17; II Tm 2.1-3.
ESTABELECER METAS:
A igreja pode utilizar-se de metas para o envolvimento maciço dos seus membros com o discipulado. Essas metas podem ser distribuídas individual ou coletivamente.
PROVIDÊNCIAS PRIMÁRIAS
1. Modelo padrão de trabalho
2. Distribuição de tarefas
3. Treinamento
4. Supervisão
ELEMENTOS DE UM PROGRAMA COMPLETO DE ENSINO BÁSICO
São três os elementos que ora utilizamos para um acompanhamento sistemático a cada novo convertido.
1. Aconselhamento em grupo.
2. Aconselhamento pessoal
3. Estudo individual.
ACONSELHAMENTO EM GRUPO
É a assistência dada ao novo crente através do estudo das revistas do Discipulado nas classes da Escola Dominical. Quando não é possível realizar este ensino na Escola Dominical, pode-se pensar em outro horário e/ou lugar para fazê-lo. Só não devemos é deixar o novo crente sem receber semanalmente este tipo de aconselhamento.
Esta atividade é de grande importância para o novo crente, pois, além de estar na igreja, o estudo em grupo lhe proporciona explicações e sugestões levantadas sobre o assunto, pela participação mútua dos alunos, trazendo para todos um leque muito amplo de conhecimento e aprendizado.
1.QUEM DEVE RECEBER O ACONSELHAMENTO EM GRUPO
Todos os novos convertidos. Exceto aqueles que já tenham recebido, ou algum irmão antigo que estava afastado da igreja, também pode ser dispensado. Freqüentemente ocorrem casos de novos convertidos que não podem participar da classe. Mesmo assim, devemos sempre convidá-los para o estudo em grupo.
2.A PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES
O professor tem responsabilidade sobre seus alunos. Cabe a ele verificar semanalmente se há algum aluno faltoso, e contactar com ele ou acionar a coordenação do discipulado para ir a sua procura. Por conseguinte, o coordenador do discipulado deve observar se os alunos matriculados estão sendo bem assistidos pelo professor.
Também o professor não deve deixar o aluno repetindo aulas pelo simples fato de querer ver sua classe sempre numerosa. O coordenador do discipulado deverá observar essas situações nas cadernetas, para que possamos ter dados reais nos relatórios.
As classes de discipulado estarão sempre sofrendo rotatividade dos alunos através do processo chamado ciclo contínuo. Ou seja, o aluno inicia o curso com a aula que está sendo administrada no dia em que ele está chegando.
3.A FUNÇÃO DA CLASSE DISCIPULADO
A finalidade da classe é tão somente para aplicarmos o estudo em grupo, adequado ao novo convertido. Salientamos que a classe não é O DISCIPULADO. O Discipulado é muito mais que isto. Quando falamos sobre a classe, estamos nos referindo a um dos elementos apenas, e por sinal, um dos mais cômodos de se fazer.
ACONSELHAMENTO PESSOAL
É a assistência dada ao novo convertido através de aulas aplicadas semanalmente em sua própria residência ou em outro local de sua preferência. At 20:20.
Este tipo de aconselhamento pode ser feito de muitas maneiras, mas a prática nos mostra que se não o fizermos sistematicamente, logo seremos atingidos pelo comodismo, chegando a programarmos uma visita, que muitas vezes não acontece.
Dos três elementos, este é O PRINCIPAL, pois é fazendo esse tipo de aconselhamento que verificamos uma ação mais efetiva no processo de formação de discípulos. Fazendo o aconselhamento pessoal, o discipulador estará monitorando também os outros dois elementos do discipulado.
IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PESSOAL
1. ATENÇÃO ESPECIAL
O contato pessoal efetuado semanalmente faz o novo convertido sentir-se prestigiado pela igreja e perceber que a mesma está bastante preocupada com ele.
2. AMIGO MAIS CHEGADO.
O novo crente tem oportunidade de externar coisas que talvez nunca as confiou a ninguém. Com isso ele poderá estar se libertando de um peso muito grande que lhe afligia por toda a vida. Ele pode também estar enfrentando lutas familiares, e precisa desabafar algo e receber conselhos.
3. ALCANCE DA FAMÍLIA DO NOVO CRENTE.
Muitas vezes, ao chegarmos na casa do novo crente para ministrarmos o estudo, conseguimos fazê-lo para toda a família. Isso pode resultar em novas decisões para Cristo.
4. AVIVAMENTO MÚTUO.
O discipulador passa a ser uma referência para o novo crente ao chegar na igreja, cuja preocupação de integrá-lo entre os irmãos, enseja-lhe o crescimento espiritual de que necessita. Por outro lado, o discipulador estará sempre buscando ao Senhor para poder fazer o aconselhamento pessoal, o qual é menos confortável que dar uma aula na Escola Dominical.
5. AJUDA MATERIAL.
Se não andarmos por onde vive o novo convertido, como poderemos lhe prestar alguma ajuda? Muitas vezes o novo convertido não vem para a igreja por timidez gerada pelo seu estado de pobreza ou mesmo educacional. Precisamos sentir suas reais necessidades, fazendo-o ver que a igreja o ama de verdade. Isto só é possível se sairmos das quatro paredes e fizermos o aconselhamento pessoal.
6.QUEM PODE FAZER ACONSELHAMENTO PESSOAL
Toda a igreja deve empenhar-se nesta tarefa que é muito desprezada. Mas devemos ser cautelosos quanto ao ensino que será ministrado na residência do novo convertido, Pois não são muitos os irmãos que estão aptos para lecionar. Precisa, portanto que o pastor da igreja indique ou recomende os irmãos para exercerem este ofício e promova cursos de capacitação nessa área.
.ESTUDO INDIVIDUAL
É o elemento destinado a atender ao novo convertido nas horas mais livres do seu dia-a-dia. É uma forma de ocupar o máximo do seu tempo com o ensino da Palavra de Deus.
1.COMO FUNCIONA O ESTUDO INDIVIDUAL.
O novo convertido é estimulado à leitura de boas literaturas como: a Bíblia, livros, periódicos tais como jornais e revistas evangélicas, cursos por correspondência, etc. Essas literaturas podem ser doadas, emprestadas ou indicadas para o novo crente comprar e fazer uso sozinho, apresentando ao seu conselheiro as tarefas respondidas, para avaliação.
2.DO ACOMPANHAMENTO
Apesar do novo convertido se dedicar sozinho ao estudo recomendado, não devemos deixá-lo totalmente à vontade. O discipulador precisa acompanhá-lo discretamente, fazendo notificações no mapa individual de acompanhamento, para que se veja a assistência prestada.
Este elemento atende como complemento aos outros dois, mas tem menor peso no aprendizado. Mesmo assim, ele tem o seu valor, pois é através do estudo individual que nos valemos para assistirmos ao novo crente que não pode vir à igreja, nem receber visita em sua casa.
TRABALHOS AUXILIARES DO DISCIPULADO
Além dos três elementos básicos para um programa completo de ensino básico, outras atividades podem ser realizadas a fim de que haja maior comunhão e participação com o grupo. A seguir, apresentamos algumas sugestões:
1. CULTOS DE NOVOS CONVERTIDOS.
Estes cultos podem seguir uma periodicidade não muito curta, visando facilitar a programação geral da igreja, bem como evitar a monotonia, sobretudo em igrejas pequenas. Têm o objetivo de proporcionar situações atrativas que estimulem os novos convertidos. Portanto, é importante que estes tenham participação efetiva na programação do culto, para que se sintam úteis e integrados na igreja.
2. REUNIÃO DE NOVOS CONVERTIDOS.
Essas reuniões não devem ser em demasia. Precisamos ter cuidado para não tomarmos excessivamente o tempo do novo convertido. Às vezes queremos achar que o novo convertido deve estar sem cessar na igreja, mas nem sempre isso é benéfico. Pois o novo convertido tem os seus compromissos em casa, e se deixar de cumprir com suas obrigações, acaba criando transtornos perante seus familiares, comprometendo sua fé. Por outro lado, se ele vem todos os dias à igreja, poderá ter o sentimento de uma rotina cansativa.
3.VISITA PERMANENTE.
Enquanto novo convertido, não devemos relaxar nas visitas fraternais que devem ser uma praxe no discipulado. É claro que após termos dado a assistência inicial necessária ao novo convertido, já não temos mais tanta preocupação com o mesmo, até porque já temos novos filhos para cuidarmos.
TREINAMENTO PARA DISCIPULADOR
PROVIDÊNCIAS PRIMÁRIAS:
1. Formar equipes por Departamentos/Setores
2. Portar Ficha de Decisão em todos os trabalhos evangelísticos da igreja.
3. Formar escala de discipuladores para os cultos interno ou externo, nos dias programados.
METODOLOGIA DE TRABALHO
1. Discipular na igreja (Escola Dominical, cultos, reuniões...).
2. Discipular na casa do novo convertido, ou em outro local escolhido por ele.
3. Discipular através de estudos individuais (à distância).
ROTINAS PRÁTICAS
1. NO MOMENTO DA DECISÃO
- Acompanhe o novo convertido devidamente munido de seu KIT. Não espere ser chamado
- Permaneça ao lado do novo convertido até a oração que será feita em seu favor.
- Após a oração, cumprimente-o e faça uso do KIT, preenchendo a ficha de decisão.
- Convide o novo convertido para vir à próxima Escola Dominical e informe os dias de culto
2. NOS ENCONTROS COM O NOVO CONVERTIDO
- Não seja inoportuno, nem pegajoso.
- Quando na igreja, não deixe o novo convertido desambientado, sozinho, desorientado.
- Procure saber de sua satisfação pessoal, e de sua família, com interesse em ajudá-lo.
3. ESTUDOS NA CASA DO NOVO CONVERTIDO
- Convidar familiares para o estudo
- Dar atenção às opiniões e sugestões do aluno.
- Seja humilde
- Ter firmeza, quando necessário.
ÉTICA MORAL E CRISTÃ
- Observar a afinidade de idade, sexo e estado civil.
- Observar os princípios bíblicos segundo I Ts 5.22; Mt 10.16b e Mt 5.16,37.
FORMULÁRIOS DE CONTROLE DO DISCIPULADO - (Anexos)
1 - Ficha de Decisão 4 - Mapa Individual
2 - Mapa de Acompanhamento 5 - Relatório
3 - Ficha de Visita