Tema Central: As excelentes credenciais do cristão.

Textos bíblicos de base: (2 Tm. 1:7).

Verdade certa:

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).

1. ASSUNTO PRELIMINAR A PREDICA:

As credenciais de Deus são necessárias em nossas vidas, elas são a nossa habilitação, documentação de verdadeiros cidadãos dos céus. Cristo nos salvou nos resgatou e deu suas credenciais para a nossa ordem e santificação no desenrolar da obra missionária.

O reino de Deus tem princípios, regras, ética, moderação e equilíbrio. Deus um ser ético em sua magna conduta divina jamais concordaria com a desordem é tanto que ao ver o mundo sem forma e vazio na “desordem” ele em seis dias o organizou fazendo todas as coisas existentes. Deus levara para si um povo especial, zeloso e de boas obras, ele não quer gente sem compromisso com ele, ele quer gente que tenha um padrão ético de decência e ordem em suas ações.

2. AS CREDENCIAIS DO CRISTÃO E SUAS FINALIDADES

O termo “credencial” Segundo Ferreira (2001, p. 192), “digno de credito, titulo que abona alguém. Habilitação, carta conferida a embaixador ou enviado especial para se fazer acreditar junto a governo de um pais estrangeiro”.

Entre diversas credenciais que Deus atribui ao cristão destaco três: “poder, amor e moderação ou equilíbrio”. Observe:

2.1. CREDENCIAL PRIMEIRA – PODER

O termo “poder” Segundo Ferreira (2001, p. 541), “ter a faculdade de soberania, ter força, ter energia, ter calma, ter paciência, ter possibilidades, ter autorização, ter capacidade de suportar, ter firmeza física e moral, agir, mandar, vigor, potencia, capacidade e autoridade constituída”. Tipos de poder que Deus concede.

Observe:

2.1.1. Poder espiritual

a) Encorajar pessoas a repreender o pecado – “Mas eu estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Miquéias 3:8).

b) Mais poderoso que as forças físicas – “E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zacarias 4:6).

c) Jesus Cristo, seu exemplo supremo de poder – “Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor” (Lucas 4:14).

d) Acompanha o batismo do Espírito Santo – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).

e) Capacita as pessoas a falar com autoridade – “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4:33).

f) Enche a vida com influencias curativas – “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias” (Atos 19:11); “De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam” (Atos 19:12).

2.1.2. Poder de Cristo:

a) Para salvar a humanidade – “Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar” (Isaías 63:1).

b) Para perdoar – “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa” (Mateus 9:6).

c) Para sempre, infinito sem igual – “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18).

d) Sobre a natureza inanimada – “E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?” (Lucas 8:25).

e) Sobre sua própria vida – “Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:18).

f) De dar à vida – “Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste” (João 17:2).

g) De obrar maravilhas esplendidas – “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10:38).

h) Demonstrado na sua ressurreição – “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,” (Romanos 1:4).

2.1.3. Poder de Deus:

a) Seu domínio é geral – “E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo” (1 Crônicas 29:12).

b) Para humilhar e exaltar – “Se quiseres ir, faze-o assim, esforça-te para a peleja. Deus, porém, te fará cair diante do inimigo; porque força há em Deus para ajudar e para fazer cair” (2 Crônicas 25:8).

c) Que provem somente dele – “Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus” (Salmos 62:11).

d) Não há impossibilidades para seu poder – “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42:2).

e) Ele tem o controle de tudo – “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Isaías 43:13).

f) Dele vem a saída – “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1:37).

2.2. CREDENCIAL SEGUNDA – AMOR

O termo “amor” segundo Ferreira (2001, p. 39), “sentimento que predispõe alguém a desejar o bem do outrem, dedicação absoluta, inclinação ditada por laços de família, afeição, amizade, simpatia”. Tipos de amor. Observe:

2.2.1. Amor ordenado nas escrituras

a) Amor imparcial – “Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito” (Deuteronômio 10:19).

b) Amor altruísta – “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39).

c) Amor como prova do discipulado – “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).

d) Amor exemplificado por Cristo – “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12).

e) Amor sincero, verdadeiro – “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem” (Romanos 12:9).

f) Amor abundante – “E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos, como também o fazemos para convosco;” (1 Tessalonicenses 3:12).

g) Amor fervoroso – “Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (1 Pedro 1:22).

2.2.2. Amor de Cristo

a) Inalterável – “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13:1).

b) Divino – “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (João 15:9).

c) Abnegado – “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).

d) Inseparável – “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Romanos 8:35).

e) Constrangedor – “Porque o amor de Cristo nos co

nstrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram” (2 Coríntios 5:14).

f) Sacrifical – “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).

g) Manifestado em sua morte – “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 João 3:16).

2.2.3. Amor de Deus

a) Jurado perenemente – “Mas, porque o SENHOR vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Deuteronômio 7:8).

b) Eterno – “Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).

c) Sem comparação – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

d) Misericordioso – “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,” (Efésios 2:4).

e) Amor de pai – “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele” (1 João 3:1).

2.3. CREDENCIAL TERCEIRA – MODERAÇÃO OU EQUILIBRIO

O termo “moderação” segundo Ferreira (2001, p. 467), “ato ou efeito de moderar, comedimento, refrear, atenuar, agir com compostura, seriedade ou correção de maneiras, equilíbrio”. Tipos de moderação. Observe:

2.3.1. Moderação no procedimento

a) Controle no comportamento – “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo? Bom é que retenhas isto, e também daquilo não retires a tua mão; porque quem teme a Deus escapa de tudo isso. A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade. Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Eclesiastes 7:16-20).

b) Controle da aparência e conduta cristã – “E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” (1 Coríntios 7:31).

c) Controle de se mesmo – “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (1 Timóteo 5:22).

2.3.2. Equilíbrio no procedimento

a) Equilíbrio no uso dos dons – “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.

Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (1 Coríntios 14:26-32).

b) Decência e ordem – “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Coríntios 14:40).

2.3.3. Deus é um ser moderado e equilibrado

a) É um Deus de paz, ética e ordem – “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Coríntios 14:33).

Conclusão e Aplicação:

Devemos ter estas credenciais em nossa conduta cristã, pois de fato se aplicar-mos as credenciais de Deus em nosso viver estaremos preparados para a obra que Cristo nos confiou que é pregar o evangelho.

Jesus foi o instrutor dos seus discípulos e apóstolos, é necessária a aplicação deste conceito cristocentrico ministerial na nossa conduta cristã. Devemos pedir a direção correta a Deus para não desviar-mos do caminho certo que é Cristo!

Referências:

Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri (SP): Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.

Bíblia de Referencia Thompson. São Paulo (SP): Editora Vida, 1999, 11ª Ed.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Barueri (SP): Sociedade Bíblica do Brasil, 1997, 4ª Imp.

Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, 1910-1989 – minidicionário Aurélio do Século XXI. Escolar: O minidicionário da língua portuguesa, Rio de Janeiro (RJ): Editora: Nova fronteira, 2001.

Joas Araújo Silva
Enviado por Joas Araújo Silva em 12/08/2012
Código do texto: T3826810
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