O HOMEM DAS METÁFORAS

A leitura é sem dúvida porta para o conhecimento; revelação do desconhecido; nave rumo a mundos inimagináveis; espelho refletindo multiplicidade de imagens; luz na escuridão.
Ler deve ser um ato prazeroso; um devocional – momento de encontro do sublime, invisível, inaudível; do metafísico – sente-se!
Momento da captação do ego; dos sentires diversos; do caráter.. essência; das afinidades e controvérsias.
Quando nos dispomos à leitura – independendo do autor, gênero literário, etc – objetivamos conhecer algo novo. Que essa novidade sirva para acrescer e beneficiar as nossas vidas.
Por que não.. operar mudanças concernentes a melhoria do nosso intelecto e, compreensão do existir ? Nosso, e do próximo; dos que não o são; dos que imortalizamos – através de suas ações, obras e/ou expressões de pensamentos. Ou, ainda, que nos instigue a meditação, pesquisa, despertando-nos o senso crítico e posicionamento consciente, quanto a questionamentos vindouros.

Nessa temática, atraída pelo que está por trás do véu – tanto quanto, pelo explicitado – busco ler e entender o “Homem das metáforas”, através do maior Best Seller de todos os tempos – A Bíblia Sagrada.
Faço-me uma com Ele – para entender o seu falar, pensar e agir - degustando a Palavra como se fora vinho.

Meditemos em (Mt 21:18-20)

A Figueira seca

E, de manhã voltando para a cidade teve fome. E avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti e a figueira secou imediatamente.
E os discípulos, vendo isso, maravilharam-se dizendo: Como secou imediatamente a figueira?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e, não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito.
E tudo quanto pedirdes na oração, crendo, o recebereis.

Meditei no contexto bíblico e descartei verdades hermenêuticas, transportei-me ao metafísico.
A razão aguçou-me o espírito científico, questionei. Há outra versão, em um dos quatro Evangelhos que diz: “E, nela Ele não encontrou fruto por não ser a estação própria”.

Não sendo a estação própria, como poderia o Senhor Jesus buscar fruto na figueira?

Como amaldiçoá-la por estar infrutífera?

Busquemos entender a verdade contextual bíblica nos versículos 18-20:


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Ec 3:1)

Aquela figueira certamente passou pelas oportunidades de frutificar sem que tenha acontecido. Deus é misericordioso e longânimo em renovar oportunidades, para que possamos desempenhar a obra que Ele colocou em nossas mãos, para ser executada, quer na vida secular ou eclesiástica.

Por termos ciência de Sua longanimidade, misericórdia e amor, muitas vezes protelamos, adiamos - segundo a nossa vontade - as missões que Ele nos confiou.
Esquecemos de que há um tempo determinado por Deus para que as executemos. Não sabemos a que hora, dia, ou momento, Ele passará e, olhará com olhos de justiça, para cada um de nós – figueiras.
O tempo de frutificar pode ter passado, não somos nós a determiná-lo.

O relógio do tempo começou a mover-se quando recebemos a incumbência do dever a cumprir. Resta-nos saber o tempo determinado por Deus, para tal.

Longanimidade não deve ser confundida com eternidade. Essa, pertence a Ele.

Há um tempo para tudo... Se nos atrasarmos para a condução, certamente ela partirá sem nós; para qualquer atendimento, em qualquer área das nossas vidas, idem.
No plano espiritual, não é diferente, visto que, o material é resultante do espiritual.

A árvore que dá frutos, a cada safra, os terá multiplicados e, esses, apresentar-se-ão, mais saborosos - falamos de capacitação para frutificar, concedida por Deus.

Ele é o Criador e jamais requererá de nós o que não pudermos executar.
Se deixarmos para trás o que nos foi confiado, corremos o risco de perdermos; de vermos ser tirado de nossas mãos o que não zelamos; não demos importância, sendo infiéis.
Frutifiquemos, o tempo é já!


EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 08/07/2012
Reeditado em 02/05/2013
Código do texto: T3766673
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