REFLEXÃO ACERCA DA MORTE DE CRISTO
EXPIAÇÃO E RESGATE
Pedro André Pires de Almeida
A expiação é o cumprimento de uma pena ou remir uma culpa, um crime por meio da penitência ou cumprindo pena. Tenha em mente que a expiação é a obra redentiva de Cristo. O destino da alma humana depende da correta compreensão e aceitação deste fato. Logo, a expiação foi a morte de Jesus Cristo para que a culpa da humanidade fosse paga diante de Deus. Contudo, surgem perguntas frequentes como:
• Era realmente necessário que Cristo morresse?
• Jesus de fato conquistou a nós o beneficio da salvação?
I. CAUSA DA EXPIAÇÃO
Definimos expiação como: A obra que Cristo realizou em vida e morte para conquistar nossa salvação.
Na ultima lição vimos que por causa do pecado cometido por Adão, este erro estendeu-se a toda a humanidade póstera, sendo que nosso representante errou então fomos mal representados. Aprendemos que toda a raça humana estava em Adão e no jardim do Éden ele esteva representando a todos (a). Ao pecar nosso representante causou uma rebelião absoluta contra a vontade revelada de Deus.
Este ato estava carregado de consequências horríveis, pois trouxe um estado de apostasia em todas as raças, fato este que todos os filhos de Adão nasceriam inclinados ao pecado. Assim sendo, a constituição natural do ser humano não dá para modificar ou remediar, por sabedoria alguma, vontade ou obra humana, nunca!
Por isto Paulo enfatizou em Romanos 5.12: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”.
Sabendo que a pureza de Deus, sua santidade é tamanha que lhe é impossível desta forma tolerar o mal. Ele criou as pessoas ara que pudessem relacionar-se com Ele, mas todos os seres humanos são pecadores.
Adão nosso primeiro representante pecou, e Deus considerou-nos culpados. E por isto, fica a pergunta: Seremos considerados sempre culpados por Deus? Por nascermos pecadores, como iremos nos limpar deste pecado e nos livrar desta situação condenatória? A resposta e a solução para esta situação delicada é que há sim uma possibilidade de remediar o estado horrível dos seres humanos perante Deus. Sendo que a justiça divina exigia um meio pelo qual a pena pelos pecados fosse paga, o próprio Deus elaborou um plano divino que chamamos de Expiação.
II. A EXPIAÇÃO ERA NECESSÁRIA
Seria tolice e loucura um individuo gastar suor e dinheiro fazendo oferendas e sacrifícios à Deus no intuito de ter sua divida paga, de passar a ter sua condição de pecador transformada. Somente um ser idôneo, justo e inocente seria capaz de pagar uma divida e ocupar o lugar de alguém injusto. Neste sentido, conforme a decisão divina de salvar os seres humanos, a expiação era absolutamente necessária.
De fato, a vontade de Deus era que a humanidade tivesse a oportunidade de ser restaurada da situação catastrófica em que estava.
“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo”. (Hebreus 2.17)
Nesta passagem fica explicito que não havia outra forma de pagamento exigida por Deus, não havia outra forma de salvação e pagamento a não ser pela morte de Cristo em nosso lugar.
Em Romanos 3.24-25 diz: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus...”.
Ao mesmo tempo em que expiação não era absolutamente necessária, pois Deus não possuía obrigação alguma de salvar alguém e poderia ter escolhido a não salvação dos seres humanos. Contudo, a expiação tornou-se de fato necessária visto que Deus escolheu oportunizar a salvação/remissão/redenção da humanidade e para isto o único meio era realmente a morte vicária de Cristo.
II. EXPIAÇÃO E SOFRIMENTO
Em Isaias 53.3-5 podemos ler:
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”.
Jesus obedeceu a toda a lei judaica de modo perfeito em nosso lugar. Quanto ao sofrimento, este Ele suportou para pagar nossos pecados onde tanto corpo e sua alma foram afetados. Ele enfrentou as afrontas dos lideres judeus, e a cada passo próximo da crucificação sofria. Na cruz Jesus também suportou a dor física, subiu a cruz com o corpo fraco e ensanguentado dos açoites, seus pés estavam sobrecarregados por sustentar o peso do corpo doente, as câimbras nos músculos eram constantes e sua respiração comprometida por sua posição crucificado, ficando assim com falta de ar a todo instante.
REFLITA: Você estaria disposto (a) a passar por tudo isto para alcançar o perdão divino?
Você acha que suportaria ficar por horas em uma cruz sem ter feito nada para merecer tal coisa?
III. EXPIAÇÃO DOS PECADOS
A expiação que Jesus enfrentou teve a finalidade de carregar os pecados de muitos. O peso da culpa e do pecado estava sobre seus ombros. Ou seja, nossos pecados estavam sobre Jesus, Ele tomou para si os pecados daqueles que seriam salvos, ele tomou para si próprio os nossos erros (LEIA Isaias 53.6).
Paulo disse que “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós” (Coríntios 5.21 a) e de fato, Cristo não cometeu pecado algum e também não possuía uma natureza pecaminosa, contudo, a culpa dos pecados, da injustiça e de todos os erros que deveriam sobrevir sobre nós Ele abraçou e ficou com os erros pertencentes a si perante Deus.
Desta forma, aprendemos que Jesus assegurou nossa redenção por ter se mantido puro, sem mácula, e sem pecado (LEIA: Hebreus 2.15/Atos 20.28) também isto foi assegurado por ter se entregado para morrer em nosso lugar de forma livre e voluntária, assim, seu sacrifício foi aceito e nossa divida foi paga, nos dando o direito de sermos livres de tudo o que possa nos impedir de sermos reconciliados com o Pai.
IV. EXPIAÇÃO E CRUZ
A morte de Jesus na Cruz foi um sacrifício expiatório, sua morte no calvário foi uma morte única, ninguém teve jamais tal experiência. Ao mesmo tempo em que ele morreu como vítima inocente, Ele levou os pecados de muitos, morreu de forma voluntária, mas compelido pelo amor. Ou seja, ao mesmo tempo em que Ele era crucificado, poderia clamar para que anjos lhe tirassem dali, era o criador sendo morto por suas criaturas, e isto foi necessário para que o plano de amor de Deus para com os seres humanos se cumprisse. Assim, Jesus voluntariamente sacrificou-se por nós.