TOME POSSE 83

Há pessoas que exigem provas de tudo o que você fala ou comenta. Uma delas foi um personagem criado por Chico Anysio. Para qualquer tipo de assunto as provas eram obrigatórias, sob pena do professor Raimundo ser cognominado de mentiroso, mesmo a história dizendo o contrário. São racionalistas confessos que “têm que ver para crer”.

Nosso mundo está repleto de gente assim. Gente que confia, desconfiando. E aí, torna-se complicado porque se trata de uma questão de confiança. Pais que exigem provas dos filhos; filhos que pedem provas aos pais; namorados que exigem comprovações um do outro... E uma sucessão interminável de fatos, mostrando que sem confiança...

Jesus havia sido crucificado entre dois ladrões – Dimas e Gestas. Era véspera do sábado mais importante para os judeus: a festa da Páscoa. Os corpos não poderiam permanecer na cruz porque eles se tornariam impuros e excluídos de participação da festa. Era por volta de três horas da tarde, e às seis horas começava um novo dia, ou seja: o sábado. Não poderiam permanecer vivos. Pilatos deu a ordem para quebrar as pernas dos crucificados o que abreviaria a morte, e consequentemente o sepultamento. A ordem foi cumprida com os dois ladrões. Jesus já estava morto. Mas para assegurar realmente a sua morte, para provar verdadeiramente que havia dado o último suspiro, “...um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19,34) A verificação, a prova havia sido comprovada.

A Tradição nos trouxe o nome desse soldado que a Santa Igreja o tornou santo. Trata-se de Longinus – São Longuinho. Bendito soldado que abriu o peito de Jesus para que fosse brotada a fonte de toda a Misericórdia. Fonte perene de água cristalina e sangue redentor. É nessa Fonte que devemos saciar a nossa sede do corpo, da alma e do coração. A prova foi dada. Basta-nos experienciar o que a Fonte é capaz de realizar em nossa vida limitada pelas contradições. TOME POSSE!

ALMacêdo

15/06/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 15/06/2012
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