TOME POSSE 57

Em que consiste o amor? Existem várias características que o definem. Refletiremos sobre algumas delas.

Comecemos pela etimologia da palavra. O amor é um substantivo abstrato; a sua manifestação ocorre através de palavras e gestos. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é um mandamento que define uma nova sequência: ame a si mesmo, para que harmonizado consigo, você possa amar a Deus no próximo e na natureza.

O amor não se encaracoliza, mas sai de si, em busca de todos, sem fazer acepção de pessoas. A intensidade desse amor deve ser de tal alcance que se possa dar a própria vida por quem se ama. É o AMOR ÁGAPE, amor pleno, amor total, que não impõe limites, mas derruba barreiras e quebra grilhões.

O amor é amor quando nos faz diminuir para que o outro cresça. Trata-se aqui da manifestação de uma humildade em que descemos para subir.

O amor se revela. Aqueles que se amam desenvolve tamanha confiança um no outro, que partilham e compartilham tudo de suas vidas. Sem restrições, sem segredos, mas de alma limpa e coração aberto.

O amor não nos faz servos, porém amigos. Se algum dia formos servos de alguém, e o amor foi germinando pouco a pouco em nós, chegará o momento em que ele nos considerará como seus amigos, seus parceiros, seus confidentes. É o amor FILOS.

Somente quem ama tem a capacidade de escolher. Existe um amor que sendo infinitamente superior ao nosso, transcende a nossa escolha e nos escolhe por primeiro a fim de que sejamos seus amigos. Esse amor tem nome, naturalidade e nacionalidade: Jesus, nascido em Belém, na Judéia, mais conhecido como Jesus de Nazaré. A personificação e a encarnação do amor do Amor do Pai. Escolheu-nos para amar por primeiro, e nos fez seus cooperadores na geração da vida, na vivência de uma sexualidade conjugal santa que denominamos amor EROS.

E por que Jesus nos escolheu? Porque ele nos ama “apesar de”, e não “por causa de.” Na maioria das vezes o nosso amor é torto, interesseiro, cheio de segundas intenções – mesmo que sejam boas. O Amor Perfeito não exige nada em troca, ou seja: ama em troca de nada. Por isso ele não permitiu a nossa, e nos escolheu por primeiro. A decisão partiu dele porque o amor é de-cisão. Quebra-se, rompe-se tudo para amar. Jesus fez assim para que nós possamos fazer também. Ele nos deu o maior de todos os exemplos de que se tem notícia a respeito de amar: entregou-se livremente à morte de cruz por mim e por você.

Para que o Mestre nos escolheu? Já foi respondido “o porquê”. Vejamos agora “o para que.” Deixo que Jesus nos apresente o seu motivo maior: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto

e o vosso fruto permaneça.” O sentido da nossa escolha é realizar a missão que ele deixou para nós: SERMOS EVANGELIZADORES. Pelo seu amor por nós, devemos pregar o seu nome poderoso e santo onde estivermos e para onde formos.

O Amor não precisa, mas quis precisar de nós. E por esse motivo deveremos ser a sua voz, o seu olhar, o seu sorriso, a sua compaixão, os seus gestos. Como amigos de Jesus, levemos o seu nome até os confins da terra, trazendo sempre em nossos corações as palavras que o Pai proclamou a Josué 1,9: “Isto é uma ordem: sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores.” TOME POSSE!

ALMacêdo

11/05/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 11/05/2012
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