MENSAGEM DE PÁSCOA

Páscoa é um termo de origem hebraica, e seu significado é passagem. Entre os judeus é uma festa de caráter religioso, em que se comemora a saída do Egito pela passagem do Mar Vermelho. Era e ainda é a maior festa judaica, pois aquele acontecimento marcou o fim da escravidão a que o povo estava sujeito no Egito e o início da liberdade rumo à Terra Prometida.

O que tem a ver aquele acontecimento da Antiga Aliança com a Páscoa cristã, na qual se comemora a ressurreição de Jesus Cristo?

É que Jesus Cristo, com sua paixão e morte nos remiu, isto é, resgatou, para toda a humanidade, a filiação divina que havia sido perdida pela desobediência de Adão. E, ressuscitando da morte, Ele nos garantiu a possibilidade de alcançarmos idêntica ressurreição se O aceitarmos por modelo de vida.

A história do povo judeu prefigura a vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo e o caminhar da Igreja.

A ressurreição de Jesus Cristo é um fato novo na história da humanidade. Antes dEle, outras pessoas ressuscitaram ou reviveram, tais como Lázaro, o filho da viúva de Naim, mas continuaram sujeitas a uma nova morte. Cristo, porém, não apenas ressuscitou. Ele venceu a morte para nunca mais morrer. Também houve aí, então, uma passagem da condição de vida mortal, a que Jesus enquanto homem estava sujeito, para uma vida nova, de imortalidade.

Ficou dito acima que Cristo nos garantiu a possibilidade de ressurreição igual à dEle. Portanto nós também teremos a nossa Páscoa em Cristo, isto é, um dia ressuscitaremos como Ele para nunca mais morrermos. É por esta razão que nós, cristãos, celebramos a Ressurreição de Cristo como uma nova Páscoa.

Como é linda e consoladora esta fé que nos dá plena certeza de que um dia deixaremos de ser escravos da morte para nos tornarmos imortais com Cristo!

É pena, porém, que esta festa tão linda esteja perdendo seu caráter cristão como vem acontecendo com o Natal. Assim como o Papai Noel praticamente já destronou o Menino Jesus do coração das crianças, o Coelho da Páscoa, esse roedor dentuça, orelhudo e intrometido, está pouco a pouco se tornando mais festejado que o Cristo Ressuscitado.

Concordo com o simbolismo de entrada numa vida nova na eclosão do ovo. Mas o que o coelho tem a ver com isto se nem ovíparo ele é? Percebe-se aí então a intenção inconfessa de desvirtuamento do caráter cristão desta grande celebração, transformando-a numa festa pagã, de interesse meramente comercial como acontece com o Natal.

Cabe a nós, cristãos de todos os credos, lutar para que tal não aconteça.

Com este espírito, desejo que o Cristo Ressuscitado reine no seu lar e no seu coração, para que você e sua família tenham uma Feliz Páscoa!