REFLEXÃO SOBRE A MORTE DE JESUS

Introdução

Os evangelistas narram com detalhes os últimos dias de Jesus aqui na terra. A tradição diz que foi numa quinta-feira que nosso Senhor foi traído por Judas e entregue a Pilatos com a acusação de que se autoproclamara Rei dos Judeus, o que seria uma traição ao Império romano que naquela época dominava o mundo. Julgado e condenado, foi executado na sexta-feira que antecedia a páscoa judaica. Os judeus importaram da Fenícia a pena de morte por crucificação. Foi a morte mais agonizante que já existiu. O condenado ficava preso por cordas com pregos de 15 a 20 cm a traspassar-lhes os pulsos e os pés. Muitos ficavam dias agonizando, e as aves de rapina começavam a comer-lhes as carnes antes mesmo de morrerem. Antes aplicavam açoites com chicotes de couro com lâminas feitas de ossos pontudos, que dilaceravam a carne. O condenado levava a sua própria cruz às costas até o local da execução. A morte de Jesus foi diferente de todas as outras porque ele foi condenado inocentemente, pois não cometera crime algum para merecer a pena capital, que era destinada aos criminosos, ladrões e aos que se levantavam contra o sistema dominante. A morte de Jesus foi planejada por Deus para resgate do homem pecador. Sua morte teve propósitos definidos:

I – A morte de Jesus foi morte substituta

O profeta Isaias cerca de setecentos anos antes de Jesus nascer declara: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53:4-5

O apóstolo Pedro faz coro com o profeta ao afirmar: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”. IPedro 2:24.

Jesus tomou nosso lugar na cruz para que por sua morte pudéssemos ter e vida eterna. Vida eterna é conhecer Jesus e aceitá-lo como único e suficiente salvador. Só assim o homem poderá viver com Deus na eternidade.

II – A morte de Jesus nos justifica diante de Deus

Ser justificado é ser limpo, liberto do pecado. É ser perdoado por Deus. Ninguém é isento de pecar, mas aos arrependidos Jesus garante o perdão. Isso é justificação. Não mérito do homem, mas misericórdia de Deus. Ser justificado nos trás paz. Veja o que diz o apostolo Paulo: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”. Romanos 5:1.

III – Pela morte de Cristo somos adotados como Filhos de Deus

Ninguém nasce filho de Deus. Somos recebidos como filhos quando recebemos Jesus como nosso salvador, pela fé. Foi a morte de Jesus que nos deu o direito de sermos chamados Filhos de Deus. O evangelista João declara: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade

do homem, mas de Deus”. João 1:12-13.

O apostolo Paulo concorda com o evangelista João. Veja o texto seguinte: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. Romanos 8:15.

Conclusão

Muitos comemoram a semana chamada santa, mas não refletem sobre o verdadeiro sentido da morte de Jesus. É importante refletir sobre o significado real da morte de Jesus. Não foi uma morte qualquer. Foi um presente de Deus para a humanidade. O próprio Jesus declarou o seguinte: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

João 3:16.

Portanto, pense, reflita e receba o presente de Deus em sua vida. Reconheça que Jesus é o único salvador e desfrute da benção de ter a vida eterna.