Cristãos viciados?
Será possível que nós cristãos estejamos viciados?
Existem muitos tipos de vícios.
Quando lemos na bíblia que os viciados não entrarão no Reino de Deus, somos levados a pensar nos vícios do álcool, drogas, cigarros considerando apenas estes vícios que causam dependência como os que se referem a este versículo.
Vícios não podem ser somente considerados como o consumo de
tóxicos, ou produtos de origem natural, sintética, ou farmacológica,
mas sim, analisados por profundidade, são interpretados como
atitudes mentais que nos levam compulsoriamente a ser subjugados
por coisas, situações e pessoas.
Esquecemos de outros vícios tão relevantes quantos estes conhecidos.
Os vícios comportamentais que nos fazem perder coisas importantes no Reino de Deus.
Que atrapalham nosso crescimento e desenvolvimento na igreja.
Impedem líderes de ministérios de quebrar paradigmas (costumes, hábitos), e os mantem estagnados, parados, assim como seus ministérios, sem crescimento algum.
O vício comportamental é uma doença como os outros vícios e pode e deve ser combatida.
O comportamento viciante se desenvolve a partir de uma combinação de predisposição biológica e genética de uma pessoa, o
ambiente social em que ela cresceu e sua constituição psicológica, como traços de personalidade, atitudes, experiências e crenças e a própria atividade.
Deste modo, um líder acaba transferindo seus vícios a os seus liderados. Se ele não se liberta de seus vícios que minam seu ministério, aqueles que o seguem serão cópias suas.
Assim, devemos ficar atento a vícios de comportamento e hábitos que possam minar nosso crescimento, o crescimento de nosso ministério, igreja e também de nossa vida social.
Muitos de nós aprendemos ser dependentes, desde cedo. Dirigidos por “superpais”, que imprimiram em seus filhos “clichês psíquicos” de repressão, que refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós, não nos deixando desenvolver nosso senso de autonomia e independência.
Nossa dependência deve ser única e exclusivamente de Deus!
O pior é que existem manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que nos levam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes especialmente para aqueles que estão à frente de ministérios, que são líderes nas igrejas e se tornam coisas que atrapalham o crescimento das mesma.
Entre eles;
- vício de falar descontroladamente, sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e do bom-senso. (isso não cabe a nenhum líder, obreiro especialmente).
-vício de mentir constantemente para si mesmo e para os outros, por não querermos tomar conta da realidade.
- vício de lamentarmo-nos sempre, colocando-nos na posição de “pobres coitados”, para continuarmos a receber atenção dos outros.
- vício de acharmo-nos sempre certos, para podermos suprir à enorme insegurança que existe dentro de nós.
- vício de gastar desnecessariamente, a fim de adiarmos decisões importantes em nossa vida.( e depois culpar ao diabo pelos inconvenientes financeiros).
- vício de criticarmos os outros, para nos sentirmos maiores e melhores que os outros.
- vício de trabalhar de forma descontrolada, a fim de não termos tempo de ocuparmo-nos com nossas situações mal-resolvidas.
Inquestionavelmente, as chamadas viciações são resultado do medo de assumirmos o controle de nossa vida, e ao mesmo tempo, de medo de nos responsabilizarmos por nossos atos e atitudes, permitindo que elas fiquem fora de nosso controle e de nossas escolhas. Temos que dar o controle de nossas vidas a Deus, mas não esperarmos que Ele deve resolver tudo. Ele cuidará de através de Seu Espírito nos orientar e não manipular e cuidará dos impossíveis, mas o que é possível somos nós que devemos realizar.
Muitas igrejas, líderes de ministério e obreiros tem sofrido com um vício que tem impedido seu crescimento pessoal, ministerial.
O vício da apatia!
A apatia é a falta de vontade de buscar e de lutar pelo desenvolvimento pessoal, profissional, ministerial entre outros.
Que nos libertemos deste vício que nos leva a outro, o de viver e se acomodar em um cristianismo medíocre.
Um cristão não pode mais entregar só ao que está previsto. Ele tem que buscar novidades, coisas que ajudem ao seu crescimento pessoal, ministerial.
Não podemos ser viciados nas rotinas de nossas igrejas.
Nossa dependência deve ser apenas de Deus! Repito!
Não podemos ficar dependentes do pastor para fazermos coisas novas nos nossos ministérios.
Precisamos largar estes vícios que impedem-nos de criar coisas novas para o crescimento da igreja.
O vício de ir ao culto apenas no domingo, de sentar no banco, ou fazer o corriqueiro, cantando no louvor, ou o costumeiro serviço de obreiros e apenas isso.
Não, temos de fazer algo mais. Mas para fazermos esse algo mais, temos de nos livrar destes vícios comportamentais.^
Ontem estava voltando de uma reunião à noite, e vi um grupo de jovens da igreja católica fazendo evangelismo.
Eles estavam na esquina com um violão louvando a Deus e distribuindo alimentos a moradores de rua. Alguns em pé em volta, outros sentados ao lado dos moradores de rua confortando-os com palavras de fé.
Eles não são jovens viciados na apatia. Não havia um líder adulto com eles, o padre não estava lá. Eles estavam lá por que não eram dependentes de alguém para fazer o que Deus ordena.
A fé sem obras é morta!
Que possamos entender estas coisas.
Nós apenas precisamos da cobertura de oração de nossos pastores, bispos ou líderes. Mas cabe a nós querermos ter uma atitude de nos desenvolver em nosso relacionamento com Deus, e nosso ministério. E isso fará com certeza que possamos nos desenvolver também em nossa vida pessoal, social e familiar.
Deus espera de você uma atitude!
O primeiro passo na recuperação de um viciado é que ele tenha uma atitude.
E essa atitude pode ser tomada hoje!
Deixe o vício de um cristianismo medíocre e deixe que o Espírito de Deus o direcione a mudar as coisas na sua vida e ministério!
Deus quer mais de você!
E você pode fazer mais por Deus?
Pense nisso!
A paz do Senhor!
Marcelo Bancalero