Olhar somente para Jesus...Mas lutar!
Olhar somente para Jesus...Mas lutar!
Estamos em um momento em que devemos sim olhar ao Senhor e percebermos que está na hora de olharmos somente para o Senhor.
Atenção! Não estou dizendo que devemos deixar passar batido – se é que posso usar este termo – as acusações que circulam pelo Universo Cristão e Secular e depõem contra o Cristianismo, mas, devemos sim olhar para o Senhor, pois se olharmos para os lados ou pior, atrás, tropeçaremos e voltaremos à nossa sujeira do passado.
Devemos nos nortear pela Palavra e não pelos homens que usam o Evangelho para sustentar um ponto de vista particular, suas mensagens que adequam ao tempo e espaço, deixando de lado a pureza do Evangelho. Sim, na verdade devemos tomar cuidado com o interpretar a Palavra de forma pessoal: “”Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação (2 Pedro 1:20).
Evangelho para mudança de vida
O que muitos crentes não percebem é que a Fé de alguns usam o Senhor como amuleto. Esperam que Deus resolva tudo e não é esta a mensagem da Fé.
Sempre observo as mensagens que o Pastor Sérgio prega na Igreja, e vejo que ele sempre salienta que devemos sim crer em Deus, mas fazermos a nossa parte. Correr atrás, como diria ele, não apenas orar e esperar de braços dobrados.
Jesus quando esteve aqui valorizava as pessoas e agia por amor em suas vidas, mas os milagres que Ele fazia na vida das pessoas, mudava de forma definitiva, pois a cura se dava de dentro para fora. E esta deve ser a verdadeira pregação, o alimentar alma para que apessoa seja livre das amarras e não substituir as garras do inimigo pelas correntes de um Cristianismo maquiavélico que não muda a vida, mas que condiciona e mata.
Devemos sim observar o modo que Jesus agia e seguir seus passos. Veja o caso da mulher do fluxo de sangue: Ela foi curada pela fé dela. Ela acreditou que se tocasse em Jesus, ao menos em suas vestes seria curada. E ela tocou e foi curada. Mas Jesus soube que a pessoa que o tocou precisava de algo mais, precisava de ter seu amor próprio restituído, afinal aquela mulher vivia sob a estigma de uma doença que a transformava em uma pessoa imunda. Ela possuirá posses e as perdera em tratamentos que não deram em nada. Quando ela tocou em Jesus era uma ninguém, uma pessoa sem direitos, sem vida e amor próprio, jogada a própria sorte e mesmo curada do corpo, ela estava ainda deprimida, sem expectativa de melhoras – você pode observar isto em sua postura de humilhação e temor. Quando Jesus falou com ela, Ele curou-lhe a alma e ela se viu restituída como pessoa, ganhou dignidade, além da cura.
É isto que Jesus veio nos dar, uma salvação completa, sem esta história de ficarmos presos a alguém por medo do inferno. Devemos seguir Jesus simplesmente por amor, assim também devemos amar o nosso próximo – que não são os nossos iguais, os da mesma Fé. Os nossos iguais, disse o Senhor, já os amamos, como fazem desde sempre os fariseus – devemos amar os desprezados e dar-lhes amor, porque Jesus veio para os enfermos. Sim, enfermos da alma. Enquanto não entendermos isto, estaremos praticando um Evangelho manco, aleijado.
Jesus veio para quem o aceita e quem o aceita nem sempre são os mais certinhos – até porque não há ninguém perfeito.
Resolver os problemas de nossos semelhantes é nossa obrigação sim. Devemos abrir não apenas o coração, mas nossas “mucutas” - como diria o pastor Sérgio – e atender as necessidades diversas uns dos outros. É necessário sabermos também que não é apenas abrir a bolsa, mas na verdade, estender a mão ao necessitado de amor, afinal muitos morrem sufocados pela dor e sofrimento, por falta de remédio para as dores da alma. Jesus é a fonte de alegria, mas as torneiras somos nós, somos o encanamento que leva esta água salutar aos sedentos e isto é o que importa para Deus.
Quando deixamos de olhar para Deus e olhamos para os homens que parecem santos, deixamos de procurar a nossa própria santificação e nos firmamos em pessoas, sem notarmos que todos podem também cair. O apóstolo nos adverte para tomarmos cuidado para não cairmos.
Servir ao Senhor com alegria e nos apresentarmos a ele com cânticos é algo que vai além de nosso louvor verbal, é nossa atitude, nosso modo de agir com os demais. Devemos confiar em Deus, que nos acompanhará em nossa caminhada, mas devemos também lutar as nossas próprias lutas e não cruzarmos os nossos braços e deixarmos tudo para Deus resolver.
Tem uma ilustração que declara isto.
Um dia, uma esposa disse ao marido que não tinha pão e nenhum tipo de alimento para dar aos filhos. O homem entrou no seu quarto, dobrou os joelhos, orou, pediu pão a Deus. Saiu do quarto e disse a mulher que Deus ia mandar o pão. Deitou-se na rede e ali passou a maior parte do dia, não carpiu nem mesmo o quintal. A mulher nervosa, as crianças choramingando por comida e ele lá esperando. Foi quando do nada surgiu uma cesta cheia de pães e ele foi pegar satisfeito. Quando aproximou-se a cesta saiu correndo como que levada por mãos de vento e rodou por todo o quintal por algumas horas. O homem correndo atrás desesperado. Quando estava morto de correr, quedou-se ao chão e a cesta parou de correr. Ele nem se moveu em direção a ela. Então ouviu uma voz dizer: Agora pode pegar, já é resultado do suor de seu rosto.
Aquele homem aprendeu uma grande lição: Não é pedir a Deus e esperar de braços cruzados. É esperar na Fé, mas lutar para conseguir.
Deus disse a Josué que seria com ele, se ele fosse esforçado e foi o que fez. Correu atrás e tornou-se um grande líder. Salomão pediu a Deus sabedoria e o Senhor promete-lhe que ele seria sábio, mas foi preciso que o rei se mostrasse digno de receber isto e ele começou a julgar pensando bem no que dizer ou fazer. Deus mandou Abraão sair do meio de sua parentela e ele saiu, cometeu erros, parou pelo caminho, levou as pessoas erradas consigo, mas em seu aprendizado foi deixando para trás o que lhe atrapalhava e tornou-se um exemplo a seguir. José tinha um sonho, mas não ficou no imaginar, ele foi a luta, mesmo como escravo ele mostrou a que veio e se sobressaiu entre muitos outros iguais. Daniel era um escravo, como muitos outros, mas seu esforço o tornou um dos governadores do Império Babilônico. A profetisa Ana, aquela que viu o Mestre no Templo, ainda criança, seria mais uma mulher, mas ela escolheu viver perto do Senhor e tornou-se uma mulher de oração e por isto é hoje lembrada e, muitos outros. Todos fizeram a sua parte, não ficaram sentados esperando a bênção chegar.
Que estas e outras lições sejam importantes para nosso crescimento espiritual!