Evangélicos "otários" e o padre vigarista
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II cor 10; 4 a 6
Repercute na Net o vídeo onde o padre Paulo Ricardo, entre outras coisas, chama aos evangélicos de otários.
Que é um otário? “ Indivíduo tolo, fácil de ser enganado. = TOTÓ, TROUXA. DIC; PRIBERAM.
O estranho é que toda temática versa sobre possíveis funções de Maria, do Papa e dos “santos” que carecem de respaldo Bíblico, e rejeitar isso, nos faria otários.
Se somos assim fáceis de enganar, por que resistimos a ensinos errados? Segundo ele, Maria é tão “maleável” que não fará comigo nada que seja diferente da Vontade de Deus.
O capítulo 3 de Marcos nos mostra Maria e seus demais filhos, tentando prender ao Senhor que estaria “fora de si”, a ponto de Jesus dizer: “aquele que faz a vontade de meu pai nos céus, é meu irmão irmã e mãe.” Mc 3; 21 e 35 Argumento mentiroso, pois, do seu vigário.
Diz mais, que o Princípio protestante é orgulhoso, enquanto a sua religião é humilde. Nosso “orgulho” seria pelo fato de pensarmos que não carecemos ninguém para Chegar a Deus, senão Jesus. Ora, se a Bíblia ensina isso numa dezena de lugares, não soa a orgulho adequar-se ao ensino do Senhor, antes, obediência.
Ele zombou de nós arrancando risos de sua plateia desinformada, nos chamando “ Hiper-ultra-super-trans-mega-power” ou coisa assim, para evidenciar nosso “orgulho”. “Você é Deus”! Zombou.
Ater-se ao ensino correto não é questão de orgulho, antes, de humildade, que revela o medo de errar, de malograr à Vontade de Deus. “Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.” Pv; 4;13 Mais uma mentira do vigário.
Uma vez que a igreja é o “corpo de Cristo” Acusou-nos de hipócritas, de “Beijar na cabeça, e faca no bucho”, mais riso de seu manipulados. Ora, primeiro, é controverso que alguém que afronta aos preceitos bíblicos, seja parte do “Corpo de Cristo”; além disso, correção de erros doutrinários, jamais foi “faca no bucho”, tanto que, o mesmo Senhor fez várias vezes para com Escribas, Saduceus e Fariseus. Mais uma inverdade, pois, do bravo vigário.
Usou ainda o exemplo do texto em que, Jesus diz a Paulo, “por que me persegues?” para ilustrar que quem persegue à igreja, persegue a Cristo. Certo, mas, de novo toma para si a ideia de ser a igreja de Cristo, mesmo afrontando seus ensinos, e deriva uma conclusão “teológica” estranha; como se, o fato da Palavra dizer que a igreja é corpo de Cristo, significasse que está legitimada a “mediação” dos santos.
Sábio hermeneuta que é, por certo, seu vigário sabe a diferença entre uma alegoria e um texto literal, e como se deve interpretar ambos. O corpo literal do Messias, sequer justificado foi, antes, maldito. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál. 3; 13 pois, “...Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito...” I Tim 3; 16
Todavia, graças ao corpo “maldito” por causa de nossos pecados, gerou mediante o Espírito Santo e Não Maria como ele ensina, seu corpo espiritual, a igreja.
A Participação de Maria se restringe à geração do filho do homem, “...Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;...” Heb 10; 5 quanto ao corpo Espiritual é de outra Gênese. “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3; 6 e não venha seu vigário sofismar de novo dizendo que Cristo foi gerado pelo Espírito Santo, para “concluir” que ela, Maria, continua gerando o “corpo de Cristo”.
Continuamos “concebendo pelo Espírito Santo” quando ouvimos a Palavra e nela Cremos, sem participação mariana alguma, afinal, apontando para o ministério do Espírito o Senhor ensinou que Ele, “...quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” Jo 16; 8
Outro erro do paladino da religião humilde. Não odiamos Maria nem a igreja Católica como ele acusou, antes, recusamos atribuir a Maria, coisas que a Bíblia não atribui; rejeitamos à instituição do papado como anti-bíblica, independente de quem o exerça.
E como diz o texto que encabeça esse, só pode punir a desobediência, quem atinge completa submissão à Cristo. Falta espelho, pois, na casa do dito padre, que direciona seus ataques à instituições, não a erros doutrinários, e usa um linguajar deveras interessante, “Otários”.
Segundo anedotas que permeiam ao imaginário popular, esses, são necessários ao ofício do vigarista, que , lhes aplicaria o “conto-do-vigário”. Com o devido respeito, quem riu, aplaudiu e divertiu-se com o conto daquele, não foram os evangélicos...
Vigarista; “adj. 2 g. s. 2 g.
Burlão ou burlona que apanha dinheiro aos incautos, servindo-se do conto-do-vigário.” Priberam