Páscoa, celebração anti-bíblica
Como assim? De onde provém senão da Bíblia? Calma, vamos ver isso melhor.
A instituição da primeira páscoa está no capítulo 12 do livro do Êxodo, vejamos; após mandar cada família imolar o cordeiro da páscoa, o Senhor ordenou: “E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.” Vs 7 e 8 “ Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.” Vs 11 “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Vs 14
Segundo ensinou o mesmo Senhor, as ervas amargas aludiam às aflições do cativeiro, e o celebrar preparados para partir, a situação de peregrinos. Onde vemos hoje, a páscoa ser celebrada com carne de cordeiro e ervas amargas? Ah, mas você tem que entender que “ ... Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” I Cor 5; 7
Certo, Paulo usa essa linguagem, mas, o que quer ele dizer? Que Ele, Jesus Cristo é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, o cumprimento real, daquele tipo profético ensejado na celebração do Velho Testamento.
Assim como aquele cordeiro simbolizou a passagem do Juízo de Deus sem tocar em Seus escolhidos, os méritos excelsos de Cristo, fazem com que sejam imunes ao juízo Divino, todos os que lhe obedecem.
Quando Paulo diz; “Cristo, -nossa páscoa-“ ele está ensinando o que segue: O que a páscoa significou para aqueles, Jesus significa para nós, livramento. Certo, dirá alguém, mas, isso não é algo a ser celebrado com devido memorial? Certamente.
Porém, se O temos, de fato, como Senhor, devemos, fazer discípulos “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” Mat; 28; 20 E o que Ele mandou em relação a memorial de Sua vitória? A ceia do Senhor. “Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Cor 11; 25 e 26
Melhor que um memorial anual, pois, celebramos essa vitória todos os meses, o que torna superado e irrelevante para os Cristãos, aquele que Deus dissera que –para os judeus- seria perpétuo.
Que diferença entre as ervas amargas originais e a chocolatria da “páscoa” atual! O que tem o coelho com ovo, e ambos com o cordeiro?
Nada, são imposições do paganismo, com roupagem “bíblica” na verdade, apenas o nome, pois, aquele ritual, além de diverso, está superado por outro melhor.
Também gosto de chocolate, mas o como sem viés religioso; também devo minha salvação à morte e ressurreição de Jesus, mas, celebro como ele ordenou, sem judaísmo nem paganismo.
Cristo “... alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.” “Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.” Heb 8, 6 e 9
Reitero, pois, essa “páscoa” é antibíblica, superada, mercantil, hipócrita, pagã. A menos que alguém pretenda se "identificar" com as aflições de Cristo empanturrando-se de chocolate.
O fato de transpor os portais do tempo não legitima nada, afinal, o pecado é um filho bastardo, e tem a idade da humanidade.
Sei das pedras a que se expõe quem ousar tocar na vaca sagrada, mas, a bem da verdade, o bicho não dá nada mais que carne leite e couro...