NOSTALGIA...

Tenho saudade dos dias em que as pessoas eram valorizadas pelos gestos de compaixão, amizade, carinho, solidariedade e amor. O mundo tornou-se materialista e egoísta, a vida não vale mais um real, se mata por muito menos e se a vida já não é valorizada, como valorizar então a essência da vida? Foi-se o tempo em que a palavra dita era mais do que uma promissória assinada, o tempo em que realmente podíamos contar com o vizinho mais próximo como se fosse um parente chegado; ter na amizade um verdadeiro sentimento de apoio, cumplicidade, troca, mas essa troca não era interesseira, bem pelo contrário, as vezes a troca era apenas no olhar; não era necessário palavras para revelar o íntimo. Sinto saudade de reconhecer em alguém comum a hospitalidade sem medo e sem fronteiras. Hoje se anda desconfiado, confinado, amedrontado. Somos presos a domicílio, levados a viver em verdadeiras cadeias físicas e espirituais, temos medo de nos mostrar, de abrir nossas fronteiras, nos depararmos de uma forma escancarada e desumana com a realidade cruel que nos retrata a versão inovadora do mundo. Tenho saudade das noites estreladas e nós sentados no pátio da casa, com amigos, vizinhos, parentes, desfrutando da agradável harmonia da comunicação. Hoje dentro da mesma sala três, quatro ou mais pessoas, cada qual com um aparelho celeular, comunicando-se com o mundo todo, porem não dialogam entre si, são conhecidos do mundo e desconhecidos dentro da sua própria casa. O tempo que ganhávamos colo, beijos e muitos "eu te amo" dos nossos pais, hoje parece que não há tempo para o colo, o afago, a carícia, o cafuné. Saudade das palavras brandas, hoje existe uma gritaria desenfreada. Saudade da cortesia, do cavalheirismo, da educação nos ambientes públicos, no cuidado com os pertences alheios. Saudade de quando valorizávamos o ser humano pela sua essência e não pela aparência.

Mas a Esperança é viva, essa Esperança é Verdadeira e muda e transforma as mentes, corações, índoles e personalidades. Esta Esperança é JESUS!!! Quer ver um mundo transformado? Creia nEle.

Nira de Andrade
Enviado por Nira de Andrade em 06/03/2012
Reeditado em 07/02/2018
Código do texto: T3538705
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