A luta de Jacó
Um homem com seu povo atravessando o frio deserto.
Temeroso, fugindo da possível morte, da vingança de um irmão traído.
Presentes foram providenciados na tentativa de aplacar a ira do futuro encontro.
Mas uma coisa era preciso e o fugitivo Jacó, sabia disso.
Até que tomou uma decisão. A mais acertada de toda a sua vida até ali.
Levantou-se, despediu as duas esposas, as servas e os filhos e ficou só. Naquele instante, a solidão era a melhor saída.
Tinha uma batalha a ser enfrentada dentro em pouco: a fúria de um irmão enganado. Mas, não venceria essa batalha, sem antes travar outra.
Agora, Jacó estava "só". Era ele e Deus.
E iniciou-se a luta.
A perseverança e disposição de só sair dali com a sua bênção, impressionara o anjo.
O tempo passava a noite se ia, e já o dia se aproximava.
O cansaço da luta não desanimava o lutador. Era questão de vida e morte. Precisava sair dali vitorioso.
A luta se travava renhida, até que numa tentativa de desarmar o incansável Jacó, um golpe rompe sua coxa e deixa-o manco.
Mesmo assim, ele não desiste e diz insistentemente: "Não te deixarei ir, se não me abençoares". "Qual o teu nome?" Pergunta o anjo numa aparente rendição, e ele resignado responde: "Jacó".
Pronto! Finalmente a bênção...
O saldo da luta: um nome mudado e um coração completamente transformado. Agora não seria mais Jacó, mas Israel.
É estranho, mas é assim no reino espiritual.
Lutamos com Deus, e Ele permite que prevaleçamos.
Lutamos com Deus e já não somos mais os mesmos.
Lutamos como príncipes e somos transformados em servos.
Vitoriosos servos.