O retorno da vida
Temos observado, em nossos lares, muitos acontecimentos dos quais nos queixamos sem entender as causas que iniciam os tumultos de desentendimentos e incompreensões dos pais e dos filhos.
Perguntamos à nossa consciência, quando na condição de pais e mães dedicados, qual erro cometemos na jornada da criação familiar, quando em troca do amor doado, tem-se um filho que age com rebeldia. Há mesmo muitos exemplos destes que, tendo todas as coisas, não se sentem felizes, e fornecem ao mundo uma resposta de valores negativos, a violência, os assassinatos.
Quando somos os filhos que sempre olharam os pais com toda paciência e amor, não compreendemos a atitude dos que nos possibilitaram o nascimento, quando sejam as atitudes deles, os pais, de desentendimentos e dificuldades. Nisso também consistem os filhos que procuram a vida banal, as drogas e outros tantos delitos que corrompem a moral do homem.
O universo trabalha conforme a justiça de Deus; portanto, tudo o que acontece tem sempre em conta uma justa causa. Colhemos hoje o plantio de ontem e, por mais tempo que possa demorar, um dia o fruto nascerá, daquela antiga semente que plantamos nas searas do mundo. Eis porque o Cristo disse: “não faças ao outro o que não queres que te façam”.
Se hoje, temos condições de trabalhar por nós e pelos outros, aprendendo que a vida nos dá apenas o retorno daquilo que nela lançamos, então agradeçamos a Deus a oportunidade de reparar, pela escola da dor e do amor, os débitos que criamos no passado, para que hoje, no trabalho fraterno e desinteressado, possamos fazer frutificar em nossa alma um futuro mais glorioso.