Cuidado com a vaidade

“Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento e nenhum proveito havia debaixo do sol” (EC 2:11)

O livro do Pregador, ou Eclesiastes, tem a sua autoria atribuída ao rei Salomão. Este era uma pessoa de grande sabedoria e nos alerta para algo muito importante: a vaidade.

Muitos de nós temos a vaidade em nosso coração. Creio, na verdade, que todos tenhamos. Quantas vezes fazemos algo esperando, mesmo inconscientemente, um reconhecimento, um elogio.

Não é pecado querer ser bem sucedido, ter uma boa casa, um bom carro, um casamento feliz, filhos com uma boa qualidade de vida, etc. Porém, o problema aparece quando colocamos tudo isso acima das coisas de Deus, quando colocamos nossa felicidade nessas coisas.

Eclesiastes, ainda no capítulo 2, faz distinção entre o sábio e o estulto, sendo o estulto definido como aquele que deixa Deus fora da sua vida em todos os atos e pensamentos. O fim dos dois é o mesmo: a morte. Isso não deve, no entanto, servir de desculpa: “Bom, como tanto eu quanto o que busca a sabedoria de Deus vamos morrer mesmo, vamos deixar as coisa rolarem como der”. O fim da carne dos dois é, realmente, o mesmo, mas o que os aguarda na eternidade é bem diferente.

Tudo, se não estiver debaixo do propósito de Deus, torna-se vaidade. Há pessoas que “se acham” no seu trabalho por terem um cargo maior ou um salário mais avantajado, ou até acham-se melhores do que aqueles que ingressaram no serviço depois, pensando que são mais do que eles apenas por serem “mais velhos de casa”. Outros se tornam vaidosos por que fazem um curso superior, outros por que têm o carro mais famoso, o último lançamento, etc. Enfim: tudo, se não estiver debaixo do propósito de Deus, é brecha para que o diabo plante a vaidade em nosso coração.

Mais uma vez: Deus não é contra o sucesso ou a prosperidade, até por que a própria Palavra diz que a prosperidade é dom do Senhor. No entanto, devemos sempre pedir sabedoria ao Pai, pedir para que Ele cuide dos nossos corações e nos ensine sempre a pôr as coisas Dele acima das terrenas. Se esquecermos de Deus e do que nos aguarda na glória, pondo nossa vista apenas nas coisas da terra, veremos que, realmente, tudo é vaidade e “correr atrás do vento”, ou seja, não chegar a lugar nenhum, por que os bens terrenos são consumidos, nós morremos e nossos títulos, casa, carro, emprego, ficam tudo aqui.

É preciso cuidar, entretanto, de um tipo perigoso de vaidade: a vaidade que acomete as pessoas “sábias”. O sábias está entre aspas por que se deixaram a vaidade entrar no coração, deixaram de ser sábias logo aí. Há pessoas que ministram, que estão na Igreja há 20 anos, que cuidam de ministérios e começam a se achar melhores, “mais de Deus” do que aqueles que são novos na fé, que estão lutando para sair de um vício, de um pecado. Pessoas que julgam dizendo: “Tem que ser como eu: não fumo, não bebo, não me drogo”, ou “Eu não caio nesse pecado, isso é coisa de gente fraca”. Irmãos... Eu conheço pessoas, do meu convívio, que já “cuspiram para cima e caiu na testa”. Por quê? Por que eram vaidosas.

Portanto, cuidemos para que não comecemos a nos achar a “última bolacha do pacote”. Lembremos que TUDO o que temos é de Deus e que Ele nos dá pela graça e não por merecimento nosso.

Paz a todos.

Caahzita
Enviado por Caahzita em 25/01/2012
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