A Chanuká começou na noite do dia 20 de dezembro com o acendimento da
primeira vela da Chanuquiyá  (candelabro de nove braços especial de Chanuká)

(foto da autora)



CHANUKÁ, A FESTA DAS LUZES

Chanuká, Hanukkah, ou Chanucá, tanto faz. O importante é que começou na noite de terça-feira, 20 de dezembro, com o acendimento da primeira vela e durará oito dias..


«Chanuká» é uma palavra hebraica que significa dedicação ou inauguração e sua história está no Primeiro Livro dos Macabeus.
Também conhecida como a Festa das Luzes, a Festa de  Chanuká foi instituída no dia 25 de Kislev (dezembro), no ano 165 antes da era comum (a.C.), quando Yehudá Macabí (Judá Macabeus) reconsagrou o Templo de Jerusalém e acendeu as lâmpadas da grande Menorá (candelabro sagrado) com o azeite puro de um pequeno frasco que daria apenas para um dia.

Após terem recuperado Jerusalém e o Templo dos Sírios, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Ao intencionarem acender a Menorá, o que deveria anteceder, todo e qualquer ritual, perceberam que apenas uma pequena quantidade de azeite puro, havia sido preservado da destruição, dentro de um frasco de barro lacrado com o selo sacerdotal, que garantia sua autenticidade. O óleo encontrado seria suficiente apenas para um dia de iluminação, e o preparo de um novo azeite, duraria sete dias mais. A surpresa foi que aquele óleo encontrado durou, ao invés de apenas um dia, mais sete dias além do que deveria durar, o que permitiu aos judeus prepararem um novo óleo para a Menorá. Este acontecimento é conhecido como o Milagre de Chanuká e até hoje é comemorado pelo povo de Israel como forma de mencionar as grandezas do Eterno e seus poderosos feitos.
 
“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão.” (JO 10:22e23)
 

Chanuká não é, nem deve ser considerado, um «Natal judaico». Muito menos não é sobre um simples acender de velas. É sobre entrar na compreensão do mundo dos milagres. Ao acender velas, cada um que acredita, com sua fé, fica mais perto da Luz. A conexão é feita através de Luz.
Em Nova York, por exemplo, na entrada dos edifícios onde moram tanto católicos quanto judeus, há de um lado uma árvore de natal e do outro uma chanuquiá. De um lado um cartão com as palavras «Happy Christmas», Feliz Natal, e do outro lado «Happy Chanuká», Feliz Chanuká. Não seria maravilhoso se em todo mundo pudéssemos viver assim? Em comunhão, paz, cada um respeitando, admirando a crença religiosa do outro? Exista ela ou não?
 
Para mim é esse o milagre maior: da FÉ de cada um, de uma vida em paz, respeito, amor e harmonia entre todos os povos. Então, desejo que as luzes de Chanuká junto com as do Natal, iluminem nossos corações e mentes na busca de respostas (e novos questionamentos!), que permaneçam ardendo e mantendo o fogo da FÉ que aquece corações. Não a tocha do ódio ou fogueiras de vaidades, e que possam ajudar a romper as trevas dos tempos tenebrosos que o mundo está vivendo, iluminando e eliminando a intolerância!

Chanuká é a Festa das Luzes e durante oito dias o mundo ficará iluminado. Tanto quanto Chanuká comemora o passado, celebra também o presente e o futuro. Pois enquanto comemora o milagre de uma simples ânfora de óleo que ardeu por oito dias, também imbui o mundo com a esperança de que a luz triunfará sobre a escuridão, o Bem sobre o mal e a paz sobre a guerra.
Confiemos nas Suas promessas! Eu confio! E a cada dia agradeço o novo amanhecer. Que as luzes de Chanuká iluminem a todos nós.
 
 
Chanuká Sameach! Feliz Natal!

Ana Flor do Lácio

 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 23/12/2011
Reeditado em 16/12/2014
Código do texto: T3402924
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