Cheguemos ao Senhor
“Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos a ousadia e acesso com confiança pela nossa fé” (EF
03: 11-12)
Irmãos, na própria Palavra de Deus diz que não há um só homem sequer na Terra que pratique o bem (RM 3: 10-18). Todos nós, na nossa condição de homens, com a nossa carne e as inclinações que dela são próprias, pecamos. Alguns pecam menos, outros pecam mais. Uns pecam pelo desejo, outros pecam pela vaidade. Porém, não há acepção de pecados: pecado é pecado, não há pecado que custe 10 anos no inferno e outros que custem 30. Todos eles trazem a condenação ao que não se arrepende e entrega seus caminhos ao Senhor. Da mesma forma que Deus não faz acepção de pecados, também não faz acepção de pessoas. Ele nos ama mais do que nós imaginamos que seja possível. Ele não nos abandona, não vira as costas para nós, Ele não mandou Seu Filho apenas para os que criam nele, uma vez que o próprio Jesus disse que “Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes” (MT 9:12).
Jesus veio ao mundo para que tivéssemos a permissão de nos achegarmos com ousadia a Deus. Entretanto, quando usamos o termo “ousadia” não estamos nos referindo à arrogância, ou a achar que “Eu posso e Deus tem que me obedecer”. Quem pensar dessa forma, vai simplesmente cair do cavalo. Quando é usada a palavra “ousadia”, quer-se dizer, a saber, que podemos sim nos achegar a Deus.
Começamos falando do pecado. Se todos os homens, como está na Bíblia, são pecadores, quem então buscaria a Deus? Quem oraria a Ele? Quem teria o direito de procurá-lo num momento de aflição e dificuldade? Pela lógica, ninguém. Mas aí é que está: a nossa lógica não vale nada diante dos caminhos do Senhor. Cristo morreu naquela cruz para que nós tivéssemos perdão dos pecados, a cura para as enfermidades, a libertação das prisões do diabo,dos vícios e, além de tudo isso, para que tivéssemos livre acesso a Deus, para orarmos, buscarmos a Ele, conhecermos mais Dele, podermos chamá-lo de Pai. Quando Deus entregou o próprio Filho e este, por amor, entregou-se em nosso lugar, foi rasgado o “véu” que nos separava de Deus.
Há muitas pessoas que sentem-se indignas de orar, de pedir coisas a Deus ou até mesmo de pedir perdão ao Senhor, principalmente quando caem em um erro recorrente, em um pecado do qual está sendo difícil se libertar.Eu mesma já passei por isso. Quando isso ocorrer, devemos lembrar do que foi dito sobre todo homem pecar. Se apenas os que não pecassem pudessem recorrer a Deus, ninguém o faria. Além disso, se estamos passando por um momento difícil, um pecado que nos aprisiona e do qual ainda não tivemos fé suficiente para nos libertar, lembremos também do fato de estarmos doentes espiritualmente e Jesus ter vindo justamente para essas pessoas.
Apesar do exposto acima, é preciso cuidado e discernimento: não é por Deus ser misericordioso e longânimo (tardio em irar-se) que vamos sair por aí pecando à torto e a direito. Não queiramos enganar a Deus ou fazê-lo de bobo, o que é absolutamente impossível, uma vez que Ele sabe todas as coisas. Mas se estivermos verdadeiramente arrependidos e quisermos uma mudança de vida, uma transformação real, lembremos: “Por que não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos achar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (HB 4:15-16).
Paz a todos.