O CÍRIO DA VIRGEM DE NAZARÉ
Desde que me entendo como menino, sempre te vejo passar na manhã inefável do segundo domingo de outubro, por um túnel de frondosas mangueiras farfalhando, a Virgem Maria.
Tu vens navegando em marola de braços de mar humano, sem negar o carinho e as súplicas a quem precisa, nem antes, nem agora e nem adiante, não há falhas em atender, com suas fés, os quantos milagres concedidos
Tu, pequenina e grandiosa, bendita sois vós, ó Virgem de Nazaré, que sempre abençoa todos os promesseiros, na longa caminhada do Círio, envolvendo seu longo laço(a corda) e magnetizando todos, como irmãos e amigos.
Todos no Círio são una raça, muitos choram e outras cantam em uníssono, quando fitam o fulgir de tua imagem, refletido pelo vidro da berlinda.
Bendito seja para sempre, o senhor Plácido, que um dia te encontrou num furo de um igarapé e com suas mãos calejadas das remadas, limpou o limo de tua face e Jesus sinalizou essa é: A Nossa Senhora de Nazaré.