Vigésima Primeira Aula: Os Milagres do Evangelho
1) Que fatores propiciam a ocorrência dos fenômenos psíquicos?
Kardec diz em A Gênese: Os fatos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma (GE, Capítulo XV, item 1).
Os fatores que propiciam os fenômenos psíquicos são:
a) nas propriedades do fluido espiritual, que constitui o campo magnético;
b) nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e após a morte;
c) no estado em que são constituídos os Espíritos e seu papel como força ativa da natureza. (GE, capítulo XV, item 1).
Em todos esses casos a mola propulsora é o nosso Espírito, pois a cura se dá pela troca de uma molécula doente por uma saudável.
A cura depende da pureza da substância fluídica.
Portanto, não há milagres, porque tudo o que acontece é fruto das leis eternas, perfeitas e imutáveis da Criação de Deus.
2) O que fez a mulher que tinha um fluxo de sangue, merecer a cura por parte de Jesus? Como se deu a cura?
Jesus apenas por sua presença criava em sua volta um campo vibratório energético que ativava o potencial fluídico do paciente.
O paciente, pela força do pensamento em sintonia com a carga psíquica de Jesus, possibilitava as modificações biopsíquicas pelas curas e por todos os prodígios. Razão pela qual nosso Mestre Jesus dizia aos pacientes curados:
- "A Tua Fé te curou"
A mulher foi curada pela FÉ.
A Fé é uma verdadeira força atrativa
3) Como explicar o dizer de Jesus: "Os teus pecados são perdoados"?
Os seus problemas era devido a compromissos assumidos em outras vidas e não cumpridos e ficou gravados em seu Perispírito, e na época de Jesus seria uma punição por atos praticados, por isso a pessoa deveria preservar-se e não errar mais.
E no cumprimento de seus débitos de vidas passadas para com as Leis Eternas, o doente já se libertara.
"Cessada a causa, o efeito tem que cessar" (A Gênese, capítulo XV, item 15).
Na Doutrina Espírita significa a nossa Reforma Íntima.
A busca pela perfeição, por meio da evolução do Espírito.
4) Qual a lição que se tira dos dez leprosos?
O relacionamento entre samaritanos e judeus na época de Jesus é o mesmo entre protestantes e católicos. E Jesus curava a todos, não fazia acepção de pessoas. E dava lições de tolerância. Os dez leprosos se curaram, mas apenas o samaritano voltou e lançou-se aos pés de Jesus para agradecer. E Jesus disse:
Levanta-te, vai, tua FÉ te salvou (Lucas, 17: 11-19).
Os outros eram judeus.
E o samaritano voltou porque apenas nele havia mais a verdadeira fé e mais reconhecimento que naqueles que se diziam ortodoxos.
E quando Jesus dia ao samaritano: Tua Fé te salvou, entende-se que o mesmo não acontecera aos outros, pois estar curado não significa estar salvo, o corpo poderia estar curado, mas o Espírito continuava doente.
5) Por que Jesus curava até em dia de sábado contrariando determinação do Judaísmo, e enfurecendo os judeus?
Porque o amor não tem dia e nem hora para ser praticado e o magnetismo de Jesus agiu sobre a atrofia nervosa do homem.
Disse Jesus: "Meu Pai não cessa de agir e eu também ajo sem cessar" (Jo 5:17).
A verdadeira caridade está nos sentimentos nobres e não nos dias da semana.
6) Na piscina de Betesda era um anjo quem agitava as águas?
Nâo, a água pode ter tido propriedades curativas, pois era uma fonte que jorrava com força de vez em quando e agitava as águas. E talvez suas propriedades fossem ativadas com este fenômeno e curava-se algumas moléstias. Hoje sabe-se que a água é um fluido vital. Naquela época o fenômeno era tido como sobrenatural.
7) Como se explica o poder curativo da lama feita por Jesus, com saliva e terra?
O cego de nascença era um instrumento para manifestação do poder de Deus, se não era uma expiação do passado, era uma provação para o progresso daquele Espírito, Deus é justo e não colocaria sofrimento sem utilidade.
A fórmula saliva-terra fôra um veículo de energia curativa usada por Jesus, pois a lama feita tinha a virtude do fluido curador que nela estava impregnada. (GE, capítulo XV, item 25).
Bibliografia
GE, capítulo XV
O Espírito do Cristianismo - Cairbar Schutel
Em Torno do Mestre - Vinícius