Décima Sétima Aula: O Sermão do Monte

1) Qual o ensinamento que se extrai das palavras de Jesus Cristo: "Não julgueis, para que não sejais julgados"?

Só Deus pode julgar, pois com o mesmo critério com que julgarmos o nosso próximo, também nos julgarão.

Ninguém poderá julgar o próximo, moralmente, porque além da falta de equilíbrio justo em si mesmo, e dos desencontros da própria consciência, a experiência da vida esclarece que após a nossa reforma íntima e a busca pela perfeição, e as nossas lutas que são travadas no nosso dia a dia em busca da harmonia universal, o discernimento dessas batalhas nos leva a desenvolver a indulgência e quando estivermos em condições de julgarmos o nosso irmão, não o fazemos por amor e respeito.

Porque se pensarmos olhando para dentro de nós mesmos e nos perguntarmos:

- Como criticar destrutivamente e severamente o nosso semelhante e encontrar desculpas para as nossas próprias deficiências? Mesmo porque se fôssemos perfeitos não estaríamos no Planeta Terra pagando as nossas duras penas.

É um juízo sem fundamento, pois apontar o defeito dos outros é um vício bem antigo da Humanidade.

O melhor antídoto é evitar comentar o mal, não julgar para não ser julgado também não significa aceitar e ser cúmplice do erro de outrem.

A nossa tendência maior é criticar um defeito que não temos mais, esquecendo que ainda temos muitos outros defeitos que ainda permanecem em nós e estão ativos, e às vezes, não os enxergamos e os vemos em outra pessoa.

O mais grave de tudo isso é quando avaliamos outras pessoas falsamente, exageradamente, dissimuladamente e maldosamente.

Ao censurarmos alguém criticamente e não o condenando, há de ter autoridade moral.

Lembramos de Jesus, que com toda a sua autoridade moral, não julgava as pessoas, e nós, na nossa inferioridade, estamos sempre se achando no direito de julgarmos os nossos semelhantes.

Somente a Deus cabe o julgamento da vida.

2) O que é juízo temerário?

É criticarmos destrutivamente e severamente os nossos semelhantes e encontrarmos desculpas para os nossos próprios defeitos.

3) Qual o sentido de "não lançar pérolas aos porcos"?

Falar do Evangelho para quem não quer ouvir.

Não adianta impor a fé e a boa-vontade, pois elas seriam interpretadas ou desvirtuadas.

Os ensinamentos divinos devem ser encarados com muito respeito.

Portanto não devemos impor a fé, para aqueles que não estão preparados, para que não a desmoralizem.

4) Basta pedir para se obter tudo?

Devemos pedir uma vez e com fé, não precisamos prometer nada, na espiritualidade não há moedas de trocas, às vezes, o que recebemos não é o que precisamos e sim, o que merecemos. Devemos saber o que pedir.

Têm que haver coerência nos pedidos.

Senhor, me ajude a criar condições para que eu possa comprar um carro zero, uma casa, entre outras coisas.

5) Qual é a importância de "entrar pela porta estreita"?

A porta estreita é quando queremos passar pelos obstáculos. A porta larga é tudo mais fácil. É a porta da perdição em que encontramos os vícios, paixões, negligências. Todos nós temos amigos enquanto estamos bem, nas dificuldades os amigos somem.

A porta larga e a porta estreita pertencem à muralha do tempo, caminho de todos nós e atravessá-las é imposição da vida, mas a escolha cabe a nós mesmos, pois possuímos o livre-arbítrio.

Cabe ao homem percorrer o caminho do BEM ou do MAL.

6) Por que a advertência sobre a necessidade da precaução contra os falsos profetas? O que é falso profeta?

Os falsos profetas são aqueles que fingem serem ovelhas, mas são lobos devoradores.

Em todos os tempos, a falsidade, a vaidade, o orgulho, fazem com que alguns homens explorem a fé dos seus semelhantes, dos quais se esquecem que os delitos praticados contra o espírito são muitos mais graves do que os delitos praticados contra a carne.

E também há muitos seguidores que unem-se a estes para conseguirem uma vida mais fácil, sem ter que fazer muitos esforços, ou mesmo, fazerem por merecer.

Portanto pelas suas obras é que se conhece o verdadeiro cristão, e sendo assim, é pelo teor dos seus ensinamentos que se conhece o verdadeiro profeta.

7)Como deve agir o verdadeiro discípulo de Jesus? Tem algum mérito os atos exteriores, os ritualismos e as encenações?

Chamar alguém de Senhor ou Mestre, é aceitar e praticar seus preceitos e exemplos, pois a realidade do ato de fé corresponde à realidade do ato do trabalho. E Deus conhece o nosso coração.

O verdadeiro discípulo de Jesus busca a humildade, a generosidade, a caridade, trabalha perseverante na sua reforma íntima e está sempre à disposição do serviço do Cristo,vigiando e orando para auxiliar o seu próximo. Ele irradia paz, luz e serenidade à sua volta.

Irradiar é sentir-se bem ao encontrar uma pessoa que nos passa uma energia boa.

Não devemos colocar lenha na fogueira e sempre tentar amenizar

a situação.

Estamos trabalhando para melhorarmos a cada dia.

O importante é não desistir jamais.

Estar firme na fé, temos condições de fazer as coisas.

Alicerçar a nossa fé sempre dentro da razão, quando a nossa fé sai da razão somos sempre desprovidos.

E assim, ao agirmos de acordo com os ensinamentos do Sermão do Monte, e praticarmos os seus ensinamentos, estaremos com a nossa fé alicerçada nos ensinamentos de Jesus e seremos os seus verdadeiros discípulos.

Bibliografia

O Novo Testamento, nas Bíblias

Crônicas Evangélicas - Paulo Alves Godoy

Os Quatro Sermões de Jesus - Paulo Alves Godoy

Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbal Schutel

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 07/10/2011
Reeditado em 09/10/2011
Código do texto: T3263810
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