TEORIA DA CONSPIRAÇÃO – QUEM SÃO OS CONSPIRADOES?
Admitir a teoria da conspiração é deixar-se levar por uma ilusão mortal; é ignorar as conseqüências das transgressões dos indivíduos e transferir a culpa da humanidade para pouco mais de meia dúzia de pessoas, desculpando-se por todo o mal e potencial destrutivo das pequenas e grandes ações de cada um, que culminarão na destruição do planeta e extermínio da vida. Desviar a atenção dos crentes e não-crentes para a teoria da conspiração é desviar-lhes a autocrítica sobre suas próprias ações pecaminosas, fazendo que pensem que a transgressão da Lei de Deus não produz conseqüências destrutivas e exterminadoras, pelo que essa Lei pode mesmo ser deixada de lado e sua transgressão não implicará em perdição dos que a transgridem. Dessa forma também anulam a graça provida pela morte de Jesus na cruz, pois, sem culpa, ninguém precisará de perdão, pois todos se acharão perfeitos merecedores da salvação, embora que praticando costumes e obras destrutivas e mortais.
Por aí bem se vê que a teoria da conspiração é obra satânica e seus defensores cooperam diretamente com o inimigo da humanidade, “a antiga serpente, que se chama diabo e satanás”, que é o conspirador mor, o princípio da conspiração e líder de todos os conspiradores, que somos nós. Portanto, admitir a teoria da conspiração é manter-se ao lado da conspiração e contribuir com ela.
Desde que deu início a grande conspiração, a obra do inimigo tem sido vender a ilusão de que praticar o mal, transgredir a Lei (a vontade de Deus), não é mal e não produz danos mortais. Por muitos anos ele mesmo muito se esforçou para convencer-se disso, mas, certo de que ultrapassou o ponto de retorno, e vendo iminente seu extermínio por todo o mal que produziu, ele pretende levar consigo tantos quantos for possível, esperando dar a entender que Deus é desnecessariamente intolerante e culpado do extermínio dos ímpios e seu líder.
Portanto, atribuir a prática maldosa contra a humanidade à apenas um grupo de iluminados é fazer de conta que nossas ações contra a Lei de Deus e contra a natureza e o próximo não são destrutivas, eximindo-se assim da culpa por toda devastação com a qual contribuímos por nossos pecados. Pregar a teoria da conspiração é apontar o dedo para as culpas dos outros e esconder as próprias culpas.
Todos somos conspiradores e nos tornamos assim quando nossos primeiros pais concordaram com satanás e transgrediram a ordem de Deus. Transgredimos a vontade de Deus quando transgredimos Sua Lei, que é a expressão de Seu caráter e vontade. Transgredimos essa vontade quando pregamos contra a Lei, dizendo que foi abolida na cruz por ser dura demais. Se Deus tivesse criado uma Lei dura e a tivesse imposto em qualquer tempo e para quem quer que seja, Ele teria se revelado um Deus perverso, o que Ele não é. Se pregarmos, portanto, contra a Lei de Deus, dizendo que ela é dura demais, vendemos a imagem pagã do Deus iracundo, com olhar transtornado e um chicote na mão. E tal imagem apavora as pessoas, afastando-as de seu Criador e Salvador. Contudo, essa imagem nada mais é do que o reflexo da maneira humana de tratar seus semelhantes, sentindo prazer em punir os irmãos sempre que a oportunidade se apresenta, diferente de Deus, que, em vez de nos punir quando transgredimos, puniu a Si mesmo para nos perdoar e não recuou ante ao próprio sofrimento para salvar a humanidade de exterminar-se por suas práticas em desacordo com Sua Lei organizadora e protetora. E esse mesmo Deus espera de braços abertos e rosto amável para abraçar a tantos quanto queiram reconciliar-se com Ele. E ele diz que não temos idéia de quão bons pensamentos e planos maravilhosos Ele tem para nós e espera apenas que nos aproximemos dEle confiantes para que nos possa dar tudo o que desejamos.
Nossos pecados (nossa transgressão da Lei) cooperam com a destruição do planeta e da humanidade e isso temos feito desde que começamos a contrariar a vontade de Deus expressa em Sua Lei. Logo, por mais que nos sintamos crentes, enquanto transgredimos a Lei, não demonstrando que amamos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, estamos transmitindo a imagem de um Deus severo e assim somos conspiradores, pois uma conspiração é justamente ir contra e transgredir a lei da autoridade local e justamente a Lei de Deus é a mesma com a qual Ele rege de todo o Universo, que o domínio do seu reino. É pela obediência dessa Lei que demonstramos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, bem como a toda a Sua criação e o sacrifício que fez por nós na cruz.
Quando advertiu o primeiro casal de que não deveriam transgredir, Deus lhes disse que se eles (e seus descendentes, que somos nós) transgredissem poriam tudo em declínio até a morte final - a falência completa do último exemplar de vida. Provocariam o genocídio completo não só da humanidade, mas de todo o sistema vivo.
Para dar origem ao declínio e morte final, o inimigo justamente assegurou e, assegura muito mais ainda hoje, que é possível transgredir sem produzir mal e morte e sem conseqüente culpa e arrependimento. E intensifica essa retórica a medida que não consegue livrar-se de sua própria consciência a jogar-lhe em rosto, cada vez com mais freqüência, a culpa pelo sofrimento, martírio e morte de milhões de inocentes e culpados, incluindo o Filho de Deus, que tanto amor, paciência e compreensão demonstrou-lhe quando tudo fez para dissuadi-lo de experimentar e levar outros a experimentar a indignidade, a degeneração, a dor e a morte.
A experiência humana, porém, mostrou que não é possível contrariar sem conseqüências exterminativas, o que se faz cada vez mais óbvio, circulando abertamente nos meios de comunicação, mostrando a todos que estamos à beira do caos.
Mas, querendo ainda contrariar o óbvio, o inimigo não quer permitir aos indivíduos convencerem-se de que suas ações em desacordo com a Lei de Deus são a causa do sofrimento e caos. Se admitissem o grau destrutivo da transgressão eles retornariam do erro e seriam salvos na volta de Cristo, quando Ele socorrerá Seus seguidores do extermínio. E, para desviá-los de retornar de seus erros, o inimigo da humanidade traveste-se de amigo, inventando a famigerada teoria da conspiração, onde a culpa é transferida unicamente para os comandantes do planeta. Assim, ocupados em defender-se desses malévolos conspiradores, os pecadores ressentem-se de tais pessoas, aprendendo a temê-las e odiá-las, querendo logo separar o joio do trigo e, pondo-se de corregedores espirituais, acham-se habilitados para identificar os conspiradores, julgá-los e condená-los, tornando-se assim mais conspiradores ainda. Ao mesmo tempo, esquece-se de sua própria conspiração por causa da transgressão da Palavra de Deus e vão vivendo no erro, agradando ao inimigo com a certeza de que agradam a Deus.
O que é conspiração, portanto? Transgredir a vontade de Deus. E o que é transgredir a vontade de Deus? Não amar a Deus acima de todas as coisas e não amar ao próximo como a si mesmo. E quem não guarda a Lei de Deus de Êxodo 20:3 à 17 não cumpre esses dois mandamentos. E assim, explorando os filhos de Deus e levando-os ao desânimo e fatiga pelo tanto que trabalham e o pouco que ganham; não vendo os culpados com misericórdia em vez de com o desejo de puni-lo, não tendo compaixão do joio que está no meio do trigo, não vendendo através de nossos atos e maneira de tratar ou outros a imagem do Deus compassivo, longânimo, perdoador, que ama seus inimigos, que faz o bem para os que lhe fazem o mal, etc., - se agimos assim, somos nós os conspiradores e nós mesmos preparamos o grande genocídio da humanidade. E nesse genocídio os cadáveres não serão sepultados nem mesmo em vala coletiva, pois os abutres comerão sua carne, como está profetizado.
Portanto, saia do lado da conspiração; deixe da dar ouvidos a essas tantas teorias e concentre-se em fazer a vontade de Deus e vender à pessoa a seu lado, a quem você ama tanto quanto a si mesmo, a imagem do Deus sorridente que o espera de braços abertos para o abraçar e lavar de todos os seus pecados.
Wilson do Amaral