O DISCÍPULO AMADO

NÃO SEJAMOS COMO MENINOS INCONSTANTES, LEVADOS POR TODO VENTO DE DOUTRINA, PELA FRAUDULÊNCIA DOS HOMENS, PELA ASTÚCIA TENDENTE A MAQUINAÇÃO DO ERRO.(Efésios 4.14-15)

O homem tem comprometido o crescimento da fé em Cristo Jesus com as suas conclusões precipitadas, pois tudo o que foi escrito no passado é para que tenhamos esperança Nele.

Quando Jesus ressuscitou a Lázaro, foi para demonstrar o seu grande amor pelo homem, porque todos nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados.(Efésios 2:1).

Sabendo Jesus, que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e HAVENDO AMADO OS SEUS QUE ESTAVAM NO MUNDO, AMOU-OS até o fim, e declarou: Quem receber aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

Em nenhum momento Jesus fez sobressair amor especial por este ou aquele discípulo, contudo o homem que é mau por natureza, não compreende os mistérios de Deus e busca desvendá-los na razão, para receber honras e reconhecimentos de homens.

No lava-pés Jesus ensina que o MAIOR É O MENOR.

Não são os muitos letrados, os teólogos, os doutorados, enfim, que possuem SABEDORIA, mas Deus que é A PRÓPRIA SABEDORIA.

E Ele ha dá aos pequeninos, aos que o buscam em verdade e em espírito.

A maioria dos estudiosos, teólogos, e que se dizem conhecedores da bíblia sagrada, afirmam que João é o discípulo que Jesus mais amou, no entanto, não é isso que a palavra de Deus afirma, mas que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o seu único filho para morrer por todos, porque Deus não faz, nem nunca fez acepção de pessoas para amar nem salvar.

E assim como no passado o homem na sua própria sabedoria não conheceu a Deus, age hoje como o tal, quando da o seu parecer na razão.

Se o evangelista; aquele que foi titulado pelo homem como o discípulo amado, não se deu a conhecer, é porque entendia a extensão desse amor.

Jesus não demostrou maior ou menor amor, por este ou aquele, no entanto o homem forma conceitos na emoção, dá o seu parecer de acordo com os acontecimentos que vê.

Quais os fatos que fizeram com que os homens titulassem alguém de discípulo amado? E quem era este discípulo?

Os maiores doutores em Teologia e Literatura, simplesmente usam o argumento de autoridade, para dizerem.Não há sombra de dúvidas de que o discípulo amado era João.

Citam a tradição oral e as deduções puramente lógicas e teológicas, mas se esquecem do principal. O próprio TEXTO BÍBLICO.

João era um simples pescador do Mar da Galiléia, enquanto Lázaro era aparentemente um homem de grande importância, respeitado pelos judeus.

Muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca do seu irmão.

Jesus viu Maria e os “Judeus” chorar e comovendo-se também chorou.

Seria João o amigo do sumo sacerdote? Um simples pescador, seguidor de Jesus, teria tal amizade com a suprema autoridade do povo judeu? Não seria mais lógico o amigo do sumo sacerdote ser alguém da sua classe?

Porque Lázaro ao morrer teve a visita deles? É claro que Lázaro pertencia à alta sociedade dos judeus.

E JESUS CHOROU! Chorar não é prova de amor maior.

É natural ficarmos comovidos e chorarmos em um velório, se vermos nossos amigos, familiares, ou pessoas a quem amamos chorar. JESUS ERA HOMEM.

Disseram então os judeus: Vede como o amava. (Joao 11:32,36)

Foi a partir deste episódio que surgiu o nome “discípulo amado”.

Continuando: Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem Ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe ali uma ceia e Marta servia.

LÁZARO era um dos que estavam Á MESA COM JESUS. (João 12:1)

Ora, achava-se reclinado sobre o peito de Jesus um de seus discípulos, AQUELE A QUEM JESUS AMAVA. (João 13:20,25)

Se Lázaro estava a mesa com Jesus na ceia seis dias antes da páscoa, não seria mais provável que Lázaro fosse o tal discípulo que reclinara-se sobre o peito de Jesus? Que esperança, amor, e confiança, demostraríamos, por alguém que nos ressuscitasse dentre os mortos? Certamente, nos sentiríamos tão íntimos, que reclinaríamos nossa cabeça sobre seu peito.

Jesus falava sobre a morte que Pedro, havia de morrer para glorificar a Deus, quando Pedro, virando-se, viu o discípulo a quem Jesus amava, o mesmo que na ceia se recostara sobre o peito de Jesus, e perguntou: Senhor, e quanto a esse? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? E divulgou-se entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria.

Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que tens tu com isso?

Qual seria a dúvida de Pedro quanto aquele discípulo?

Porque correu tal boato, de que aquele discípulo não morreria?

Jesus disse a todos: EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA; QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE ESTEJA MORTO, VIVERÁ; E TODO AQUELE QUE VIVE, E CRÊ EM MIM, NUNCA MORRERÁ.

O boato ocorreu, porque os seguidores de Jesus, não entenderam as palavras Dele, sobre a ressurreição.

Haveria alguma probabilidade de ser João o tal discípulo, se Lázaro era quem havia passado pela morte, e ressuscitado dentre os mortos? É claro que Pedro teria dúvidas a respeito de Lázaro, pois este já havia passado pela morte uma vez.

Na cruz Jesus viu sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, e falou-lhes: Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe.

A quem Jesus confiaria o cuidado de sua mãe? A João, que recebeu a missão de ir por todo o mundo e que seria deportado para a ilha de Patmos, ou a Lázaro, que tinha uma casa estabelecida em Betânia e uma situação financeira estável?

A bíblia diz claramente que os discípulos mais chegados de Jesus, os apóstolos, fugiram.

Como João estaria ali perto da cruz? Não é mais evidente que Lázaro, aquele que devia a sua vida a Jesus estivesse ali?

No sepulcro quando Pedro entrou, ficou observando os lençóis e o lenço que tinha estado na cabeça de Jesus, mas o outro discípulo entrou, VIU E CREU!

O outro discípulo viu e creu! Quem mais estaria tão familiarizado com o milagre da ressurreição, senão o próprio Lázaro que havia sido ressuscitado dentre os mortos?

Durante a crucifixão de Jesus, só Lázaro não teria medo de acompanhá-lo. E no Domingo da ressurreição, quando todos estavam desorientados sem saber o que aconteceu com o cadáver de Jesus, Lázaro seria o único a acreditar na sua ressurreição apenas por olhar para o interior do túmulo.

“Este é o discípulo que testifica destas coisas”.

Enfim, só Lázaro é capaz de dar testemunho do que foi escrito no evangelho, porque em toda a sua vida viveu o que pregava. Ao apresentar a figura do "discípulo a quem Jesus amava" não pretendeu retratar-se a si mesmo, mas A TODOS que se esforçam em viver como o Mestre ordenou.

ESTES SÃO OS DISCÍPULOS AMADOS DE JESUS!

Que possamos todos entender as palavras de Cristo e reclinar-mos a nossa cabeça em seu peito.

ROSANE KUCHAK
Enviado por ROSANE KUCHAK em 14/09/2011
Reeditado em 14/09/2011
Código do texto: T3219311