DE QUE MAIS PRECISAMOS?
Os ensinamentos de Jesus são sem dúvidas luzes sublimes para a nossa ascensão espiritual. As vezes, basta um capítulo dos Evangelhos para dar-nos a rota segura para a nossa felicidade real e definitiva. Não foi por acaso que Gandhi, que nem mesmo era cristão (no sentido rotulátivo) para afirmar que se todos os livros sacros do mundo fossem queimados e ficasse apenas o sermão da montanha de Jesus nada estaria perdido. Não obstante reconhecermos Jesus como Mestre, ainda insistimos em não seguí-lo como deveríamos. Mesmo afirmando-nos crentes no Cristo de Deus, dificultamos nosso aprimoramento moral e espiritual... O Cristo nos oferece a Sua Paz, mas estamos muito mais interessados na paz que o mundo pode dar, uma paz mentirosa, tão transitória quanto a nossa passagem pela Terra. Num momento em que tantos templos se erguem em nome de Jesus, com a finalidade de louvar-Lhe o nome, esquecemos acima de tudo de que o Cristo aguarda-nos muito mais nos caminhos do amor do que propriamente em templos construidos por mãos humanas. Não que esses sejam desnecessários, mas não correspondemos aos principios cristãos apenas em intermináveis louveres, afinal, nem todos que dizem Senhor, Senhor, chegaram ao Reino de Deus. Uma das passagens Evangélicas que muito nos fascina é sem dúvidas a parábola do Samaritano. Numa simples análise encontramos ali o caminho definitivo, talvez o único para atingirmos a plenitude espiritual. Eis que um jovem questiona a Jesus como fazer para entrar na vida, e Jesus não menciona a necessidade dessa ou daquela crença, não diz ser necessário crer nesse ou naquele príncipio, mas conta a parabóla do Samaritano, um verdadeiro hino ao Amor. Então fica a pergunta para todos nós, seguidores das diversas religiões terrenas: De que mais precisamos para estarmos com Deus? Se não valeu a parábola do Samaritano como indicação máxima para a nossa real sublimação espiritual, que é o amor em toda a sua plenitude, então não outra forma de nos tornarmos seres iluminados.
(Samuel de Almeida)