Uma carta à Noiva de Cristo

Nosso padrão de pensamento e conduta pode ser influenciado pela cultura geral da igreja, meio ambiente, herança familiar ou pelo condicionamento moral imposto pela cultura de nossa sociedade (Elienai Cabral). Existe um ditado popular que diz que “o homem é aquilo que ele lê” e realmente isso é verdade. Hoje em, dia nossa leitura está mais avançada e vai muito além dos livros. Como disse Karl Marx, “o homem é fruto do seu meio”, deixando bem claro que as informações que absorvemos no dia a dia influenciam quem nós somos. Diz-me com quem anda e te direi quem é.

Uma das maiores lutas da liderança da Igreja hoje é com a mente cauterizada de muitos filhos de Deus. Uma pessoa que tem a mente cauterizada perde a sensibilidade da voz do Espírito Santo, não conseguem mais distinguir o certo e o errado, e contribui para a maior crise que a igreja já enfrentou chamada relativismo moral, a era do “nada a ver”. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Is 5.20.

Temos lido Outdoors, jornais, programas televisivos, cinema, internet, jornais, livros e revistas. Nossa mente tem sido bombardeada por uma série de informações que vão contra os princípios bíblicos. Os temas mais abordados são: rebeldia, ódio, vingança, violência, imoralidade, famílias distorcidas, banalização do casamento, supervalorização da aparência, consumismo, egocentrismo e isso é apenas parte de uma lista que fere profundamente a santidade do Senhor. Se alguém conhecer um programa de humor que não nos faça rir das coisas que Deus abomina, por favor, me indique, mas infelizmente é disso que temos nos alimentado e o que tem formado nossos conceitos. Não sou um bitolado radical que não se diverte, mas prefiro optar por conteúdos que não estejam claramente condenados pela palavra de Deus.

No capítulo cinco da sua carta aos efésios, Paulo deixa bem claro que as coisas que Deus abomina, não devem nem mesmo ser mencionadas pelos que O amam e que até mesmo falar essas coisas é algo sórdido. Mas o que temos feito com relação a isso? Trazemos para dentro dos nossos lares toda sorte de imoralidade e conceitos perversos que a mídia nos oferece, acreditando que a religiosidade cumprida semanalmente num templo ou algum trabalho eclesiástico vai me tornar cheio do Espírito Santo, isso é ridículo!

A carta aos hebreus diz para “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia” Hb 12.1. Embaraço fala de coisas que talvez não constituam pecado em si, mas que recebem mais dedicação, tempo e dinheiro do que o nosso esforço em crescer no conhecimento da Palavra de Deus. Isso nos impede de viver a profundidade do relacionamento com Deus que Jesus conquistou quando sua carne foi esmagada na cruz e o véu do templo se rasgou. Não existem possibilidades de uma pessoa que se dedica exclusivamente a satisfazer seus desejos, viver a plenitude do que Deus tem para sua vida.

Jesus é um noivo exigente e não vai casar com uma noiva suja, contaminada com o mundanismo, com a imoralidade, com os conceitos greco-romanos de venerar mais a satisfação pessoal do que a do seu amado. Ele vem para se casar com uma noiva linda, pura, sem rugas. Cada um de nós precisa se preocupar em ser uma ruga a menos no rosto da noiva de cristo e isso só vai acontecer quando voltarmos aos princípios bíblicos que o Senhor estabeleu para vivermos. Não podemos ser “conformados com este mundo, mas nos transformar pela renovação do nosso entendimento, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.” Rm 12.2; Ef 5.26. Precisamos ser“imitadores de Deus como filhos amados” Ef 5.1 e “andar como filhos da luz” Ef 5.8.

“Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” Ef 5. 26-27