CARTA AOS CATEQUISTAS

Queridos catequistas, graça e paz!

A vocação que partilhamos é a do serviço à Palavra através do ensino da fé e da doutrina. Bem sabemos que não é fácil e muitas vezes a vontade de desistir é grande, porém sabemos também que somos movidos por uma mesma certeza: nosso Deus é fiel e estará sempre ao nosso lado.

O Deus que nos chama e envia é o mesmo Deus anunciado por Jesus Cristo, ou seja, um Deus fiel e compassivo que olha com benevolência para aqueles que o reconhece como senhor e provedor. Diante das dificuldades que nos assaltam somos inclinados a desistir, a abandonar e fechar os ouvidos aos apelos divinos, nem sempre é fácil continuar e acreditar que nosso chamado é divino. No entanto uma força maior que todo desânimo nos impulsiona a seguir adiante na certeza de que somos capazes de realizar algo sempre maior e mais profundo. Ainda que não sejamos vistos ou recompensados, nosso sim se renova a cada novo dia com o desejo sempre crescente de realizar um bem ainda maior.

Não podemos nos deixar levar apenas pelo gosto das conquistas, do reconhecimento, ou da “bajulação”, nem podemos ser inconformados e nos considerar mal compreendidos ou não reconhecidos como deveríamos. O ministério da catequese é um ministério que exige de nós doação, entrega, alegria e realismo. Sim precisamos ser realista, pois sabemos que não é fácil, mas igualmente sabemos que não é impossível!

É sempre contagiante perceber a fé que move cada catequista a assumir com garra e responsabilidade a missão e se empenhar na busca de formação e aperfeiçoamento, mesmo em meio a dificuldades e outros tantos compromissos.

Em nossa diocese percebemos homens e mulheres que dividem uma fé simples, tantas vezes formada e amadurecida em uma história de sofrimento e de provações. Acredito que seja essa simplicidade que motiva tantos a se dedicarem ao ministério da catequese. Bem sabemos também que muitas vezes falta o apoio da família para que a catequese seja ainda mais profunda e vivencial, no entanto a criatividade de nossos catequistas faz com que sempre se inove na tentativa de envolver pais, irmãos e familiares no processo catequético de nossas crianças, adolescentes e jovens.

Não podemos desmerecer de nossa relação com Deus. Preencher o coração e a vida com a graça divina deve ser empenho diário para nosso crescimento pessoal, homens e mulheres de Deus permitem que a catequese seja um constante processo de amadurecimento espiritual tornando os mistérios de nossa fé não apenas aprendidos ou decorados, mas sim vividos, transformados em alimento de vida.

Ânimo e coragem! Somos ministros a serviço da Palavra! Cuidemos para que nossa vida seja condizente com nossa vocação, para que possamos ser dignos de anunciar a mensagem do Evangelho. Quanto bem temos semeado e quantas dificuldades temos partilhado!

Neste ano de caminhada na Diocese por vezes me pego pensando se realmente tenho realizado a vontade de Deus e cuidado do que ele me confiou. Sinto-me responsável pela missão e gratificada por reconhecer em cada um de vocês os sinais da verdade e do amor. Um amor que se traduz em obras. Sinto-me ainda criança diante da experiência de tantos homens e mulheres que se dedicam com tanta paixão pela Catequese. Sinto-me tantas vezes despreparada para a missão que me é confiada, no entanto acredito que não estou sozinha, caminhamos juntos rumo à realização da vontade de Deus.

Peço a cada um de vocês orações também pela equipe de coordenação, pois são pessoas que se dedicam com entusiasmo para que a catequese em nossa Diocese seja pensada e organizada de modo que seus frutos sejam duradouros. Não sabemos tudo, mas procuramos conhecer o máximo para melhor servir.

Não buscamos status ou lugares de honra, acima de tudo queremos servir e difundir o Evangelho, pois para isso fomos escolhidos, chamados e enviados. A sociedade de hoje nos desafia com tantas ideias e costumes, a rapidez da informação e o individualismo que ataca nossos corações por vezes nos faz quase esquecer que somos comunidade e que vivemos na comunidade. Nossa Igreja é forte por que é sustentada pela fé de quem é simples e que confia com a fé da criança que se encontra protegida pelos braços do pai.

Sejamos, pois, crianças nos braços do Pai! E permitamos que ele nos conduza pela mão e nos ampare. Não tenhamos medo, a missão é maravilhosamente bela, exigente sim, porém gratificante. Contemos com o apoio e a oração de uns pelos outros, pois o que nos conforta é a certeza de que não estamos sozinhos neste caminho.

Que as bênçãos de Deus sejam derramadas abundantemente sobre nós e nos conceda a graça de sempre mais servi-lo na alegria e no amor.

Com afeto e grande estima, ofereço minhas orações e peço as suas!

Atenciosamente

Débora Pupo

Débby Pupo
Enviado por Débby Pupo em 26/08/2011
Código do texto: T3183503
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