O que fazer quando tudo parece sem sentido?

Às vezes é difícil sorrir; é difícil responder que está tudo bem, porque o trem da vida saiu dos trilhos e pôs-se a seguir, desgovernado, descendo as ribanceiras.

A dor das derrotas, dos infortúnios, corroem até os cones dos nossos olhos, os quais nos permitem perceber as cores. Tudo fica cinza, preto e branco.

O que fazer quando tudo parece sem sentido? Desistir? NÃO, há alguém que luta por nós, mesmo quando não percebemos. Onde está a fé declarada nos tempos de bonança? É tão fácil glorificar a Deus quando há flores, há alegria, mas nas tempestades, só aqueles que verdadeiramente o amam são capazes de aceitar a sua vontade e continuar lutando para estar em seus caminhos.

“Jesus, fonte da vida, santificai-me! Minha força, fortificai-me! Meu comandante, lutai por mim! Única luz da minha alma, iluminai-me! Meu mestre, conduzi-me! A vós me entrego como uma criança recém nascida ao amor de sua mãe. E mesmo que tudo conspire contra mim, ou ainda que a terra se abra sob os meus pés, estou tranqüila junto ao vosso coração. Vós sois sempre para mim como a mais carinhosa das mães e superais todas as mães. Eu vos cantarei a minha dor pelo silêncio, e vós me compreendereis acima de toda a expressão.” (diário de Santa Faustina- Parágrafo 1490)

Santa Faustina se entregou de corpo e alma à vontade de Deus e não cessava de bendizê-lo mesmo na dor. Seu amor por Cristo ultrapassava seu próprio entendimento. Ela declarava que não se importava de sofrer porque sabia que seu senhor amado a sustentava em todos os momentos de sua vida.

Jesus foi fiel até o fim, pois sabia que em suas mãos estava a salvação do mundo. Uma vez quando contava aos seus discípulos que iria sofrer muito e depois morrer, Pedro disse a ele: “Deus não permita tal coisa, senhor! Que isso nunca te aconteça “ e Jesus respondeu: “Fique longe de mim satanás! Você é pedra de tropeço para mim, porque não pensa as coisas de Deus, mas as coisas dos homens!”

Ficamos tão presos às coisas dos homens que nos esquecemos, como nos disse Paulo em sua carta aos Romanos, que “os sofrimentos do momento presente não se comparam com a glória futura que deverá ser revelada em nós.”