A IDENTIDADE DE DEUS EM SEU POVO

 
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Texto áureo: ”Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu os ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela, estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias" (II Cr 7:14 a 16).

COMENTÁRIO:

A identidade de um povo é composta por suas características, cultura, tradições, costumes e etc. Através desta identificação ela é reconhecida por todos da sua sociedade; sendo beneficiada com amplos direitos que lhe conduzirão ao progresso e ao sucesso, desde, que, seguidos os requisitos aplicáveis de seus deveres e obrigações. Um povo que explora os seus direitos e não aplica os seus deveres e obrigações, logo, perderá o equilíbrio dos seus valores e passará a correr o enorme perigo de sua extinção. Dentre todas as gentes da terra, um povo foi escolhido por Deus para trazer implícito em sua formação, a maior de todas as identidades que um povo poderia almejar: O Nome do Divino, do Puro, do Eterno; o Nome do próprio Deus. A este povo foi conferido direito e benefícios que a nenhum outro fora conferido desde a queda do homem no jardim do Éden. Direito a infinitas bênçãos como riquezas, prosperidade, reino, poder, domínio e tantos outros, que, nos faltariam tempo, aqui, para, descrevermos quão grandes valores foram outorgados a este povo; tendo em lembrança que os maiores benefícios e dádivas conferidas, estão intimamente ligados ao âmbito espiritual. O Eterno Deus, que busca a preservação do bem estar dos seus, também impôs obrigações que os pouparia do infortúnio, da humilhação e da vergonha; estas obrigações seriam aplicadas através de ensinamentos que se passariam por gerações de pais para filhos e de filhos para seus filhos, criando, assim, uma estrutura forte e inabalável. A partir do momento que estas obrigações ou ensinamentos fossem desobedecidos o povo sofreria as consequências de seus atos e desobediência. Por este motivo vemos os eleitos de Deus, em diversas vezes caindo nas mãos de seus inimigos a sofrer em exílios, escravidão e em algumas vezes, a própria morte. O Senhor, sendo condescendente para com as fragilidades do ser humano sempre deu ao seu povo a oportunidade do perdão; e por consequência de seu infinito amor e misericórdia, a redenção. Veremos neste estudo sobre A Identidade de Deus em Seu Povo, as ferramentas que o Deus Eterno, O Senhor dos Céus e da Terra, doou por meio do seu Espirito Santo, para, que, o seu povo seja restaurado ao status identificador de Filhos do Deus Unigênito.

 “Se o meu povo que se chama pelo meu Nome...”

I - Se humilhar. "Humilhai-vos, pois, debaixo das potentes mãos de Deus para que ao seu tempo vos exalte." 
(I Pe 5:6) "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará" (Tg 4:7, 10). Esta é a primeira e talvez a mais importante ferramenta que o homem deve utilizar no seu relacionamento para com Deus; ao nos humilharmos estamos reconhecendo a nossa posição de frágeis, de carentes e nos submetendo às mãos do Único capaz de restaurar-nos a condição Original (Jr 18:1 a 6). Deus não deseja que sejamos punidos eternamente por nossos erros; Ele almeja simplesmente que reconheçamos o seu amor e lhe peçamos ajuda, libertação dos nossos fracassos e de nossas misérias; o Seu Espirito encontra morada em nós quando nos esvaziamos de nós mesmos, de nossas vaidades, de nosso egoísmo, de nosso próprio endeusamento; este é o caminho que Deus não deseja que trilhemos, pois, se o fizermos, jamais chegaremos ao padrão de Cristo Jesus que, mesmo sendo em forma de Deus, ou seja, da mesma substância, Ele não tentou contra o Trono de Deus, o Pai, antes lhe foi obediente em tudo até a morte de cruz por nossos pecados cumprindo o propósito do Altíssimo (Fl 2:5, 7 e 8). Jesus Cristo, ele próprio, deixou-nos o exemplo; e quanto aos humilhados e fragilizados, ele exclamou certa feita:” Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e HUMILDE de coração e achareis descanso para a vossa alma “(Mt 11:28 e 29). Vejamos que o Senhor Jesus afirma o caminho para o descanso da alma humana: "Aprendei de mim que sou MANSO e HUMILDE." Esta é uma ferramenta indispensável para o povo que se identifica com o seu Deus: A Humilhação (Mt 5:3; Lc 18:1-14).

II - E orar, e buscar a minha face: "Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração. E serei achado de vos, diz o Senhor, e farei voltar a vós os vossos cativos." (Jr 29:11-14a) "O Senhor esta convosco enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes ele vos deixará" (II Cr 15:2). Outra importantíssima ferramenta no relacionamento para com Deus é sem dúvida a oração; através dela nos comunicamos de maneira direta com o Divino, declarando, verbalmente nossas carências e faltas e estreitando os nossos laços de intimidade para com Deus. Jesus Cristo, como, sempre, é o nosso maior exemplo, ele não só orava ao Pai em tudo quanto iria realizar como, também ensinou e incentivou os seus discípulos a fazer o mesmo (Mt 6:5-15; 7:7-12). Infelizmente vivemos tempos de escassez na oração, e as poucas vezes em que presenciamos pessoas a orar, logo, percebemos erros terríveis, como as vãs repetições, a hipocrisia, a irreverência, a falta de raciocínio na apresentação de suas preces, falta de devoção, de adoração e para mim, o maior de todos os erros; o desuso do Nome bendito do Senhor Jesus. O apóstolo Tiago afirma que muitas pessoas nada tem, porque nada pedem e em muitas vezes pedem e não são atendidos porque pedem mal (Tg 4:2). O Mestre Amado declarou em seu discurso sobre a Oliveira e os seus ramos, que, tudo quanto pedíssemos ao Pai, deveria ser pedido em seu Nome: Jesus; não em o Nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo, como, temos visto, erroneamente, muita gente dirigir-se ao Divino, mais, em seu Nome, Jesus (Jo 15:16). À medida que oramos, crescemos em comunhão com Deus como declara o apóstolo Pedro, “na graça e no conhecimento do Senhor Jesus" (II Pe 3:18). Um povo que ora e invoca com sinceridade ao Deus Vivo sempre será um povo forte, guerreiro, destemido e vencedor. Devemos apreciar a oração e a invocação ao Divino de maneira simples e objetiva, sempre transparentes, pois Ele conhece as intenções e as palavras antes mesmo que elas sejam pronunciadas por nossos lábios (Sl 139:1-3). Deus procura os que o buscam de todo coração e não os que o buscam e o honram apenas com os lábios, porém seus corações estão longe (Mt 7:21-23; Is 29:13) Por isso querido somos convidados pelo Espirito Santo a valorizarmos esta indispensável ferramenta de relacionamento para com Deus, a oração e invocação. Ele mesmo o Espirito nos ajuda a orar como convém e também intercede por nós a Deus Pai, com gemidos inexprimíveis (Rm 8:26 e 27). Assim, sendo, busquemos ao Senhor enquanto O podemos achar e O invoquemos enquanto Ele está perto, com toda oração e súplica, fazendo conhecidas as nossas carências e esperando por sua bondosa ação a favor de seu povo (Is 55:6; Fl 4:6 e 7).

III - E se converter dos seus maus caminhos: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Ou cuidais que em vão diz a Escritura: O Espirito que em nós habita tem ciúmes? Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós; limpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai o coração. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto e, o vosso gozo em tristeza" ( Tg 4:4, 5, 8,9 ). " Santificai-vos agora e santificai a Casa do Senhor, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia" ( II Cr 29:5 ). "Quem é injusto faça injustiça ainda, e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda, e quem é santo, santifique-se ainda" ( Ap 22:11 ). Esta é outra ferramenta importantíssima que Deus utiliza para que o processo de restauração do seu povo tenha sucesso: A Conversão. É através da conversão que mudamos a rota de nossa vida, saímos do caminho perverso e tomamos o caminho do Bem e da Verdade. Deus sempre criou meios pelos quais o seu Espirito Santo pudesse agir no coração perverso de seu povo; em algumas vezes se utilizou de anjos, profetas, juízes, reis, crianças e até, acreditem, animais, para que indivíduos ou mesmo todo o povo mudassem de comportamento. Houveram circunstâncias, no entanto, em que Deus diz ao povo: "Tomem o caminho da Bênção!" E povo tomava o caminho oposto; Deus dizia: "Tomem o caminho da Vida para que vivam!" E o povo tomava o caminho da morte ( Dt 29:19 e 20; jr 21:8 ). E o que mais nos intriga, é justamente o fato de que, na atualidade, agimos da mesma maneira de outrora; somos chamados de filhos de Deus, povo Santo, Sacerdócio Real, proclamamos a todos o Reino dos Céus e por pura desobediência agimos contrário a tudo que nos é ensinado pelas Escrituras Sagradas. Vemos nos dias de hoje, o povo que é chamado e identificado pelo Nome de Deus, envolvido em escândalos sexuais, financeiros, políticos, sociais e até eclesiásticos; temos observado a realidade aterradora de um povo apático com a Verdade, a Pureza e a Justiça. O povo esta ludibriado com suas próprias práticas religiosas, seus dogmas denominacionais, seus costumes e tradições que em nada os edificam, e acabam por cometerem o que Jesus Cristo mais condenou nos religiosos Fariseus de seu tempo, a hipocrisia; estão coando mosquitos em nome de uma religiosidade falsa e de uma santidade fajuta e engolindo os camelos do roubo, do adultério, do abuso de influência e de poder. Criando os seus ídolos de ouro, seus deuses de pratas e pedras preciosas; adorando as riquezas, aos títulos denominacionais e desprezando os princípios que o Senhor, O Deus Todo-Poderoso, deixou para que vivêssemos e ensinássemos as próximas gerações também a viverem ( Mt 23:1-36 ), O Espirito Profético grita por todos os lados: Arrependei-vos e convertei-vos! No entanto, há uma descrença, uma comichão nos ouvidos que não os deixa ouvir; O Espirito Profético continua a dizer: Aquele que não se converter Deus afiará a sua espada! Mais o povo diz; que espada! Querido povo de Deus não podemos esquecer de forma alguma que o juízo há de começar pela Casa de Deus ( I Pe 4:17 ). Ele não pode ser enganado com as multidões de oferendas e sacrifícios; Ele não fica impressionado com os nossos dogmas decorados, nossas credencias de oficiais e membros de denominações, nossa prática de santidade legalista que nos faz pensar sermos melhores e mais merecedores do Reino do que quaisquer outros indivíduos ( Is 1:10-17 ). Ele é justo e não julga conforme as aparências julga sim, conforme sua reta justiça. " Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; e ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como lã. Se quiserdes e me ouvirdes comereis o melhor da terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse." ( Is 1:18-20 ). Lembremo-nos, pois de onde caímos e tornemo-nos ao Senhor conversos de nossos erros e iniquidades; arrependidos, voltemos às primeiras obras e ao primeiro amor para que sejamos restaurados antes que Ele na sua justiça e Juízo nos vomite de sua boca.

CONCLUSÃO:

"Então, eu vos ouvirei dos Céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a vossa terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela, estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias" ( II Cr 7: 15 e 16 ). Ao voltarmo-nos para Deus, nosso Pai, de maneira plena e verdadeira, logo, somos reabilitados a nossa posição de filhos do Altíssimo, tendo a sua identidade em nós preservada e passamos a usufruir das vantagens que o seu Reino nos proporciona. O Deus Todo Poderoso, deseja que de fato O sirvamos, O adoremos e, quando isto sucede somos agraciados por bênçãos indizíveis que são primordiais para o nosso convívio como povo de Deus. Temos-lhe a atenção, o perdão e a cura de nossa pior enfermidade e doença: o pecado. Nunca devemos esquecer o quanto o Senhor, o Deus dos Céus e da Terra zela por seu Nome, não permitindo que ninguém O zombe ou O difame. Que o seu Espirito Santo ajude-nos a horarmos o nome bendito do Grandioso e Todo- Poderoso Deus que, de maneira tão plena nos investiu a sua maior riqueza: O seu Nome!

Obs. Esta mensagem trata-se de um ensaio, podendo ser revisada e acrescido novos comentários de acordo com o parecer do autor.