Sem discernimento, ou sem igreja

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10; 25

Muitas pessoas vivem sob o domínio de espertalhões inescrupulosos que fazem de seus impérios religiosos um fim, manipulando à Palavra de Deus, e às pessoas. Basta lermos um parágrafo como esse e muitos nomes vêem a mente num instante, tal é a profusão. Entretanto, alguns, à luz de certos escândalos, e de posse de uma melhor interpretação da Palavra, percebem onde estão labutando e chutam o balde. Indignação justa. Quem gosta de ser enganado por safados que, a pretexto da Vontade de Deus, locupletam-se malogrando à sua? O problema que às vezes ocorre, é que de posse de melhor leitura de existenciário pregresso, cerecem melhor entendimento em outros aspectos. Acostumados a chamar “igreja” ao antro onde viviam, e convencidos que aquilo é um bordel espiritual, passam a pensar que todas as expressões da Igreja sejam iguais. Vão de crédulos a céticos, começam a defender a não necessidade de igreja alguma. O serviço a Deus no varejo; sem carecer congregar. Uma tendência humana bem patente, a oscilação pendular, de um extremo ao outro. Hoje, temos locais que vetam o ministério feminino, outros, que “consagram” obreiros homossexuais (?) Temos uns legalistas, outros libertinos. Vivemos em tempos de grande conhecimento tecnológico, e parco saber mental e espiritual. A coisa funciona na base do ativismo, quem gritar mais alto, leva. Aí temos passeatas para tudo, tentando “convencer” das coisas mais aberrantes que sejam. A idéia utilitarista-humanista-hedonista, é que se agrada a muitos, lhes dá prazer, deve prevalecer. Até os cristãos “marcham pra Jesus”, colocando no mesmo barco correntes teológicas totalmente antagônicas, como se o fato de ser “para Ele”, nivelasse tudo. Ativismo inconsequente, não é isso que atrai pessoas para Cristo, antes, um testemunho de vida excelente, repudiando veementemente, o pecado, até mesmo, dos gospeladrões que denigrem ao Evangelho de Cristo. Bons tempos aqueles em que homens sábios assentavam-se à mesa, cotejando seu saber e sua ignorância em busca da verdade! Nesse maniqueísmo exacerbado, voltando, passam a atacar a igreja, apregoando ser desnecessária, mesmo sendo uma criação de Jesus Cristo. Desnecessário é o roubo, a cara manutenção de programas de TV, cujo fito é o engano; ainda, a aceitação cega de toda sorte de ensino sem uma investigação séria. Interessante que para qualquer profissão humana, demandam certas credenciais; para o ministério espiritual parece que qualquer pilantra serve. A Bíblia preceitua retidão moral, testemunho de vida e aptidão para ensinar a Verdade. Como poderá receitar a Palavra a outro, se ela não mostrar a eficácia primeiro em sua vida? Interessante ver os comerciais de remédios na TV; depois de suas alegadas potencialidades sanadoras vem o alerta: “se persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado.” Sábia advertência, pois, pode haver erro no diagnóstico, ser falso o remédio, ou mesmo, estar vencido... No caso da Bíblia, seu diagnóstico é perfeito: “...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” Rom 3; 23

O remédio é eficaz, “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8; 2 É muito estranho ouvir alguém que diz viver a liberdade em Cristo, estando algemado pelas cobiças carnais. Ele fala bem de um “remédio” que teria tomado, mas, os sintomas permanecem. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 5 Com dois neurônios ativos, e cem gramas de prudência, as pessoas deixariam esses canalhas “no pincel”, tirariam a escada monetária que usam de graça, e talvez, se voltariam para trabalhos sérios, onde o Salvador é o centro. Em suma, não é atacando a igreja que serviremos ao Senhor, antes, desmascarando mediante Sua Palavra, aqueles que sendo aves estranhas, se abrigam à sua sombra.

“O mundo recompensa com mais freqüência as aparências do mérito do que o próprio mérito.”

François La Rochefoucauld

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 28/07/2011
Código do texto: T3124470
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