Porque essa diferença?
Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?” Mat 9; 14
É uma inclinação humana muito forte, centrar as coisas na sua percepção, querer que seu modo de ver, ser, ou cultuar, se torne padrão aos demais. Porque eles não fazem como nós? Quando a diferença deriva uma interpretação errônea das escrituras, cabe a tentativa de persuadir a mudar, mas, se é meramente de forma não de conteúdo, viva a diversidade. No caso em aprêço, tratava-se de três grupos; os discípulos de João, os fariseus, e os de Cristo. Os primeiros, já deveriam ter deixado de existir, pois o papel de João era apontar para Jesus, como fêz, nunca desejou ter discípulos seus. “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Jo 1; 29 Eis, aí está, é Ele. “que Ele cresça e eu diminua” foi sua mensagem quando comparado ao Salvador. Mas temos dificuldades mentais, quando envolve afetos; nossa capacidade de ouvir, não raro, é suplantada pelo sentir. Ainda hoje existem discípulos de homens, idólatras, de tal forma, que tudo o que seu herói disser é lei, e ai de quem o contrariar. Estará se levantando contra o “ungido” de Deus. Ora, Pedro foi repreendido quando errou perante Paulo, esse, também o foi, quando insultou ao sumo sacerdote, mas, o de hoje, são irrepreensíveis. Quanto aos fariseus, também circulam ao nosso redor. Amantes de suas tradições, e críticos gratuitos dos que não se alinham a elas. Porque não são como nós? Basta tirar a interrogação e a pergunta será resposta. Porque não são como nós. Até aqueles que doutrinariamente são iguais, na expressão podem ser diferentes. João teve dificuldade com isso ao princípio, “E, respondendo João, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco.” Luc 9; 49 O Senhor ordenou que deixasse, pois não eram adversários Dele. Na verdade, enquanto não for resolvido o problema do novo nascimento, nada se resolve, depois, o próprio Espírito Santo conduz. “Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.” Mat 9; 16 e 17
Tem muito “apologista” na praça, cujos frutos denunciam a ausência do Espírito Santo, que labora para nos transformar e glorificar ao Senhor. Aí tentar disputar com esses, questões doutrinárias, é como tirar leite de pedra, impossível. Certas estruturas ímpias estão postas de tal forma, que se abrirem suas portas à sã doutrina, falirão, porque é o engano que as alimenta. Lembra um filme do Gilgamesh o lendário monstro que se alimentava de ferro, e foi destruído pela água salgada. Como tirar o panteão de Roma e eles subsistirem? Como tirar o vil metal de mega estruturas caríssimas, que se mantém dessa “teologia”. Apresente-se a água salgada da genuína Palavra e o bicho derrete. Por um lado é de se estranhar que sejam diferentes, uma vez que orbitam e atuam em volta do Nome Santo de Jesus; por outro, é natural seu desejo ensandecido por poder e riquezas, testemunho explícito que não tem Aquele “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2; 3
Ridículo seria nos sacrificarmos em busca do que já temos. “...Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles?...” Mat 9; 15
Nos foi dado o Reino dos céus, riquezas espirituais, vitória sobre a morte, e estarímos a nos revoltar ou enganar em busca de bens efêmeros? Não somo assim tão imbecís.
“Quando voce aponta uma estrela para um imbecil, ele olha para a ponta do seu dedo.” Mao-tse Tung